Foto ilustrativa

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Espelho da Verdade- Episódio 7

Episódio 7

-Meu pai já foi Samurai, na Capital do Norte, e fugiu para nossa aldeia quando ele desobedeceu as ordens impiedosas do Xogum do Norte, e ele me ensinou todos os segredos da arte da esgrima. Ele era um dos maiores Samurais já vistos, um grande mestre!Muita gente na nossa aldeia não sabe, mas o verdadeiro nome dele é Osamu Nagyo.
-O grande Osamu Nagyo? Que maravilha! Todos pensavam que ele estava desaparecido, morto...
-Ele mudou o sobrenome dele quando chegou na aldeia,Kareni. Mas não temos tempo para isto agora,pois  eles já estao chegando! Escondam-se todos, Kareni, você será a isca!
-Eu? Por quê eu?
-Não há tempo para discussões! Disse Minoko, rasgando o vestido de Karemi, deixando os seios dela quase inteiramente à mostra,ela quis gritar, mas Minoko colocou a mão na boca dela, depois tirou.
-Mostre os seus seios, não os meus! Você me paga por essa!
-Eu vou ficar escondida aqui. Lá vem um soldado, distraia ele! E todas vocês, cada uma para um lado, espalhem-se e escondam-se! Disse Minoko.
Todas escondidas, o soldado chegou, procurando saber quem fora o responsavel pelo acidente.
-Olá, Soldado! Meu vestido rasgou... o senhor pode me ajudar?
-Wooooooow! O soldado ficou completamente louco observando os seios de Karemi.
-Ai, eu estou com tanto calor, soldado! Acho que vou tirar esta roupa...
O soldado voou para cima dela, para agarrá-la, sem dizer palavra.
Ziiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!
A lâmina da espada afiadíssima de Minoko voou em cima dele como um raio, e a cabeça dele rolou.O sangue jorrou quente qual fonte por minutos.
Só que então Minoko sentiu um braço forte segurando seu braço.
-A mocinha é habil com a espada, não é? Pois entao eu vou enfiar minha espada dentro de você!
Minoko soltou um grito, era outro soldado, que chegara por trás e a descobriu. Ele a encoxou, e ela não gostou do que sentiu.
-Socorro! Ela gritou, e ele arrancou a espada da mão dela, arrancou dela o vestido dela e as roupas intímas, e tirou as roupas dele próprio. Já ia deitar-e em cima dela,quando então um chicote assoviou e  lanhou as costas do soldado com violência, que urrou de dor !
Mas apesar da dor, ele não largara Minoko que se debatia, esperneava, gritava por socorro, sentia-se completamente indefesa!
O chicote assoviou de novo e tirou sangue das costas do soldado, que desta vez a largou.
-Largue ela, seu tarado!
Mas o soldado parecia de aço, e virou-se para ver quem o atingia.
-Ah, é sua namoradinha, é? Eu vou te matar, seu desgraçado! Vai sentir o fio da minha espada agora!
-Kinji! Ah, Kinji! Disse de olhos rasos, Minoko.
 O chicote estalou outra vez, tirando sangue do peito do soldado, que caiu no chão, só que desta vez ele, que era um brutamontes bem maior que Kinji, conseguiu pegar a ponta do chicote, e o arrancou das mãos de Kinji, agora indefeso.
-Agora vou cortar sua cabeca, desgraçado!
Kinji assustou-se, estava indefeso.
-Eu não faria isto, seu estúpido! Vai aprender agora a nunca mais tentar   estuprar uma mulher!!
O soldado viu Minoko nua, portando a espada samurai.
O duelo começou, e as espadas se entrecruzavam com violência e rapidez, tirando faíscas. Mas Minoko mostrava que era uma espadachim de primeira, e acabou por desarmar o soldado, arrancando sua mão fora de um só golpe.
-Agora, esta é por ter me agarrado!
E a espada dela voou, arrancando toda a genitália dele fora, que berrou de dor, caiu no chão e se encolheu todo, em uma poça de sangue.
-E esta é por querer matar  o Kinji!
Desta vez a espada afundou no olho direito do soldado, e atravessou o crânio de fora a fora, rasgando todo o cérebro. O soldado morreu na hora.
Depois disto, Minoko deixou cair a espada de sua mão, e caiu de joelhos , chorando copiosamente.
Kinji a abracou com carinho, enxugou as lágrimas dela e disse;
-Minoko, eu escutei os gritos e o barulho  do assalto, então voltei depressa para socorre-las!Mas eu não demorei, e não pude defendê-la direito, por favor, me perdoe!
Soluçando, ela respondeu:
-Ele... ele ia ...iame invadir! Eu não pude... se eu fosse homem... eu... eu teria...droga! K...Kinji... voce foi bom demais, não há o que ser perdoado...você me salvou, eu...eu não poderia ter deixado de salvá-lo também!Só de pensar...pensar que ele poderia tê-lo matado...meu coração se apertou tanto...
-Obrigado, olha, não me importa o que quer que você seja, Minoko, eu te amo! Te amo de verdade!
-Kinji, oh, Kinji! Me desculpe...mas...mas eu juro...juro que se eu fosse mulher, o corresponderia...me desculpe por não poder...E ela chorou no ombro dele.
-Agora vamos, logo vão chegar outros soldados, eles já devem ter nos ouvido!
Ele a levou para outro canto da floresta, onde as outras se juntaram a eles.
-Vocês estão um pouco juntinhos demais para o meu gosto!
-Kogyo, por favor, não distorça as coisas. Ele acabou de me salvar..
-Ah, agora Kinji é o grande herói, o senhor Kinji é o máximo, todas nós devemos ser submissas a ele!Te salvou tanto que teve de ser salvo por você!
-Nossa, Kogyo, além de ciumenta, voce é invejosa!O quê você fêz para ajuda-los, heim?
-Cale a boca, Namya!
-Não calo não! A Kareni viu tudo, ela me contou, ela foi a vítima, a Minoko está falando a verdade!
Minoko começou a chorar.
-Kogyo, você não está entendendo, você não sabe de nada, ela quase foi...foi...
Disse Fushiko, em apoio à amiga.
Aos soluços, cobrindo o rosto, com as mãos úmidas pelas lágrimas abundantes, Minoko completou o que Fushiko não teve coragem de dizer:
-Estuprada...eu  quase fui...violada, violentada, você tem idéia do que é isto, Kogyo? Tem...tem...tem idéia? Voce não sabe o que é sentir a ameaça disto acontecer com você...não tem a mínima idéia!
Kogyo empalideceu, seu rosto desabou.
-Minoko...desculpe, me perdoe... eu... não tinha idéia...na hora eu fechei meus olhos e tampei meus ouvidos, não quis nem ver, nem saber, e você estava em apuros...se não fosse o Kinji...perdoa...
-A Kogyo é a namoradinha da Minoko, Kinji!Se quiser à ela, vai ter de disputá-la com a Kogyo! Sussurrou a fofoqueira Fushiko no ouvido de Kinji, que nem teve tempo de digerir a informação, pois Minoko desabou em cima dele, abracando-o e chorando convulsivamente. Ela estava traumatizada. Ele a abraçou também, com carinho, e procurou consolá-la.
-Nossa, que clima...
-É, Namya, mas acontece que precisamos continuar viagem, eles podem nos achar de novo, e podem fazer isto a todas nós.
Finalmente recomposta, com o carinho de Kinji,Minoko se separou  dele ,levantou-se e disse em tom enérgico, apesar da cabeça baixa e das lágrimas que ainda escorriam de seu rosto.
-Eu não vou deixar, Fushiko! Eu não vou deixar que eles tentem fazer isto mais com nenhuma de nós e com mais ninguém! Vou matá-los todos! Todos!
 -Mas você já não matou o bandido, Minoko?
-Não basta, Karemi. Quero matar a todos! Todos eles! Voce pegou a espada daquele desgraçado, Kinji?
-Ela está comigo, mas eu não sei usá-la direito , sou péssimo espadachim!
-Eu te ensinarei. E ensinarei a todas vocês, vocês precisam saber se defender para poderem  me ajudar.Ou na próxima vez poderemos estar todas estupradas e mortas!
-Mas matá-los só vai trazer mais gente atrás de nós, só leva a mais vingança, não leva a nada, Minoko...
-Já matamos dois, Fushiko, irão atras de nós de qualquer jeito, já somos criminosas fugitivas!
Ninguém teve como discordar. Os olhos de Minoko estavam vermelhos e seu olhar exibia um ódio profundo, de assustar.
-Eles ainda hão de esperar por lá, e haverão de passar a noite lá, pois estão encrencados agora. Levarão tempo para consertar a carruagem. Passaremos o resto do dia aqui, e vou ensinar-lhes a arte da esgrima enquanto isto. Ao anoitecer, atacaremos.
-Ei, olhe um dos cavalos ali! Deve ter fugido na confusão !
-Que ótimo,Kinji, vamos ver se encontramos os outros.Se um escapou, os outros não devem estar longe!
-Puxa, Minoko, este tempo todo completamente nua na frente do Kinji, e você nem fica envergonhada..
Minoko corou na hora, e sua reação automática foi de tentar se cobrir com as mãos, mas pensou melhor e disse, ainda vermelha:
-Ah, deixa para lá, agora ele já viu tudo mesmo,o importante é que ele está sendo um bom moço e me respeitando apesar da minha nudez...
Kinji também corou, pois tentava disfarçar a todo custo a excitação que a visão de Minoko nua promovia em seu corpo e morria de mêdo que fosse pêgo em flagrante admirando o corpo dela.Ele imediatamente tirou o casaco do seu kimono e deu a ela para se cobrir.
-Obrigada,Kinji-san!Não falei a vocês que ele é um bom moço?
-Háhá!Vamos ver isto hoje a noite, qual será que ele vai agarrar enquanto estivermos dormindo?Disse Fushiko, completando,em meio à risadinhas:-Tomara que seja eu !
-Fushiko! Isto é coisa que se diga, sua pervertida?
-Ih, gente, a Minoko está com ciúmes do Kinji, heim?Está caidinha por ele, heim?
Minoko ficou vermelha, e furiosa:
-Fushiko, sua maldosa! Não é nada disto !
-Minoko, se você me trair com ele, eu te mato !
Agora era Kogyo que estava com ciúmes.
Kinji não tinha onde por a cara...
E assim as horas se passaram. Como, depois de algum tempo estavam todos com fome, Minoko ainda aproveitou o treinamento para desenvolver o fôlego, o pensamento estratégico e a agilidade deles envolvendo todos em uma caçada atrás de um coelho gordo, que ela acabou por abater com sua espada, depois de muita correria de todos, procurando cercar o animalzinho assustado.
-Muito bem, agora, Kinji, é a sua vez de tirar a pele, retirar as entranhas e limpar o coelho por dentro, a cabeça eu já arranquei, procure também desmembra-lo com sua espada. Depois arranque a carne do osso e a parta em bifes. Eu acenderei a fogueira e prepararei o churrasco de coelho.
-Nossa, Minoko, todo o trabalho  pesado para mim?
-Ah, mas que fracote! Que reclamão! Deixe de reclamar, voce é o homem aqui!Ainda se diz apaixonado por mim, mas nem tem disposição e boa vontade de me ajudar!
-Você de certa forma tambem o é, Minoko.
-Não discuta comigo! Eu estou neste corpo delicado, não há o que eu possa fazer, imbecil ! Obedeça minhas ordens !
Minoko estava bem brava agora!
-Pouco mandona ela, não? Disse, entre risinhos Fushiko.
-Se ele for marido dela, coitado dele...
-Eu não vou deixar, Namya! Não mesmo ! Ela é meu namorado, quem vai se casar com ela sou eu!
-Eu, heim, Kogyo??? Estou te estranhando, que casamento mais esquisito este...
-Não achei graca da sua piadinha, Karemi. Ela é minha!
-Pode ficar com você , Kogyo. Eu é que não quero saber de ficar com outra mulher!
  isto aí, Namya. Minha curiosidade É apenas saber como É que eles vão conseguir ter filhos, ihihihihihihihihihihihihi !
Disse Fushiko , rindo com gosto!
Um sonoro tapa na cara foi a resposta de Kogyo, e as duas começaram a brigar, se agarrando e rolando no chão, com unhadas, mordidas e mãos nos cabelos.
Kareni e Namya foram tentar apartar, e a briga acabou envolvendo-as tambem.
-Parem com isto vocês quatro! Temos de ser um grupo unido, não podemos brigar entre nós!
-Ah, deixe de ser chata, Minoko, voce nunca participou de uma briga de mulheres, venha e junte-se a festa, a briga é por sua causa mesmo!
-Como por minha causa, Fushiko?
-Estamos brigando por que a Kogyo quer casar e ter filhos com você, e não quer deixar você casar com o Kinji, que te ama!
-Escute, Fushiko !Eu não vou casar com ninguém! E que historia é esta de ter filhos? Esqueceram que eu não posso engravidar?Eu não vou ter filhos com ninguém, pois no meu íntimo mais íntimo ninguém entra, nem entrará, nunca ! E isto é problema meu, eu escolho quem eu quiser,se um dia eu quiser me casar com alguém!Deixem a minha vida em paz! Eu vou é acabar com esta briga já já !Chega de voces ficarem se metendo na minha vida!
Minoko estava roxa de vergonha!
-Convencida! Arrogante! Mandona!
-Cala a boca, Kareni!
-Ninguém cala minha boca, não ! Vem, Minoko, vem calar minha boca se puder, se você for mulher!
-Não sou , mas vou te ensinar uma lição mesmo assim! E Kinji, nem pense em tentar apartar ! Fica quieto no seu canto !
Minoko acabou se envolvendo na briga tambem. Kinji, absorto em seu trabalho manual observou o agito e pensou conigo mesmo:
“- Ah, estas meninas...quando vão aprender e amadurecer..”
Quando a briga estava no fim, restavam só Karemi e Minoko lutando entre si e discutindo, rolando pelo chão.
-Está vendo, sua idiota, você não calou minha boca!
-Ah, é, Kareni, pois eu vou calar voce já!
E Minoko a beijou na boca, em um beijo de língua profundo e demorado.
Karemi  corou de vergonha,arregalou os olhos e se debateu em protesto, depois se entregou e se deixou levar pelo prazer, já que as maos de Minoko  a  acariciava  como  só um homem o faria. Mas Kogyo , que estava conversando com as outras, olhou para trás, viu e percebeu o que estava acontecendo!
-A Minoko está  agarrando a Kareni! Larga ela seu infeliz! Infiel! Eu vou te dar uma surra!
Kogyo estava roxa de ciumes, e só entao Kinji tambem percebeu e levantou-se do chão onde estava sentado.
Minoko largou  Kareni, ainda tonta e doida para ir além com ela.
-Espere, Kogyo, eu posso explicar!
Splaaaaaaaaft! Um sonoro tapa a fez cair sentada. Sua bochecha direita estava ainda com as marcas roxas dos dedos de Kogyo, que bateu tão forte que sua mão doia.
-Minoko, mas como voce beija! Oooooooh!!!!!!!!!Ai, ai, acho que eu é quem estou apaixonada por você agora.... Disse Karemi, ainda deslumbrada.
A vingança pela tentativa de estupro iria começar no dia seguinte.Tudo era incerto agora?Qual o destino de nossa trupe?E Minoko vai escolher quem?Kinji?Kogyo?Ou Kareni?


(Por continuar)