Episódio 59
O café da manhã teve mesmo sabor de despedida.No fundo, as garotas estavam aliviadas de sair dali,pois as lembranças não eram das melhores.Mas para as crianças, tinha sido muito produtivo, especialmente paara Juuchi.Já para Rei foi muito bom conseguir amadurecer e aprender a lidar melhor com seu passado.Aika estava ali, ao seu lado, afinal,e agora elas se sentiam, embora tendo mães adotivas diferentes, mais do que amigas, como se fossem mesmo irmãs.Aimi tinha imensa vontade de ir com elas, mas esperava um filho de Satochiro e, por outro lado,sentia a animosidade velada das garotas contra ela,e sentia-se mal e envergonhada pelo que Satochiro contara à ela que tinha feito às garotas, já que ela mesma não se lembrava.
Logo depois do desjejum, ela providenciou a todos grossos kimonos de inverno e muita comida.
Chegara então a hora de se despedir.O frio continuava intenso, mas ao menos tinha parado de nevar, mas todos sabiam que aquela era uma coisa com a qual não se podia contar, estavam no inverno e podia voltar a nevar a qualquer momento.Pesava sobre as garotas a preocupação de ter de enfrentar uma nevasca no meio do caminho.
Mas por outro lado, apenas três dias de caminhada os separavam da próxima cidade.
-Tenham todos uma boa viagem e desejo a todos que cheguem a seu destino com segurança!
-Obrigada, sensei.E parabéns pelo seu filhinho que irá nascer.E em nome de todos agradeço pela hospedagem e todo o trabalho que lehe demos, e agradeço também, é claro pelo treinamento,com certeza me será muito útil.
-De nada, Minoko-san.As portas deste Santuário estarão sempre abertas para todos vocês, eu é que agradeço pela honra de poder te-las recebido aqui,e peço desculpas pelas más lembranças que eu e a Aimi lhes deixamos.
-Boa viagem a vocês e voltem sempre, por favor! Disse tímidamente Aimi, ajeitando o óculos, que teimava e lhe escorregar pelo nariz.
Finalmente as despedidas terminaram, e depois de caminharem pelos fundos do pequeno planalto, uma suave rampa descendente as levou para a estrada montanhosa.
Mas desta vez não era uma estrada estreita, ali as montanhas eram menores e mais fáceis de caminhar, com mais espaço entre elas.
No entanto, quando deixaram para trás a última barreira mágica que isolava o Santuário,Minoko teve uma sensação de que o perigo estava à espreita.
Alheias a isto, as garotas conversavam entre si:
-Eu não entendo, se o sempai era um mágico tão poderoso, porque não fêz a fissão de almas na Minoko?
-Eu lá vou saber, Fushiko, não tenho idéia! Vai saber lá o que se passa na cabeça daquele velho pervertido!Queria tê-lo matado!
-Não podia,Chitose, senão a Minoko não completaria o treinamento dela.
-É, você tem razão, Kareni, mas eu achei o castigo dele atépequeno perto do que ele me fêz!Eu queria me manter pura para o Kinji...
-Pura?Você?Ah, sinceramente, Chitose,, deixe de ser ingênua,de puras aqui só tem as crianças, de resto...
-Engana-se, Fushiko, a Fuu ainda é casta.Aliás, agora que ela já completou dezoito anos é que ela pode aproveitar para deixar de ser.Quem sabe ela arranje um bonitão...
-Eu não quero namorados,Fushiko.Aliás, não estou entendendo o que vocês querem dizer com "casta", "pura"...
-Ah, eu não acredito, Fuu-san! Você não sabe?
Fushiko sussurrou no ouvido dela o significado.
-Eeeeeee?
Fuu corou de vergonha e cruzou os braços diante dos seios.
A mulherada caiu na risada.
Enquanto isto , as crianças estavam uns vinte passos adiantadas, e conversavam entre elas.
-Eu gostei de ficar lá no Santuário, Rei-kun!
-Eu sei,Juuchi-kun, do jeito que você olhava para a Aimi...
-Ah, poupe a ele, Rei-san, eu não notei nada disto.Ele foi bem respeitoso com ela, aliás, tem sido com todo mundo !
-Ah, você que é ingênua, enão o conhece como eu o conheço,Aika-san,se eu deixasse, ele já teria ido recostar a cabeça nos peitos da Aimi faz tempo!
Juuchi corou de vergonha,e protestou:
-Rei-ku, você faz mau juízo de mim!
-Ah, coitadinho de você, tão inocente...aposto que se a Aika-san ficasse pelada na sua frente você agarraria ela e faria amor com ela, epsecialmente se eu não estivese olhando!
Agora foi a vez de Aika ruborizar até ficar roxa:
-Ai,Rei-san, eu nunca, nunca faria uma coisa destas, imagine!
-Você só pode fazer amor comigo, e só quando eu quiser,entendeu, Juuchi?E vai ser só depois que nós dois completarmos dezoito anos !
-Rei-san, você é três anos mais nova que eu, eu nunca penso nestas coisas, mas você vira e mexe fala disto, e pior, não se envergonha!Eu não entendo!Às vezes você nem parece menina,ou mesmo que tenha a idade que tem!
-É que eu fui forçada a entrar para estas coisas muito cedo,então, este tipo de coisas não soa mais vergonhoso para mim.Mas não quero nada disto para mim até eu ficar adulta, na verdade, nem sei quando, pois este tipo de coisas na verdade me traz lembranças muito ruins,que prefiro não lembrar, para não chorar.
-Não entendi direito, Rei-san, como assim,forçada a entrar para estas coisas?
-Eu vou te contar no seu ouvido, Aika-san.
E Rei contou-lhe o que sofreu nas mãos dos pais.
-Que horror!Rei-san, você jura, ele teve mesmo coragem de fazer isto com você?Seu pai?
-Sim, e não foi uma vez só, era quase todo dia, várias vezes ao dia, era horrível, você nem imagina a dor, o sofrimento, o que eu passei,olha, nem vou falar mais nada, se não começo a chorar.
-Não fica assim, não, amiga. Você é muito forte, sobreviveu a isto, eu , na primeira vez, teria me matado!Não iria aguentar odiar tanto assim meu próprio pai !Mas eu estou aqui com você, tem o Juuchi, que te ama e nunca faria istocom você, tem sua mãe, que te adora, e tantas amigas, tanta gente boa que te quer bem...
-Obrigada, Aika-san, você é uma amiga de verdade !
E prosseguiram caminhando.Até que Minoko estacou.
-Filha, está sentindo isto?
Rei apurou sua sensibilidade.
-Sim, mãe, dois kis muito fortes vem se aproximando muito rápido !
-São as bruxas !Depressa, escondam´se atrás das árvores, deixem a luta comigo,procurem não se deixar ver!Namya, Kareni, vocês procurem proteger as crianças, não as deixem sózinas!
-Tudo bem, Minoko ! Venham, crianças,vamos, rápido!
Minoko começou a se concetrar profundamente.
O silvo das vassouras voadoras logo foi ouvido, e não era um som agradável de se escutar.
Mas ninguém via à elas.Repentinamente, do nada uma nevasca começou, com ventos uivantes, a temperatura desceu incrívelmente, ea neve começou ' a se acumular no chão numa velocidade alucinate.Raios e trovões ribombavam, num volume absurdo,e ainda mais súbitamente, de uma montanha próxima, uma avalanche gigantesca de neve começou a descer a encosta rumo as demais garotas e crianças!
A chegada das Bruxas fora espetacular! Agora a maioria de nossas heroínas corria sério risco de serem tragadas pela avalanche e perecerem!
Os olhos de Minoko brilhavam , vermelhos, quando ela os abriu, e uma intensa aura vermelha a fazia flutuar no ar.
O grande duelo de magia iria começar!
E agora, quem vencerá?
Nossas heroínas vão conseguir escapar da perigosa avalanche com vida?
Saibam as respostas no próximo episódio! Não percam !
(Por continuar)
