Foto ilustrativa

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

 Hoje vou mostrar a voces um pequeno trecho de meu romance "Eternidade":

"Varios dias tinham se passado no Vale.O céu estava azul naquela manha, e não havia quaisquer sinais de nuvens, a brisa estava mansa e calma, e Mitthu e Serhuu aproveitavam a vida calma e tranqüila das montanhas, pescando e colhendo frutas nos pequenos bosques da região,cultivando raízes saborosas e suculentas, e estavam intensamente felizes e apaixonados.Deitados um ao lado do outro  entre as flores,nas margens do lago plácido e cálido, olhavam para a paisagem deslumbrante de montanhas e o céu resplandescente.
Então uma sombra se projetou no horizonte.O vale repentinamente escureceu.
Uma nave espacial imensa apareceu. Era uma fragata espacial imperial.
Ela flutuava no ar graças a seus motores antigravitacionais, e de dentro dela saiu uma nave menor, que estava em vias de pousar no vale.
-Soldados Imperiais! Serhuu, esconda-se, eles são perigosos!
-Eu já tinha visto destas naves passarem por aqui, mas nunca tinha visto nenhuma pousar aqui.Como sabe que são perigosos?
-Sei porque eu já fui um soldado imperial, já estive na guerra e abandonei o Império.Eles matam sem piedade. Eu vou tentar enfrenta-los, agora, por favor, fuja depressa!
A nave enfim pousou.Um comando de dez soldados acompanhados por seu Comandante desceu de la.
-Queremos esta casa e seus suprimentos. Vamos drenar o lago para reabastecer nossas reservas de água.
Serhuu, que teimou em não fugir, sentindo-se segura ao lado de Mitthu, exclamou, irritada:
-Nunca !Eu não vou deixar! Aqui e´o meu lugar e vivo aqui, e não vou deixar que vocês maculem a Natureza!
-Cale a boca, menina. São ordens e você tem que obedecer, ou morre!
-Comandante, meu nome e´Mitthu. Já fui soldado do Exercito Imperial, e desertei.Deixe minha namorada em paz. Aqui não há nada de estratégico, vão embora, por favor.
-Voce não tem vergonha de ter desertado, soldado Mitthu?Vamos leva-lo preso daqui, você ira para as Masmorras Imperiais agora mesmo!
-Não, por favor, não o levem!
Gritou , em desespero, Serhuu.
-Esta menina fala demais! Disse o Comandante, e soou o disparo de um raio lazer de uma pistola.O tiro acertou o braço dela, que ficou com queimaduras horríveis e profundas.
-Serhuuu! Oh, não! Disse Mitthu, sacando sua espada.Mas dois homens o imobilizaram  pelos braços
A menina gritava de dor e pedia socorro a Mitthu, que tentava se desvencilhar dos soldados, mas um terceiro prendeu suas pernas e ele não conseguia se soltar.
-Ela e´bonitinha. Tragam-na para ca´. Vou estupra-la pessoalmente.Disse o Comandante.
-Não! Serhuu! Foge, foge! Depressa! Gritava, em desespero, Mitthu.
Mas dois soldados a cercaram e arrancaram o vestido e a lingiere que ela vestia e o Comandante se desnudou e agarrou-a. Por horas que pareciam infindáveis ele a estuprou seguidamente, com uma violência assustadora,rompendo tendões e tecidos, espalhando sangue por todo lado,e depois acertou –lhe um tiro que a feriu gravemente, deixando-a sangrar muito, prolongando o sofrimento da morte iminente. So então os soldados soltaram Mitthu, que chorava copiosamente.
Uma chuvinha fina se iniciou, e nuvens negras escureceram ainda mais o Vale.
Mitthu  agarrou-se ao corpo inerte de sua amada, e sentia como se ele mesmo tivesse morrido.
“Ela era tão delicada...como  puderam fazer isto com ela...”
Era o que permeava seu pensamento.Para ele um sonho inteiro estava ali, morto em seus braços, e ele a acariciava com delicadeza, e ele não conseguia imaginar como poderia viver sem ela.Sentia-se frustrado, sentia –se culpado, e começaram a ocorrer –lhe pensamentos de que ele fora quem falhara, de que ele e´ quem deveria te -la defendido e dado sua vida por ela,e a consciência de que se ele tivesse feito isto ele teria perdido a vida e ela também,pois eles teriam feito a mesma coisa com ela depois de ele morrer,não lhe consolava, so´lhe doía mais ainda.Chorar era muito pouco para expressar sua dor, seu vazio, o imenso vazio em seu coração e sua alma, que ficara, uma ferida profunda, uma chaga que corrompera sua vida, sua essência.Ele não sabia mais o que seria do seu futuro, e nem sabia se lhe interessava ter qualquer futuro que fosse agora.
A chuvinha fina então se transformou em tempestade, e o vento começou a ficar violento.Raios explodiam por toda a parte em meio ‘a sinfonia dos trovoes, que ficavam ainda mais assustadores ao ecoar nas montanhas.
Um sentimento de fúria tomou conta de Mitthu, que no intervalo entre um trovão e outro, enquanto  os raios dançavam ao seu redor, levantou a garota  acima da cabeça com as duas mãos, e olhando para os seus, bradou , aos prantos:
-Serhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu   !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Mitthu caiu ajoelhado no chao, com os braços para cima, e proferiu uma prece:
-Ceus, o´Ceus, tragam Serhuu de volta...tragam –na de volta para mim...por favor...cuidem bem dela,tragam-na de volta ‘a vida, eu rogo a vos, o´ Ceus !
Então , repentinamente, a  grande nave decolou e desapareceu no horizonte.
O Comandante tentava contactar a nave, sem sucesso, pelo seu comunicador.
Foi quando um imenso tornado surgiu na outra ponta do vale , e estava chegando depressa, mas curiosamente, não tocou o solo, flutuando a dois metros e meio do chão.Quando ele chegou ate´Mitthu, o corpo inerte de Serhuu  começou a flutuar no ar, e a um metro de distancia das mãos de Mitthu um raio gigantesco atingiu o corpo de Serhuu em cheio, fazendo-se vergar tanto que todos pensaram que ele iria se partir em dois, o que não ocorreu, e o corpo foi sugado pelo tornado em direção aos céus e desapareceu.
O mau tempo terminou tão repentinamente quanto começou e um arco íris se fez no Céu.
Os soldados levaram Mitthu preso para a pequena nave, e dali a naveta se encontrou com a nave grande, que os deixou nas masmorras do Palácio Imperial, em Suburbia.
Mitthu ficou em uma cela imunda, e logo o chamaram para câmara de tortura.
La´o Carrasco o espancou sem do´, depois o fez passar por uma sessão de chibatadas. Então veio o interrogatório, diante do temido  Comandante da
Policia secreta e do Carrasco, mais meia dúzia de soldados perversos, e todos se divertiam com o sofrimento de Mithuu, com as costas banhadas em sangue de numerosos ferimentos.
-Onde ficam as instalações dos revoltosos, Soldado? Fale, traidor!
-Eu já disse que não sei, Comandante!
O arrogante e cruel militar  usou de um martelo e quebrou os dedos da mão direita de Mitthu.
-Isto não e´resposta! Vc estava junto daquela revoltosa, aquela pequena prostituta nas montanhas, deve ter passado informações do Exercito Imperial para ela!Agora fale!
-Não manche a memória de Serhuu, desgraçado! Vocês a estupraram e mataram,a única pessoa a quem amei! Nao admito que fales mal dela, verme maldito!
-Huuum, que pena, não tive o prazer de me deitar com ela, vocês deveriam te-la trazido viva para que eu me deitasse com ela!Agora, você, soldado covarde, desertor, traidor, você vai morrer, mas bem aos pouqinhos, e eu vou me deleitar em vê-lo sofrer! Coloquem-no na maquina de arrancar espinha!
A tal maquina era uma cama de ferro, onde a vitima ficava deitada amarrada , de costas para cima, e uma garra metálica cortava os ligamentos da espinha com as costelas, e a arrancava do corpo da vitima aos poucos.
Ele foi preso nesta maquina e a garra enorme se fechou, rasgando a carne, e Mitthu  urrou de dor.Ele sabia que iria morrer, mas so conseguia pensar em Serhuu, e suas lagrimas não eram de dor, mas de saudades.
-Aaaaaaaaaaaaaaaah...ah, Ser...Serhuuu...queria tanto que voce estivesse aqui comigo...
Então o céu, que estava nublado e escuro, repentinamente lançou um clarao cegante pela janela, e um trovão de imensas proporções se ouviu.Um raio entrou pela janela, muito próximo de todos e um redemoinho de vento forte entrou e ficou parado diante de dos soldados, do Carrasco , do Comandante e dos soldados, pairando bem acima de Mitthu, e emitiu uma luz dourada e cegante, que encheu toda a sala, quando voltaram a enchergar o que viam parecia inacreditável.
Eram Serhuu, envolta em uma aura dourada e brilhante, com imensas asas de passaro nas costas, asas que se fecharam em volta de Mitthu, que foi libertado da maquina. Ela o abraçou.
-Sou eu, Serhuu. Estou aqui com você para te proteger. Não deixarei que nada aconteça com você. Por favor, meu querido, me abrace!
-Aaaah, Serhuu, minha amada, e´um milagre...voce esta viva, viva novamente!
-Não estou viva mais, meu bem, mas estou e sempre estarei com você em espírito. Mesmo dos Céus estarei sempre velando por você, estarei sempre contigo para te proteger, quando você mais precisar.
Os soldados atacaram com uma saraivadas de armas lazer, mas nada fazia efeito. Tentaram armas de partículas e ate´uma bazuca fotonica, mas nada conseguia fazer efeito.
As asas então se abriram e Serhuu, com expressão amedrontadora no rosto tinha agora uma espada na mão. Ela se afastou de Mitthu, e mesmo a sala estando cheia de soldados, ninguém conseguiu toca-la, e ela matou a todos com muita rapidez, dizendo:
-Voces agora serão punidos pelo que fizeram a mim e a Mitthu!
Então , depois de dúzias de soldados mortos, ela ergueu a espada para os Céus,e da espada saiu um raio de luz,que explodiu o Palácio todo, enquanto Mitthu ficava abrigado pelas asas protetoras dela.
-Vem, querido, pegue na minha mão, vamos sair daqui.
Ela saiu voando e levou-o pelas mãos, e um pouco mais tarde pousou na beira do lago , no vale onde eles moraram.
-Agora você esta a salvo, meu amor. Preciso ir. Lembra-te de que o amo e estarei sempre contigo em espírito.
-Voce estará sempre no meu coração, meu amor...muito obrigado..por favor me perdoe não ter podido te proteger, e ter deixado tudo isto acontecer com vc, não consigo deixar  de me recriminar...
-Não foi culpa sua, meu amado.Voce também sempre estará no meu coração, então, não se sinta mais sozinho, não sofra mais,pois mesmo la´em cima, ainda assim estarei com você, e irei te proteger e observar, sempre que você precisar, ate´que a sua hora de se juntar a mim chegar.Entao, ninguém mais nos separara.Agora preciso mesmo ir...
Uma luz dourada se fez no centro do lago.
-Querida, leve meu coração com você, leva meu amor consigo, não te esqueças que a amo para todo o sempre!
-Ah, meu bem..voce esta chorando...
Lagrimas caiam do rosto de Serhuu também, que abraçou e beijou a Mitthu, enquanto ambos eram levados, flutuando no ar, ate´o centro do lago.
Então o beijo terminou, e ela começou a ser puxada para cima,  enquanto ele era levado de volta a margem do lado, e ambos acenavam um para o outro, chorando muito.Ela logo desapareceu em meio as nuvens, que se dissiparam e desapareceram, e Serhuu com elas.Um novo arco íris se fez, e Mitthu logo se lembrou que ela tinha dito a ele que, quando ela morreu e foi levada aos céus, o arco íris era um sinal que ela tinha enviado por ela para dizer a ele que não deixasse morrer a esperança, pois ela voltaria, e ao ver aquele segundo arco íris, ainda maior e mais lindo e brilhante de que o primeiro, Mitthu sentiu um peso a explodir em seu coração e , ajoelhado, com as mãos no rosto, chorou como nunca chorara em sua vida, pois sentia que tinha perdido a ela pela segunda vez....

Cristiano Camargo

"Eternidade" está registrado na Biblioteca Nacional e tem os direitos de copyright e direitos autorais garantidos a Cristiano Camargo nos termos da Lei. 


Meus trabalhos na literatura infantil

Caros(as) leitores(as):Como sabem, eu iniciei minha carreira  literária na literatura infantil.Mas, desde que escrevi O Inesperado Salvador,muito tempose passou e passei a me dedicar mais a literatura infanto juvenil e principalmente a literatura para adultos.Mas nem por isto deixei a literatura infantil de lado.Jornada ao Vale Deslumbrante, minha segunda obra publicada, nao pode bem ser chamada de infantil, pois foi a adaptaçao de uma obra infanto-juvenil para o formato infantil,via reduçao e simplificaçao da estória, e nao é qualquer criança que entendrá esta estória.Marino Boy veio depois, mas sua natureza ainda é mais infanto-juvenil do que infantil.
Muito tempo depois,animado em fazer uma estória especialmente escrita para minha querida sobrinha Victória, Ursinho Mágico Pururin,bem recente,reve o tema infantil com maturidade, num nível de simplicidade que até crianças pequenas conseguem entender, e os diálogos dos personagens é fluido e usa expressoes e comportamentos típicamente infantis,entao, a compreensao é total.
Ao contrário de muitos(as) escritores(as) que subestimam a inteligencia infantil,como se escrevessem para pessoas com problemas metais/psiquiátricos sérios,minhas obras infantis, especialmente as atuais,destacam-se por valorizar a inteligencia das crianças,simplificando sim,mas sem trata-las como seres estúpidos, incapazes de raciocinar.
Ursinho Mágico Pururin é um bom exemplo.A estória da menina que teve a mae desaparecida no dia do Natal e recebe um ursinho mágico que fala e que lhe promete trazer sua mae de volta no dia do Natal do ano seguinte,mexe com a sensibilidade infantil, os sentimentos mais profundos, de amor aos pais,fala sobre carencia afetiva, e sobre o valor dos pais para solucioná-la.No fundo a mensagem  é a de mostrar o quanto a ausencia dos pais e a falta de atençao e prazer em desfrutar a compania dos filhos pode fazer mal as crianças,e no quanto elas sofrem com isto.Uma estória que serve, na verdade tanto as crianças como aos próprios pais.
No momento, estou escrevendo outra estória infantil, para minha outra sobrinha, Francesca.Trata-se de "A Princesa da Terra dos Sonhos Distantes".Posso dizer que esta é mais ficçional e mais aventuresca:Uma princesa-bruxa  ,que  com sua cachorrinha que precisa sair em busca de aventuras para resgatar o pai,com a ajuda do espírito da avó já falecida.O tema novamente é o amor entre pais e filhos, e das crianças pelos seus animais de estimaçao.

Cristiano Camargo