Capítulo 41: De volta ao Mar !
Já no solo da Floresta,Vanglorious acenou para o Povo Réptil da Floresta,que lhe acenava em peso.Assim ele partiu ,a pé,para o terceiro continente,as geleiras eternas de Northbore,ao sopé do Pólo Norte de Zukkor,onde se faz 65 graus abaixo de zero em pleno verão,com ventos açoitantes capazes de derrubar um ser humano normal no chão,dobrando assim a sensação de frio
a níveis extenuantes,total martírio.
Vanglorius tinha recusado a oferta de Coly de ir na nave da R.P.Z., apesar de ela ter insistido muito, e, ela acabou desisitindo de levá-lo para lá.O Herói gostava, e queria, fazer tudo do modo mais difícil, cansativo, demorado,e sofrido,pois acreditava ser esta a obrigação de um herói.
.Mas por enquanto Vanglorius ainda estava no calor furioso da selva,jogando-se de cipó em cipó,e viajando pelas galhadas das árvores.
Mas e quanto a Temitrior?
Este,para variar,conseguiu chegar a Base somente quando ela já estava em poder da R.P.Z ,e lá foi prêso novamente.E o Governador continuava foragido,e sendo procurado.
Foram semanas a fio percorrendo,dia e noite a floresta, alimentando-se de animais que caçava, e bebendo das águas dos rios que cortavam a floresta.
Agora faltava pouco,e podia-se sentir desde já a suave brisa marinha.A vegetação começou gradativamente a baixar de tamanho,e Vanglorious já corria pelo solo,quando um obstáculo imenso se interpos entre ele e o mar:um Megassauro,um parente bem próximo dos antigos dinossauros terrestres,mas bem maior:setenta metros de comprimento por quarenta de altura máxima,e trezentas toneladas de peso.Um herbívoro tranquilo ,que pastava as folhas das árvores de mesma altura,sem sequer perceber sua presença.
Embora dócil,podia ser perigoso,pois grandes dinossaurianos como aqueles não costumavam olhar para baixo ou mesmo reparar no que estavam pisando.
Vanglorius tentou contorná-lo,mas ele deu alguns passos e fechou seu caminho de novo.Passar por entre suas quatro patas podia não ser boa idéia,pois o risco de ser pisado era grande.O herói escalou uma árvore próxima,e soltou um assobio agudo.
O gigantesco réptil estacou,e seu comprido pescoço levou sua cabeça de dois metros e meio de comprimento para perto daquela criaturinha minúscula que lhe chamava a atenção.
Seus olhinhos miúdos fitaram o herói com curiosidade.
Vanglorius arrancou um galho inteiro da árvore,com generosa provisão de folhas,e ofereceu ao Megassauro,que as arrancava do galho com avidez,e as engolia sem mastigar.Deixou-se agradar tranquilamente,e depois se afastou,fazendo tremer todo o solo a sua volta.
Com o caminho livre,nosso herói chegou ao litoral norte do Segundo Continente,lembrando-se sempre que ele lá havia chegado pelo litoral sul.Tinha portanto atravessado todo um continente.Durante toda a travessia,ele havia guardado as provisões,alguns pequenos animais que caçara, para comer depois.Passou dias a fio no litoral construindo novo barco,e quando terminou,o colocou na água,embarcou e avançou para o alto mar.Levava consigo bom estoque de pequenos animais, água, e frutas.Os dias foram se passando,e o clima mudando,ficando cada vez mais frio.O Perigo agora não era mais as tempestades,mas as geleiras e icebergs dos quais estava se aproximando.Seguia o rumo dos grandes Baleáceos,mamíferos marinhos semelhantes ás baleias negras terrestres,das quais se diferenciavam por ter dois pares de nadadeiras ventrais,não um,e por terem a nadadeira dorsal colocada mais a frente e muito maior,e por terem ainda as narinas no focinho,não acima da cabeça.Sem falar no dobro do peso e do comprimento de uma baleia azul terrestre.Por fim eram todas de uma cor violácea,que variava do roxo quase negro,ao violeta púrpura.
(Por continuar)
