Foto ilustrativa

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Espelho da Verdade-Episódio 5

Episódio 5


As duas levaram o maior susto, e se afastaram.
-Como você me explica isto, minha filha? E quem é esta vagabunda?
-Mãe, olhe, eu posso explicar, eu, eu...
-Não há explicação! Keishi! Venha aqui ver o que a nossa filha está fazendo! Berrou a plenos pulmões a mãe de Kogyo.
-Por favor, não, mae, não chame o papai!
-Keishiiiiiiiii!
-Venha, Minoko, vamos fugir daqui! Depressa!
-Minoko? Entao voce é  o rapaz que toda a aldeia esta dizendo que foi transformado em mulher? Olha aqui, seu, sua, sei lá o quê! O meu marido vai te matar!
Minoko sacou da espada.
-Nos deixe sair agora! Senão...
-Senão o quê? Vai me matar? Além de bruxo, voce tambem é assassino?
-Não, Sra. Furutawa, vou matar à ela! E Minoko colocou o fio da espada na garganta de Kogyo, que se assustou e soltou um grito de pavor.
A Sra. Furukawa  recuou, e bateu de costas com o marido, que disse:
-O que está acontecendo, querida?
-É melhor se afastar também, Sr. Furukawa, ou eu mato sua filha!
Assustado, ele se afastou.
-Você não vai escapar tão fácilmente assim! Vou convocar a aldeia inteira para uma caçada humana! Você vai morrer,menina!
-Eu sou Narumeshi, e sou o melhor espadachim que existe, não sou tao fácil de ser pêgo assim não!
E Minoko conseguiu passar pela porta de entrada da casa, colocou a espada de volta na bainha, agarrou a mao de Kogyo com força e disse : -Vamos fugir!
Mas a vizinhanca já tinha ouvido os gritos, e a aldeia inteira muito rápidamente já estava sabendo. Namya, Fushiko e Karemi também, e logo todos se encontraram, e entraram correndo na floresta  que ficava ao lado da aldeia. Ali seria muito difícil de elas serem encontradas.
-Uff! Dessa eu pensei que não escaparíamos!
-Ainda não escapamos, não comemore nada, ainda, Minoko!
-Como você pode ficar tão calma numa hora destas, Namya? Eles vão nos caçar, não vão descansar enquanto não nos matarem! E você, seu, sua, ah, sei lá, idiota! Quase me matou de susto com aquela espada no meu pescoço! Olha a confusão em me meteu!
-Calma, Kogyo, calma! Você acha que eu iria mesmo te matar? Era só um blefe! Se não, eu teria tido que matar seus pais também!
-Você não se atreveria!
-Se não houvesse outro jeito...
Splaaaaaaaaaat! O rosto de Minoko ficou vermelho com o tapa que Kogyo deu.
-Como ousa dizer uma coisa destas para mim? Só um homem mesmo para dizer uma bobagem, uma estupidez destas! Não pense que você me engana com este corpo de mulher, não, viu?
-Parem de brigar , vocês dois! Estou escutando barulho de latidos, eles devem estar atrás de nós agora, temos de continuar fugindo !
Disse, nervosa, Fushiko.
-Ok, todas juntas, vamos nos embrenhar na floresta e fugir agora! Disse Minoko.
 De fato, a multidãoo enfurecida já estava no encalço deles, e não estavam longe. Mas as meninas , ao se aprofundarem na floresta densa , tornaram as coisas mais difíceis para seus perseguidores, pois era um verdadeiro labirinto.
Minoko era esperta,  e conseguia encobrir suas pistas fazendo todas corressem sobre as folhas mortas e umidas, sem pisar na terra ou barro, de um modo a não deixar pegadas. Os aldeões não eram tão leves, ágeis quanto as meninas, e muito menos como os cães, então, avançavam em um ritmo bem mais lento, e os cães, presos por correias, ficavam limitados à velocidade de seus donos.
Os latidos comecaram a ficar distantes, e a vantagem das meninas comecou a ficar evidente.
-Minoko, por favor, eu não aguento mais, vamos parar para descansar !
-Eu te carrego, então, Kogyo!
-Você não vai aguentar o meu pêso, seu corpo agora é feminino, esqueceu?
-É, é mesmo, droga! Vamos descansar, então. Acho que eles perderam nossa pista, finalmente!
-Olha, um riacho ! Vamos tomar um banho !
-Fushiko, acho que não é uma boa idéia! Podem haver ursos e lobos à espreita...
-Não, acho que a única que vai ficar à nossa espreita é a Minoko!
-         Como voce é má, Namya! Ele é mulher, agora, não pode mais nos fazer nada! Disse Kareni, desnudando-se inteiramente. Os olhos de Minoko arregalaram-se e ela comecou a babar diante do corpo escultural e altamente sensual da menina.
-         Pare de olhar para ela, seu , sua, idiota!
-         Ahahahahahahah! A Kogyo está com ciumes da Minoko!
-         Não é nada disso, Fushiko, você sabe, que existe uma mente masculina naquele corpo. Ele, ela, eu nunca sei, me beijou no quarto, e se agarrou comigo, e beijou como homem, como um homem faz, não era beijo de mulher, embora o sabor fosse meio estranho...
-         Iiiih, estou te estranhando, minha amiga, será que voce virou lésbica? Não vem para cima de mim não, heim?
-         Eu não sou lésbica, Namya! Aquilo ali não é bem uma mulher, todas vocês sabem disto. Para mim, continua sendo o Narumeshi, só mudou de corpo, o comportamento continua o mesmo!
-         Ah, deixa para lá esta conversa, a água está uma delícia! E  Kareni saiu da água e puxou Minoko pelo braço,que teve de tirar suas roupas molhadas correndo. Todas já estavam completamente nuas agora.
-         Larga ele ! Disse Kogyo.
-         Minoko só babava, nunca tinha visto mulheres tão lindas completamente nuas na vida. Mirava diretamente para os seios enormes de Kogyo, que percebeu e desferiu-lhe um forte tapa no rosto que a fez cair sentada no fundo do riacho, que era raso.
-         -Pára com isto, imbecil! Porque não fica olhando para seus próprios seios, heim? Lembre-se, mao boba, só em mim, se você me trair com uma das meninas, eu te mato!
-         -Ichh, como voce é ciumentaKogyo!
-         É que você é minha,meu, sei lá, não consigo me acostumar!E não quero perder você para outra !
-         Deixa de ser besta, Kogyo!O quê iríamos querer com outra mulher?Se você a quer tanto, pode ficar com ela para você!Respondeu Namya.
 Minoko levantou-se da água, revelando os seios bastante grandes, ainda que menores do que os da namorada, e os pêlos pubianos negros e abundantes, do colo largo, e as nádegas generosas e redondas, maiores que as de Kogyo.
-Que inveja,Minoko... quem diria...você deu uma bela mulher, está com mais corpo do que eu, suas pernas são bem mais grossas, e não tem uma celulite, uma estria...
Foi o comentário de Kareni.
Minoko corou de vergonha, e procurou afundar na água outra vez.
Mas ninguém sabia que havia um homem por perto, e ele as estava observando, e também não sabiam que logo depois do riacho havia uma estrada.
Elas estavam se divertindo, quando Minoko percebeu, ao olhar para a copa de uma árvore, e gritou:
-Tarado !Tem um tarado ali naquela árvore olhando a gente !
As meninas entraram em pânico,e o homem misterioso, também assustado com os gritos, perdeu o equilíbrio e caiu da árvore.
Mais do que depressa, ainda nua, Minoko saiu da água, pegou sua espada, e imobilizou o homem , com a sua arma encostada no pescoço dele.
-Calma, calma, moça! Aaaai, acho que machuquei as costas!
-Quem é voce, seu tarado?
-Eu não sou tarado, voce é que deve ser tarada, estaá sentada em meu colo, nua!
Minokonotou então que tinha colocado seu pêso em cima da virilha do homem, e a sentiu se avolumar.Corou de vergonha !
E levantou-se imediatamente,não sem dar-lhe um sonoro tapa na cara.
-Feche os olhos , você não viu nada! Disse Minoko, acertando um chute na virilha do homem, que gritou e se encolheu todo de dor.
As meninas se esconderam atrás de uma pedra.
Quem será o homem misterioso?Irá denunciar as meninas?Tentará agarrá-las?Será um dos aldeões?Elas conseguirão escapar da perseguição?

(Por continuar)