Foto ilustrativa

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quarta-feira, 30 de março de 2011

Minissérie:Antes daquela fria manhã de Outono-Episódio 11



Episódio 11:

Voltando um pouco no tempo, Nami se sentou na poltrona que ficava na janela, bem acima da asa esquerda.Depois do avião taxiar, quando ele acelerou para a decolagem, ela notou que o barulho dos motores estava meio estranho.Já na decolagem, os passageiros sentiram um leve cheiro de queimado.Mas o avião chegou na sua altitude de cruzeiro, o cheiro passou, o barulho dos motores pareceu normal, e o aviso de que já se podia tirar o cinto de segurança se acendeu.
Um  frugal café da manhã foi servido, e Nami estava apreciando-o quando o avião sofreu um solavanco repentino, e o alarme para por os cintos de segurança foi acionado.Tods acharam se tratar de uma turbulência, mas então, uma vibração intensa tomou conta do avião inteiro, com se ele estivesse num liquidificador.Parecia que ele iria se desmontar peça por peça.E ia mesmo, pois foi com horror que Nami viu o motor se desprender  da asa e cair!
A trepidação virou um chocoalhar violento e rachaduras apareceram pela fuselagem, e um barulho surdo de revestimentos internos da cabine se desprendendo,bagageiros caindo nas cabeças dos passageiros, máscaras de oxigênio também caindo, e os passageiros, Nami, inclusive, entraram no mais absoluto pânico.
Ela podia ver o avião se contorcer, o horrível barulho de metal se rasgando e  rebites saltando para fora,e a aeronave mais parecia feita de borracha flexível.
Ao olhar para a janela ,Nami e outros passageirso viram a asa esquerda se desprendendo do avião, e um barulho muito mais alto e assustador do que um trovão foi ouvido, e a cabine se rasgou, apenas dois assentos à frente de Nami.
Ela viu, horrorizada, a outra metade do avião se desprender da fuselagem e cair com todo mundo dentro, despencando no abismo de dez kilômetors de altura.
Por alguns breve segundos, a parte em que Nami estava ainda flutuou,depois emborcou.O vento estava infernal, parecia que os cabelos dela iam ser arrancados!
A parte traseira da fuselagem então despencou para o chão numa velocidade assustadora.
Nami estava absolutamente terrificada:seus olhos estavam arregalados e inchados, seu coração taquicárdico, e em sua mente, apesar do pavor da face da morte,a imagem que lhe veio foi de Maki sorrindo para ela.Seu desespêro se tornou maior, mas seus cabelos foram arrancados, assim como o couro cabeludo,os olhos saltaram para fora das órbitas e explodiram, e o ar entrando nos pulmões à uma velocidade quase supersônica, explodiu seus pulmões, fazendo a mesma coisa com o coração, e logo a cabeça era arrancada, e o corpo despedaçado,flutuou leve como uma folha seca antes de cair.O pedaço final do avião começou a rodopiar em parafuso e ao chegar ao chão já tinha se fragmentado em grandes pedaços e milhares de pequenos.Uma chuva de pedaços de corpos e do avião tomou conta do solo.De fato, o que dizia a reportagem era verdadeiro:ninguém conseguira sobreviver.Nem mesmo Nami.
Seu corpo antes vivo jazia inerte, despedaçado em centenas de fragmentos espalhados e misturados como s de outros corpos.Nem mesmo seu crânio permanecera intacto, liberando pedaços de cérebro para o ar.
Naquele dia, próximo a Nara, chovera sangue.E cadáveres também.


(Por continuar)



Série Especial: Consciência de Viver-Capítulo 6

Capítulo 6


Ele estremeceu. Sua cabeça rodava furiosamente e não percebeu que caíra ao chão frio e imundo, levantando uma nuvem de poeira negra e gordurosa. Mas naquele ambiente tão insuportavelmente tépido,a "frescura" daquele piso lhe era agradável e reconfortante. Até ele abrir os olhos e olhar para cima.
 Lá estava o esqueleto de cavalo outra vez. Ele estava absolutamente paralisado em pânico. E o monstro sorria do modo sinistro e infame como só as caveiras o fazem. Quem sabe por isso são tão assustadoras?
Mas o monstro estava calmo. Virou-se de costas e caminhou tranqüilamente pela casa. Desta vez, porém, seus passos eram silenciosos, e Ele não ouviu mais nada. Que crueldade! Agora Ele não poderia mais andar sossegado pelos corredores e seria obrigado a descobrir onde o Espectro estava. Poderia estar escondido em qualquer lugar. E assustá-lo terrivelmente. Pior, o esqueleto não dependia mais do livro para aparecer e podia dar sinal de vida ou desaparecer quando muito bem o entendesse. Ele estava nas mãos dele.
O tal fantasma passou a dominá-lo completamente e podia fazer dele o que quisesse ao seu bel prazer.
Prazer! Um tenebroso prazer parecia ser o que sentia, o verdadeiro significado daquele sorriso ossudo e maligno do Espectro. Sadismo sempre foi uma característica intrínseca de quem é realmente perverso. O mal que exprime sua crueldade de uma maneira simples e aterradora, o prolongamento da dor, mas também com a angústia muito mais profunda da expectativa mais longa, aquela que pode acontecer a qualquer momento e não acontece. O mal sugerido, escondido, o que não aparece – este é o que mais nos assusta e o que dá um prazer sôfrego e estimulante a quem nos infere sofrimento.
E Ele se exasperava, chorando a soluços. Teria de enfrentar seu algoz... mas, e coragem? E coragem para isso? Como não notar que, se estivermos sós no escuro, o medo que nos apavora aumenta geometricamente quando temos consciência de que ele esta aí, mas não o detectamos a cada ligeiro ruído que ouvimos? Sim, porque a cada detalhe mais ínfimo esta imaginação dominante aumentará mais e mais o Monstro que tememos, e quanto mais nos amedrontamos, mais ele aumenta!
E era exatamente o que acontecia com Ele. Pior, ele tinha um limiar muito alto, muito mais do que o normal de suportar o terror. Ninguém se assustava tanto e tão bem quanto Ele!
E Ele estava ali no chão da cozinha, aderente como cola. Passou horas assim. E o Espectro, para ele, parecia não parar mais de aumentar de tamanho em sua imaginação.
Foi então que o esqueleto colocou sua caveira para dentro da cozinha, como quem pergunta se sua vítima não vem. E lá adentrou.
Ele notou, então, que o tamanho real, natural do Espectro era muito mais tétrico do que o imaginara. Maior parecia mais distante. Novamente o cavalo empinado saiu pela casa. Ele estava deitado em posição fetal, seus olhos injetados mostravam um olhar próximo ao do colapso cerebral.
Não conseguia tomar decisões. Sua confusão mental era tamanha que Ele se debatia sem conseguir coordenar pensamentos lógicos. Sua enxaqueca tomava proporções alarmantes, e seu corpo puído não conseguia se mexer, tal a sensação de peso; seu crânio parecia pesar uma tonelada!
No entanto, o aconchego da poeira gordurosa insistia em cobri-lo como um cobertor, e a sensação de conforto aos poucos foi aumentando, e acabou dormindo.
Quando acordou, tinha se esquecido do Monstro. Esfomeado, encontrou no velho armário um grande pote de vidro fosco contendo um tipo de doce que, de tão estragado, estava absolutamente irreconhecível. Mas Ele parecia ter estômago de aço e, para variar, adorou o tal do doce. E dele se serviu à vontade. Saciada a fome, Ele voltou ao seu quarto. Deitou-se, mas não conseguiu mais dormir. Pela escuridão adivinhou que a noite finalmente tinha chegado. Foi aí que se lembrou do quanto odiava a insônia. Lembranças de um sem número de noites tenebrosamente mal dormidas lhe percorriam a cabeça. E novamente a insegurança lhe bateu n'alma.
Seus ouvidos estavam apurados. Lá fora alguma coisa estava acontecendo: Ping, ping, ping...
Ele sabia bem o que era esse barulhinho. Principalmente quando acelerava: ping, ping, ping, ping, ping...
Chuva. Oh, não,de novo não!
(Por continuar)

Sobre o meu aniversário!

Bom dia, caros(as) amigos(as) e leitores(as):

Depois de amanhã, dia Primeiro de Abril, será o meu aniversário, em que completarei 48 anos de vida!
Por isto mesmo, estou preparando para este dia especial, algumas postagens especiais:Uma ilustração especial, que estou desenhando no programa Corel Draw, no computador;e um Episódio Especial de Naquela fria Manhã de Outono(não confundir com aminissérie Antes Daquela fria Manhã de Outono, cuja estória se passa bem antes), e este episódio, um só, irá se chamar:Naquela Fria Manhã de Outono:Especial de Aniversário!
Aguardem então por estas novidades!
Abraços,
Cristiano Camargo!