Foto ilustrativa

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quarta-feira, 2 de março de 2011

O Espelho da Verdade Voume 2-Episódio 112




Episódio 112



Fuu entrou furtivamente pelo salão, procurando por Akiha.Procurou no saguão, na sala de estar, na sala de jantar, na cozinha, dispensa e nada.Ela pensou então que a madrasta de Kin só poderia estar n andar de cima, no quarto dela, ou de Chiyo.
Ao subir as escadas e pelrambular pelo corredor, ela viu a porta do quarto do pai de Kin entreaberta.Espiou o quarto.
Na mosca ! Akiha estava fazendo amor com Chiyo!
Fuu então aproveitou que eles tinham apagado as velas do quarto, e como seus olhos de raposa enchegavam muito bem na escuridão,saltou súbitamente sobre os dois,latindo e os arranhando com suas garras.
-Ai, o que é isto, um cachorro?
-Não sei, querida, mas como ele entrou aqui?Eu não tenho cachorros!
-Vamos acender uma vela !Disse Akiha.
Mas toda vez que a madrasta tentava acender a vela, Fuu soprava e a apagava!
-Maldição,o que está acontecendo?Este cachorro está muito esperto para o meu gosto!
Irônica, Fuu levantou a cauda e urinou na cara de Akiha!
-Maldito! Maldito seja ! Desgraçado, eu te pego, cachorro sarnento !
E Fuu saiu correndo, derrubando tudo o que encontrava no quarto, e fugiu para o quarto da madrasta.
-Chiyo!Faça alguma coisa, homem! Me ajude a pegar este cachorro estúpido, vamos !
-Está bem, está bem !
Chiyo colocou  seu kimono correndo, ainda aberto, pois na pressa, não achou o obi.
-Vamos, seu molenga, vamos, anda !Cobrou a madrasta, furiosa.
-Já vai, pelos Deuses!
Os dois saíram correndo atrás de Fuu, e ela entrou no quarto da madrasta.
Finalmente eles conseguiram acender a vela.
-O quê?Mas é uma raposa!O que este bicho horroroso está fazendo aqui!
Fuu se ofendeu, ao ser chamada de "Bicho horroroso" e fez  uma bela poça de urina na cama de Akiha.
-Ora, sua...você me paga !Vem aqui que eu vou te matar, desgraçada !
Os olhos de Akiha ardiam em chamas!
Chiyo sacou sua espada e tentou acertar  Fuu, em vão:a agilidade dela não era páreo para os reflexos do pai de Kin, e Fuu mordeu o braço dele, que deu pulos de dor!
-Ai, ai, ai! Ela me mordeu! Sem vergonha de uma figa !
Os dois ficaram perseguindo a raposa pelo quarto, sempre sem sucesso, ela era muito rápida e ágil, e seu corpo era tão escorregadio que mais parecia feito de sabão!
Pressentindo que já era hora, Fuu, transformou-e numa raposa gigante, e arreganhou os dentes, rosnando alto.
-Ah, eu sabia, então e´a mulher-raposa amiga da Kin!Agora eu descobri !Chyio-kun,mate  à ela! Já !
Disse Akiha, quando estava em frente 'a janela do seu quarto, acuada.
Ouviu-se o silvo de uma flexa, que passou pertinho do rosto da madrasta, e fincou-se na parede.
-Tem um bilhete na flexa!
-Eu sei, Chiyo-kun, eu não sou cega !
Ao ver que a madrasta abria o pergaminho, Fuu aproveitou a distração dos dois, saltou por cima deles e passou pela janela, e aterrisou no chão, transformando-se numa raposa comum e depois voltando à forma semi-humana novamente.
-O que eles querem?
-Querem me desafiar, Chiyo-kun! Querem que eu vá lutar com a Kin!
-Mas amor, você não é páreo para ela, ela é uma das melhores espadachins do Japão!É muito arriscado!
Chiyo não sabia de nada da verdade sobre sua própria esposa.
-Eu vou mesmo assim!
Ele tentou segurá-la pelo braço, e recebeu uma cotovelada violenta nas costelas, que o fêz urrar de dor.
E ainda nua, pegou a espada do marido e saiu correndo para o encontro com sua oponente.Chiyo, mal recuperado do golpe, estranhando muito a atitude dela, foi correndo atrás dela.
Bem no centro da praça,estava Kin, de prontidão, preparada para o combate até a morte.

Aika soltou um raio para o céu, que explodiu, e ficou iluminando perenemente a praça.
Juuchi e Narumeshi quase desmaiaram de tanto desejo quando viram o corpo deslumbrante de Akiha completamente nu, correndo pela praça.
Imediatamente a madrasta ficou em posição de batalha, bem na frente de Kin, que colocou-se na mesma posição.
Só então Chiyo percebeu, pela pose, que sua mulher sabia lutar espada sim, e muito melhor do que ele.
Akiha, porém, já estava muito nervosa, e sues olhos eram flamejantes.
Já os de Kin eram frios e afiados como os de uma águia!
A madrasta foi quem atacou primeiro, mas Kin rebateu o golpe fácilmente.
Akiha revidou  com velocidade alucinante, mas Kin foi mais rápida, e a ponta da lâmina dela fez um corte na maça do rosto da adversária, cortando também um chumaço de cabelos.O sangue escorreu brilhante ao luar.
-Desgraçada !Eu te pego, infeliz !
-Pega mesmo,Akiha-sempai?Então vem, vem, vem sentir o frio da minha espada, vem !
-Ora sua...insolente, atrevida, cadela vadia, prostituta vagabunda!Eu te matooo!
Kin estava usando a fúria da adversária contra si própria.Com a raiva, Akiha perdia concentração e atenção, e já tinha cortes feios nos braços e pernas.
O balé da morte das lãminas, que pareciam flutuar no ar, num espetáculo tão lindo quanto mortal regirava em redemoinhos de aço, que cortavam tudo em seu caminho.
Até que um golpe inesperado de Kin arrancou um dos seios da madrasta, que caiu ao chão, enquanto ela urrava de dor, com sangue esguichando quente do peito.
Ainda mais enlouquecida, Akiha pensou rápido para se vingar:quando Kin saltou, girando no ar para acertar-lhe a cabeça, a madrasta saltou para trás de Chiyo, usando-o como escudo.
O golpe foi tão veloz que afundou-se no crânio de Chiyo, e o fendeu em duas metades.Só agora Kin se deu conta da armadilha em que caíra, mas o golpe já estava dado:mesmo querendo suspende-lo, a espada continuou mergulhando e só consguiu parar quando tocou o esterno, o osso do peito.Mas já era tarde:o pai dela estava morto.
-Papai ! Nãaaaaaaao!
Foi o grito que ecoou pela praça, seguido da sonora e cruel gargalhada de Akiha.
Cabeça baixa,olhos baixos, mas mais acesos em fogo do que os de um dragão,em meio à copiosas e pesadas lágrimas,Kin enlouqueceu:
Agora a violência e velocidade de seus golpes mais que redobraram!
Ela enxergava tudo vermelho agora, e a madrasta não conseuiu mais acompanhar a velocidade quase supersônica de seus golpes:sem dó nem piedade, Akiha foi fatiada em muitas rodelas,numa explosão de sangue,e se desmontou inteira, já morta, esparramando-se no chão.
Kin caiu ajoelhada na praça, chorando copiosamente, e gritou aos céus:
-Papai ! Me perdoaaaaa!Me perdoaaaaaa!Papai!
As garotas, que assistiram a tudo caladas,acorreram para a amiga e a abraçaram ,tentando confortá-la.
Para Kin aquela vitória tinha o sabor amargo e horrendo da derrota.
Completamente devastada, deprimida e odiando-se à si mesma, com as chagas da culpa à consumirem sua alma, ela tentou o suicídio , ao tentar enfiar a espada no próprio ventre, mas o golpe rápido de Rei a impediu.

O que será de Kin agora?
Continuará ela com a trupe?
Quem irá conduzir o Hotel e os negócios de Chiyo?
Kin conseguirá sobreviver a tanto e tamanho sofrimento?
Respostas no próximo episódio!Não percam !

(Por continuar)