Foto ilustrativa

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Personagem da semana- Megumi- Sensibilidade de Viver

Megumi é a irmã mais nova de Takeo,namorado da Lune.Ela, apesar de seus treze anos, é uma garota muito inteligente e persipicaz, sendo ela uma gênio da informática, inclusive as vezes atuando como hacker do bem.Ela é também sensível e amorosa, adora os irmãos Takeo e Ryu, e tem uma apaixonite aguda e obcessiva pelo irmão de Lune, Otaru, de onze anos, e insiste em querer ser namorada dele de qualquer jeito, enquanto ele não consegue entender nada e fica doidinho com a perseguição dela.
Ela é muito amiga de Lune, e a ajuda muito, especialmente no episódio especial "Soryu",onde ela também se revela excelente espadachim.
Ela é extremamente carente afetivamente, apesar de ter um pai milionário, que lhe dá tudo o que quer e faz todas as suas vontades.Mas não é apegada aos pais, especialmente por causa da frieza e seriedade com o pai dela a trata.
Mas tem prazer em ajudar a todos os que precisam e tem um grande senso de justiça, e é bastante esperta e precoce em muita coisa, inclusive revelando uma maturidade muito grande para sua idade.


Cristiano Camargo

O Espelho da Verdade-Episódio 25

Episódio 25



-A Rei é uma graçinha ! Uma pena que não tive oportunidade de conhecer a Shinobu, nem a Mutsumi, ela deve ser mesmo uma grande Samurai!
-A melhor,Chitose-san!
-Que bom, você tem orgulho da sua mãe, não?Isto é tão bom...quem dera eu pudessse ter orgulho da minha...
Respondeu Chitose.
-Porque,Chitose?O que aconteceu com ela?
-Ah, Minoko...ela me abandonou quando eu tinha a idade da Rei.Ainda tive o azar de ter um pai pervertido, que ficava me tocando,ai, eu fico tão envergonhada...
-Não entendi, Chitose-san..
-Ah, Rei, você ainda é muito pequena para entender estas coisas, são coisas que não posso falar na sua frente.Daqui uns anos , quando você crescer eu te conto,está bem?
-Eu não sou criança!Eu já sei, seu pai deiva ser um taradão que ficava te pegando aqui e aqui, e aqui também, e devia tirar suas roupas e as roupas dele, te beijar e se deitar em cima de você e...
Foi falando a menininha apontando seu dedo para certas partes do corpo dela.
-Rei-san! Pare com isto!Crianças não podem falar destas coisas!Eu te proíbo, entendeu?
-Ah, mãe, não vem não!Pensa que eu não sei as coisas que a senhora e a Kogyo fazem de madrugada uma com a outra?Você acha que eu não fico espiando secretamente o que a senhora e ela fazem?A senhora está mentindo para mim, isto sim.
Minoko e Kogyo ficaram rubras de vergonha.Minoko parou, de repente, de cabeça baixa, enquanto Toppei dizia, tentando disfarçar:
-Ela fala sem ter vergonha, não?As crianças hoje em dia estão tão precoces...
-O que que foi, mãe?
Splaaaaft!
Minoko deu um tapa na cara da menina.Todos ficaram espantados.
-Nunca!Nunca mais me chame de mentirosa! Nunca mais me desrespeite! O que faço ou deixo de fazer não é problema seu!Não me envergonhe na frente de todo mundo,entendeu?Você está proibida de ficar espiando !Você não deve falar da intimidade de sua mãe, nem com ela, nem muito menos na frente dos outros! Comporte-se como uma criança! Será que você não entende?Heim?Heeeeiiim?Pombas!Pombaaaaas!
Fushiko sussurrou no ouvido de Namya:
-Ela fala igualzinho a um pai, nestas horas é o Narumeshi escrito!
Espantada, ainda com as marcas vermelhos dos dedos da "mãe" no rosto,Rei começou a chorar.Não conseguia entender este lado agressivo, másculo , da personalidade de Minoko,na verdade, como Fushiko percebera, a manifestação  de Narumeshi na mente de Minoko.
-A senhora me bateu! A senhora não gosta mais de mim! Eu quero fugir daqui ! Eu vou voltar para minha mãe!
Minoko ficou confusa com a reação de sua "filha".Por um lado, em sua mente, Narumeshi ainda tinha raiva, se sentindo desrespeitado e com sua autoridade desafiada.Por outro, Minoko se compadecia com as lágrimas da menina e queria abraçá-la.Mas nenhum dos lados chegava num acordo, se isto não iria afetar a autoridade e respeito a eles que a criança lhes devia.Na realidade, Minoko, o corpo, era como pai e mãe adotivos, ao mesmo tempo,numa só pessoa, e ora agia como mãe, ora como pai, e isto dava nós na cabecinha da menina, que não conseguia entender nada.Na verdade, Rei se sentia rejeitada e mal amada, pois havia nela uma grande carência afetiva, que nunca se preenchia.
Mas o lado mãe acabou vencendo, e Minoko se ajoelhou e a abraçou, pedindo perdão, especialmente diante do olhar reprovador das outras garotas, mostrando a ela que ela tinha sido dura demais com a menina e se excedido em sua autoridade.

Mas Rei se desvencilhou, e virou as costas para ela, ainda com lágrimas escorrendo pelas faces.
Agora era a vez de Minoko começar a chorar.Era duro demais para ela se sentir culpada assim, e se sentir rejeitada também,além do pavor de pensar em perder o amor daquela criança por ela, uma angústia e uma aflição de mãe, na verdade de mãe e pai, já que ambos estavam consternados e arrependidos igualmente.
Parecendo insensível à dor daquela que chorava por ela, Rei foi caminhando na frente, de cabeça baixa.A dor agora começava a ceder lugar à raiva e à revolta !
Virou-se de repente para a mãe e gritou, esticando os braços na frente do corpo , com os punhos fechados, e olhos vermelhos de tanto chorar:
-E quer saber? Eu vou fazer amor com o primeiro menino que passar ! Você vai ver !Vou agarrar ele, tirar minhas roupas e forçar ele a fazer amor comigo à força!Até o dia seguinte !
Todos ficaram chocados, horrorizados, e especialmente as garotas, ficaram roxas de vergonha!
Claro que Rei não queria fazer nada disto.Queria apenas chocar, machucar e desafiar a "mâe" com estas ameaças absurdas.Mas ela mesma sabia que jamais teria coragem de fazer estas coisas.
E agora Minoko estava ainda mais magoada e machucada,chorando copiosamente de culpa.Afundou seu rosto num dos ombros de Kogyo e desatou a choradeira.Não sabia mais como fazer ,o que fazer, nunca fora pai, nem mãe e não tinha a mínima idéia de como conter a menina, do que fazer com ela, de fazê-la parar de machucá-la tanto assim.
Mas Namya, sempre a mais ponderada e sensata das garotas, e talvez a mais sensível, sentiu que não podia ficar imóvel e tinha de fazer alguma coisa para as duas se reconciliarem, pois a insensibilidade e crueldade de Rei era tanta que virava e mexia, ela se virava para Minoko e mostrava a língua para ela.
Namya apertou o passo, e foi abraçar Rei.Esta, no entanto estava avessa a carinhos, e não se deixou abraçar.
-Ei, ei, que olhinhos vermelhos são estes, mocinha?Uma menina tão linda como você não pode ficar chorando assim. Você não é a grande guerreira, forte, que ensinou todo mundo aqui a usar uma espada?
-Sou...
-Então, onde já se viu uma guerreira samurai fortona como você ficar chorando deste jeito.Deixa eu enxugar suas lágrimas, por favor, está bem?Afinal, voc~e é muito fofa, eu adoro você!
Rei a abraçou em desespero, e agora o choro aumentou, convulso e soluçante.
-Chora, chora no ombro da Tia Namya...pôe tudo para fora, querida...olha, no fundo a sua mãe gosta de você, ama você, sabe?
-Não...não ama não...se...se me amasse...não me bateria!
-Ah, não fale assim...olha,ela te ama sim, como todas nós aqui te amamos, está bem?Na verdade mais, muito mais do que nós, porque ela é agora sua mãe.Mas, sabe, é chato você contar tudo o que ela faz, ficar falando estas coisas feias, sabe, os adultos são uns bobos, não tem juízo nas cabecinhas deles, e sua mãe é assim, não tem juízo e faz coisas erradas, mas ela é gente, e gente erra, sabe, todo mundo erra, precisa perdoá-la, meu doce, porque você pode ter certeza que ela está pronta para te perdoar!E tenho certeza de que quando chegarmos a Kyoto, ela vai comprar um monte de doce de feijão para você, que você adora, es´ta bom?
Está...está bom, Tia Namya...
-Então corre, querida, vai lá , dá um abração em sua mãe!
Rei largou Namya, e saiu correndo, de braços abertos , para Minoko, ainda enxugando as lágrimas.Minoko, por sua vez não hesitou nem um minuto em abrir os seus braços e acolher neles aquela menininha que saltava para seu ombro.
Abraçadas, fortemente, choraram uma no ombro da outra, pedindo desculpas uma à outra sem parar.Todos ali estavam comovidos, especialmente Namya, aliviada, por ter conseguido resolver a situação.Ela tinha mais jeito com crianças do que a própria Minoko.
-Mamãe, aquilo que eu falei, de fazer amor com o primeiro menino que passasse, era mentirinha, viu?
-Eu sei, filhinha, eu sei...minha lindinha, você perdoa esta sua mãe bobinha?
-Você promete que me compra um monte de doce de feijão quando chegarmos à Kyoto?
-Eu prometo !
-Então eu te perdoô, mamãe!Me perdoa também,mãezinha?
Aquele "mãezinha" soou à ela tão doce e carinhoso, que era irresistível.
-Você promete qie não vai mais ficar espionando a mamãe?
-Prometo !
-Então você está perdoada, filhinha!
-Te amo, mãezinha !
Eu também de amo, filhinha, de todo o coração.
-Bom, agora acho que é hora de acamparmos à beira da estrada para descansarmos um pouco e almoçarmos, não é?Disse o bonzo, sorridente.
-É isto mesmo ! Vamos comer !
-Ih, Fushiko, você só pensa em comer!
-Olha, tem um  mercador numa carroça ali na frente, acho que ele está vendendo comida!
Observou  Chitose, apontando o dedo.
-Vamos lá !
Ao chegarem na carroça, que andava devagarinho no sentido contrário, acharam que o mercador estava morto de tédio, pois parecia ter adormecido.Mas ao examinarem mais cuidadoramente, viram que a carroça estava quase vazia, e o mercador não estava morto de tédio, estava morto mesmo, com uma estrela ninja  fincada fundo no pescoço.Haviam perfurações de espada por todo lado no corpo dele, e a esposa dele, também jazia morta, nos fundos da carroça.Encontraram lá dentro várias estrelas ninjas.
-Que loucura! Quem fez isto com eles?
-Foram ninjas,Kareni!E olhem, o cartaz, de procura-se! Estes ninjas estão à nossa procura !E já deu para ver que são experientes e bem perigosos ! Disse Minoko.
-Será possível que nunca vamos ter paz?
-O Xogum não sossega enquanto não tiver a gente em mãos,Kareni!Eu estou realmente preocupada! Ninjas são traiçoeiros!
-Mãe, eu e a Mutsumi -sensei já enfrentamos ninjas antes!Eu tenho experiência de lutar com eles!
-Ah, muito bom, isto vai nos ajudar muito ,filha!
-Nham,nham,nham...
-Fushiko, pare de fuçar na carroça! Você nem sabe se estes restos de comida não estão estragados!
-Estão nada, Minoko! Estes  pães de melão estão ótimos !
-Eeeek! Não gosto de pão de melão!Não tem outra coisa aí não?
-Deixa eu ver,Kogyo, ah, tem ,tem.....aaaaaaah! Ratos ! Urrr!Ai, pelos Deuses ! Ratos!
-Não me diga que você tem mêdo de ratos,Fushiko!
-Eu odeio ratoooos ! Mata eles para mim!Minokoooo, por favooor...
-Ih, mas você não é de nada,heim?
Disse Rei, saltando ágilmente na carroça e,num breve movimento de sua espada, trepassando meia dúzia de ratos de uma vez só.
-Vamos asá-los?
-IIIRK! Que nojo...eu, heim?Aonde você aprendeu isto,menina?
-Ah, Tia Fushiko,quando eu e a Mutsumi-sensei estávamos viajando sem dinheiro, a gente caçava qualquer coisa que tivesse viva e assava,inclusive ratos, gatos, cachorros...
-Aaaargh, Rei, você é muito nojenta!Ai, e de pensar que comi destes pães que os ratos estava roendo...acho que vou vomitar...
-Ih, a  Tia Fushiko é uma mariquinhas!Ahahahahahahah!
Fushiko foi para trás da carroça e colocou para fora pela boca tudo o que havia no estômago, que agora doía.
-Ai, eu estou passando mal...
Kareni, com a mão tampando o nariz, disse:
-É, eu vi ! Você está azul! E estes gases! Pára de soltar estes gases se não vamos todos morrer intoxicados!
Rei e toda trupe caíram na risada, mas de nariz tampado.
-Vai logo para o matinho, infeliz, faça o que precisar, mas longe da gente!Disse Minoko.
-Nós trouxemos comida conosco, tem o bastante para todo mundo, vamos comer?Convidou o gentil bonzo.
E bem longe de Fushiko e suas necessidades, o resto da trupe começou a comer.Quando ela terminou, todos já tinham comido, e ela teve de se contentar com os restos.
-Bom, já que é assim, por que não aproveitamos esta carroça e este cavalo para terminar nossa viagem?Vamos remover os dois, e incinerá-los, e depois a gente monta na carroça e segue viagem! É bem mais fácil e rápido do que irmos a pé!
-Boa idéia,Namya.Achado não é roubado!
Com a ajuda do monge, retiraram os corpos dos mortos da carroça e atearam fogo neles, à beira da estrada, enquanto repetiam a oração budista de homenagem aos mortos que Toppei comandava.
Isto feito, apossaram-se da carroça.Toppei foi na parte da frente, comandando o cavalo, e os outros sentaram-se no fundo da carroça, que era fechada, e aproveitavam a refrescante sobra que o teto de madeira lhes permitia.Deram meia volta e continuaram seguindo rumo a Kyoto, agora bem mais depressa.
Logo a estrada estava bem mais movimentada, com cavalos, carroças e muita gente passando, sinal de que estavam chegando a uma cidade realmente grande e importante.

No entanto, os ninjas estavam cada vez mais próximos deles.E havia muitos cartazes de procura-se, com retratos falados deles(bem imprecisos) espalhados pela cidade.Todas as pessoas seriam então suspeitas e poderiam denunciá-los por dinheiro!
Como nossas heroínas vão conseguir escapar?Seria Kyoto uma imensa armadilha para elas?
Não perca, no próximo episódio !

(Por continuar)