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segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Espelho da Verdade-Episódio 135




Episódio 135

Pouco depois, a trupe estava toda reunida para tomar o café da manhã, pois estavam todos morrendo de fome depois da batalha.
Susumi estava sorridente e tão grudada no irmão que até Minoko ficou enciumada.Foi necessário que se contasse tudo o que ocorreu depois da transformação de Narumeshi para que Susumi entendesse, pois ela achava que Narumeshi ainda estivesse no corpo de Minoko, mas depois das narrativas e explicações ela entendeu tudo e ficou muito satisfeita.
Mas o grande assunto do momento era o casamento de Minoko e Narumeshi.
Hachiro Okamoto, o sacerdote-mago que salvou a alma de Aika e a ressussitou,iria presidir a cerimônia e sagrar o casamento de ambos.
A própria Senhora Arata fez questão de ir buscá-lo e contar a novidade, e ele de bom grado, aceitou a tarefa.
O casamento iria ser no dia seguinte, e os preparativos logo começaram.A cerimônia, por insistência da proprietária da Hospedaria, não seria no Santuário, mas na proópria Hospedaria.
Só que, claro, as gêmeas não estavam nada contentes com isto e começaram e bolar planos para impedir o casório.
Enquanto Daisuke, o filho da Sra. Arata, ajudava a preparação de Narumeshi,As garotas em pêso, com excessão das crianças, ajudavam Minoko.
A confecção do kimono cerimonial, por exemplo, e a prova, foi feita à várias mãos, e houve dificuldade para acomodar os enormes seios da noiva, que teimavam em pular para fora da vestimenta apertada.O jeito foi a aplicação de várias camadas de  faixas de tecido amarradas e bem apertadas, para comprimir os seios, e assim,não estragar o  visual.
A preparação do salão principal da Hospedaria e os quitutes do banquete da festa que se seguiria à cerimônia foi outro item que deu  muito trabalho.Foi necessário tirar algumas garotas da preparação de Minoko, para ajudar na decoração e na cozinha.
Mas as gêmeas procuravam  sabotar tudo, jogavam sal nos doces, manchavam o tecido do kimono cerimonial, sumiam com os apetrechos para o complicado penteado tradicional, faziam itens de maquiagem desaparecer, e foi necessário que Rei as vigiasse o tempo todo , além de colocar Fuu  de guarda na cozinha e Kurumi de guarda no quarto de Minoko, para impedir novas sabotagens.
Elas começaram a atrapalhar a preparação de Narumeshi, e agora era a vez de Juuchi e Aika pararem-nas.
O dia seguinte começou ainda mais agitado. O casamento seria no fim da tarde e todos corriam como loucos.
O banho cerimonial da noiva teve como aias Namya e Kareni, que lavaram todo o corpo de Minoko com água perfumada, pétalas de rosa e leite.Depois foi a vez de Mira e Chitose  ajudarem Minoko a vestir o pesado e complicado kimono cerimonial e suas muitas camadas.Finalmente era a vez de Kogyo e Susumi maquiar a noiva, com sua máscara branca e pálida, e batom vermelhíssimo em muitas camadas,como era tradicional nos casamentos taoístas.Os tamancos de madeira maciça e pesados também precisaram de ajuda.Tudo isto consumiu várias horas, e ainda tinha que se fazer unhas das mãos e pés.
Quando era cinco da tarde em ponto, Minoko estava pronta, e Narumeshi também.
Chegou a notícia de que o Sacerdote Hachiro já estava presente, e a cerimônia estava pronta.Susumi,como parente mais próxima do casal, conduziu Minoko para a mesinha da cerimônia.No dia anterior, Narumeshi já tinha adquirido  as alianças de ouro de um ourives.Na verdade, ao saber que se tratava do casamento de um membro das Sete Incríveis, o ourives recusou qualquer pagamento e ofereceu as alianças como presente de casamento.
As gêmeas estavam agitadas, e tentaram ficar no salão do casamento, mas como todos sabiam que elas queriam tentar impedir Narumeshi de se casar, ficaram confinadas no quarto delas, sob estrita vigilãncia de Kurumi.
Mas elas não se conformavam!
-Nanami, precisamos dar um jeito de ir lá para baixo!
-Mas de que jeito, Nanase, se a Tia Kurumi fica o tempo todo de olho na gente?
-Ela vigia a porta, não a janela!
-Só que estamos no terceiro andar, esqueceu,Nanami?Olhe a altura que é daqui de cima, não dá, não tem como !
-Tem sim!Eu guardei no armário a corda de escalar montanhas da Tia Chitose, então é só colocar o gancho no beiral da janela e descermos pela corda!
-Ah, não sei não, Nanase, eu morro de medo de altura!Eu tenho medo de descer por esta corda?E se a gente cair?Olha só, debaixo da nossa janela fica o chiqueiro da Senhora Arata, se cairmos, vamos nos precipitar no meio dos porcos e da sujeira deles!
-Bom, já que você é medrosa e não quer ir,Nanami, eu vou !
E Nanase pegou a corda, prendeu o gancho, se empiriquitou no beiral e começou a descer.
Nanami viu que não tinha outro jeito, e tentou descer também. Mas, desastrada, se embananou toda, desequilibrou-se e caiu.Só que caiu com as nádegas na cabeça da irmã e as duas se espatifaram no lamaçal do chiqueiro.
A queda repentina assustou os porcos,  que começaram a berrar e correr,e com seus focinhos jogaram longe as duas meninas , que pousaram nas costas de um porco enorme, e o cavalgaram precáriamente.
O animal apavorado e descontrolado saiu feito louco pelo quintal, destruindo tudo que encontrou pela frente, arrebentou o chiqueiro e entrou na pensão.
Logo convidados e noivos viram o porco jogar as meninas para a frente, ameaçando invadir a cerimônia. Foi preciso que Chitose pegasse seu arco e flexas, e cravasse uma flexa no crânio do animal, que tombou morto.Por pouco não estraga a festa!
Furioso, Narumeshi pediu que alguém as tirasse dali, e ao porco morto também.
Kurumi desceu as escadas correndo, pegou as garotas pelo colarinho do kimono, imundas e malcheirosas, e as trancou no banheiro, ordenando que tomassem banho.
Fuu se encarregou de carregar para fora o porco, e não pôde mais assistir a cerimônia.
Finalmente o casamento podia ser concluído, pois quando as gêmeas invadiram a cerimônia, esta já estava em seu final.
-Narumeshi, aceita Minoko como sua fiel companheira e eterna esposa, para toda a vida,abençoada pelos Deuses?
Narumeshi,com um olhar meigo e apaixonado, olhou para Minoko e disse:
-Sim!
-Minoko, aceita Narumeshi como seu fiel companheiro e eterno marido, para toda a vida, abençoado pelos Deuses?
Agora era a vez de Minoko mandar a seu noivo seu olhar mais doce e carinhoso,num sorriso tímido dizer:
-Sim!
-Podem beber o sakhê!
Narumeshi tomou do pequeno pires o sakhê sagrado e passou-o depois para Minoko, que também o bebeu.
-Doravante Narumeshi e Minoko serão marido e mulher, abençoados ambos pelos Deuses , estando formalmente e oficialmente casados!Podem trocar as alianças!
Narumeshi tirou do bolso de seu kimono cerimonial as alianças, e colocou uma delas no dedo de Minoko, que em seguida tomou para si a outra, e a colocou no dedo de Narumeshi.Seguiu-se o beijo intenso, e os aplausos irromperam pelo salão!
Os dois eram pura felicidade, mas não podiam satisfazer seus instintos ainda: cada um teve de ir ao seu quarto tirar as vestes cerimoniais, a maquiagem e os penteados tradicionais e colocar roupas mais à vontade, para comparecerem á festa, que se iniciou logo depois.
Kurumi finalmente librou as gêmeas, agora já limpas e perfumadas, a levou ao quarto delas e elas se trocaram, e as três foram para a festa.
Narumeshi e Minoko, depois de cerca de uma hora, estavam prontos e se encontraram no salão, e entraram na festa de mãos dadas, sendo recebidos com aplausos.Um velho e grande sonho tinha se realizado!
Havia comida de sobra, e bebida mais ainda, e a festa seguiu animada até o sol raiar!

No dia seguinte, estavam quase todos os integrantes da trupe com ressaca.
Ayako acordou Rei, que dormia com a cabeça no colo de Minoko.
-Mamãe, mamãe! Me leva para comer doces!
-Ahn...hã...que que foi...filha?Hu, o que você quer!
-Quero que me leve na loja de doces !
-Agora?Agora não dá! Mamãe está com sono ..uaaaaaah!
-Mas eu quero!Eu quero agora!Vem, mamãe!
E a menina-demônio pegou na mão da mãe, puando-a com força.Aqui irritou Rei, que reagiu sem pensar:
-Agora não! Já disse! Pára de me torrar a paci~encia, menina! Não é não, acabou !
-Ah, mas eu quero ! Eu quero!
E Ayako abriu o berreiro.Mas não era o choro de uma criança qualquer:parecia ter a potência d e um ruído de turbina de avião a jato acelerando, e os vidros tremeram, acordando a todos.
Minoko acordou assustada.
-O que foi, o que foi?
-Ah, mãe, e a Ayako, que está berrando que quer ir na loja comer doces, e eu já disse para ela que eu não quero ir, por que ainda estou com sono!
-Ah, tudo bem, eu vou com ela, então!
-Não!Vovó não serve! Eu quero a mamãe!
-Ah, Ayako-san, a mamãe não pode , ela quer dormir, eu vou com você!Eu não consigo me acostumar a ser chamada de vovó!Parece que estão me xingando!Ai, que dor de cabeça!
-Não!Naaaaão! Eu quero a mamãeeeeeeeeê!
-Cala esta boca, filha, será possível! Pombas !
-Calma, Rei-san, calma, ela é apenas uma criança!
-Não interessa, Tia Chitose! Eu não aguento esta manha!Eu não vou, não vou e não vou, e se você insistir mais uma vez, apanha!
Rei estava realmente nervosa!
-Mas eu queroooooo!Eu quero ! Eu quero ! Eu quero !
Agora Rei perdeu a paciência, e deu um tapa na cara de Ayako, que caiu sentada no chão.
A menina abriu o berreiro mais ainda, e de repente seus olhos vermelhos brilharam malévolamente.Uma aura vermelha surgiu em torno de Ayako.
-Xiii, agora você a deixou realmente furiosa !
Disse Fushiko, amedrontada.
-A senhora me bateu ! A senhora me bateu!
Gritou, com raiva, a menia demônio.
Ela levantou os braços e fechou as mãos, e a terra começou a tremer.O céu, antes azul, ficou negro e raios e trovões começaram a ribombar.Raios começarm a sair das mãos da menina.
Agora era Rei quem estava assustada!
Aika até perdeu a conta do tamanho daquele poder, que ela não conseguiu medir.
-Ai, não, ela vai matar todo mundo, e vai destruir  o prédio! Vamos correr!
A trupe inteira debandou para fora da Hospedaria, e a menina saiu de lá, desepejando seus raios a torto e direito, e todos tiveram de se deitar no chão para não serem atingidos.
-Ela está fora de controle! Precisamos pará-la, Minoko!
-Você tem razão,Namya! Aika,você que é a mais poderosa, faça uma redoma de energia em volta da gente o mais forte que puder!
-Eu quero comer doces com a mamãe! Eu quero ir comer doces com a mamãe! Mas a mamãe me bateu!Ela me bateu!
Aika fez a redoma, mas os raios eram tão poderosos que a barreira não iria aguentar muito mais tempo!
-Filha, acho que não tem outro jeito! Peça desculpas para ela e a leve nesta bendita loja, ou ela vai destruir a cidade inteira!
De fato, o ki de Ayako tinha aumentado tanto, que arrasou com a praça da cidade, e várias casas. e agora ela estava formando uma bola de energia monstruosa, com mais de cem metros de diãmentro.Era assustador!
-Eu não vou !
Disse Rei, orgulhosa.
-Ah, vai sim, filha, por favor ! Anda! Nem a Aika consegue vencer a sua filha, e voc~e é a única que pode fazê-la parar, ande , antes que a redoma estoure!
Disse Narumeshi, olhando para as rachaduras na redoma.
Rei, vendo a expressão demoníaca no rosto da filha, teve de ceder:
-Filha, desculpe por eu ter te batido.Mamãe ficou nervosa só isto! Eu te levo na loja de doces ! Quer ir agora?
-A senhora promete?Promete mesmo, bem prometido?
-Prometo.Prometo mesmo !Palavra de Samurai!
Ayako voltou ao normal.O céu voltou a ficar azul, e ela foi correndo para os braços de Rei, e ficou chorando nos braços dela.
No fim, todas as crianças da trupe foram na loja de doces, junto com Fuu, que se ofereceu para tomar conta delas, e se esbaldaram.

Desta vez Ayako foi detida.Mas até quando?
Agora que Narumeshi e Minoko estavam casados, conseguirão ter sua noite de núpcias?Como ficará a trupe agora que eles estão casados?
Respostas no próximo episódio, não percam !

(Por continuar)

Ginofobia !

Caros(as) amigos(as) e leitores(as):


Hoje velho lhes contar que iniciei um novo conto.Ele se chama Ginofobia!  e promete um grande potencial de desenvolvimento!
Ginofobia! conta a estória de Daiki, um rapaz de 19 anos, que a vida inteira foi humilhado e torturado pela mãe, que por sua vez tinha raiva dos homens por causa de uma separação traumatizante, em que o marido a traiu e fugiu de casa, desaparecendo para sempre, deixando claro no entanto que a deixava ppor que ela tinha ficado obesa.Ela passou a descontar sua raiva do marido e de todos os homens no garoto,o qual ela espancava e chicoteava sem dó nem piedade e o traumatizada com ladainhas humilhantes, que o deixavam ainda mais deprimido.
Para piorar, ao atingir a idade escolar, o rapaz teve de enfrentar ser ignorado por outros rapazes e ser alvo de chacotas e humilhações das garotas,e todas por quem se apaixonou o rejeitaram de forma traumática e humilhante.Assim, ele adquiriu um profundo pavor das mulheres e entrava em pânico 'a simples vista de uma mulher na rua!
Depois que sua mãe morreu,de problemas decorrentes da extrema obesidade,ele se viu sem renda, sem trabalho e tinha perdido quem o sustentava.Morrendo de fome, um dia atendeu a campainha.Era uma garota.Mas não uma garota comum, era Misato, dezesseis anos, que ansiava se tornar Psicóloga, e que ,diante da reação pãnica e anormal de Daiki ao vê-la, resolve adotar Daiki como seu paciente!
Ela , ao saber da situação precária dele, resolve levá-lo para sua casa para um tratamento psicológico intensivo, mas...ela só tem irmãs, e a mãe,e todas, com excessão da recatada e envergonhada Misato,tem mentes pervertidas...
Será que Daiki sobreviverá a este "inferno"?
Conseguirá Misato curá-lo de sua fobia? 
Será que Misato não corre o risco de se apaixonar por ele?
Se isto acontecer, corre ela o risco de o perdar para as irmãs?
Vocês saberão quando lerem, pois estou pensando sériamente em transformar este conto em uma minissérie!
Vamos ver, com o tempo eu aviso a vocês!
Abraços, 
Cristiano Camargo!

Série Especial:Autômato- Capítulo 5

 

 

Capítulo Cinco

 

 

 

Dois desconhecidos o rondavam, e o enlouquecia de duvidas; o problema e que não havia um Conhecido para ele se esconder destes dois mundos que procuravam chamar sua atenção. Como não ha Conhecido sem se descobrir e explorar o Desconhecido, a agonia do insolúvel permanente desta parábola torna-se insuportável. Auto partia de uma premissa paradoxal e enganosa, que sempre redundava ao problema inicial: fugir, sem ter achado a rota e o destino da fuga !
Enquanto isto o Criador vagava sem destino pelos corredores: estava profundamente entediado. Gostava de visitar suas criações, abrir as gavetas, vistoriar e dominar todos aqueles seres que as habitavam. Referia-se ‘a si próprio como Criador, mas jamais poderia ter a certeza, sem receio de ser desonesto consigo mesmo, de que ele realmente as tinha criado. Jamais, que se lembrasse, teve algum dialogo com alguém que não fosse sua própria pessoa, em toda a sua existência. Todos ali existiam - não viviam - era assim aquele lugar. Sem qualquer exceção, nem mesmo para a Criatura teoricamente mais privilegiada ali, o Criador. Que não criava! Nada !  Pelo menos não que ele se lembrasse...
Sua memória era curta, se existia. Ali todas as mentes, mesmo as mais questionavelmente superiores, eram nebulosas.
O Criador estacou. Colocou os braços para traz , pousou as mãos na nuca, e abriu uma tampa pouco acima da altura dela. Procurou algo lá dentro, para retirar, mas nada encontrou. Ele não via o que havia em sua mente, e não podia alcança - la. Havia, claro, alguma coisa lá dentro, mas não podia ser vista com os olhos nem sequer sentida com o tato. Alguma coisa que o perturbava que doía , secreta, proibida, insuportável . Ha muito ele vinha tentando acha - la e não conseguia. Ele fechou a tampa, e começou a correr em desabalada carreira pelos corredores, com as mãos na cabeça, alguma coisa que sentia, lhe deixava em agonia, uma crise, ele não sabia, ou sabia, como podia pensar ?
Tropeçou em Auto, caindo estrondosamente, causando-lhe pânico. O Criador estava ali estatelado, ‘a sua frente, a tampa aberta pelo impacto, a gigantesca criatura mais inconsciente do que já o era normalmente. A curiosidade : o que haveria lá dentro?

(Por continuar)