Foto ilustrativa

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Presente de aniversário!

Olá, bom dia a todos(as)!
Hoje este blog faz aniversário!
Foi um ano de muitas novelas, minisséries, notícias, acontecimentos,Séries Especiais...junto comigo vocês compartilharam momentos especiais!
Foram mais de 520 postagens, quase 2700 visitas em um ano, 23 seguidores(as) -Muito obrigado!,e espero contar com vocês por muitos anos, em que espero entretê-los ainda melhor!
Quero agradecer 'a todos(as) que me assistiram aqui atéagora e que estão seguindo o meu blog, convidando-os(as) a mais um ano vibrante e emocionante com as muitas novidades que ainda irão pintar por aqui!
Mas, no aniversário do meu blog quem ganha é vocês, então aí vem um conto especial de aniversário do blog, com vocês:

Tudo  é impossível até que tenha sido tentado!


" E eis que  toda a luz
Súbitamente
Se fez,
No dia em que despertei,
Para nunca mais querer acordar!"

.São muitas as memórias desde aquele dia memorável em que meu filho nasceu...
Minha mulher,com contrações e dores muito antes do tempo previsto,já estava na  sala de cirurgia, e eu estava,ah,sim, eu estava tão nervoso, agitado, eram tantos planos, preocupações,inseguranças...
Quando finalmente fui chamado e entrei naquele quarto eu nem pensei em quanto eu tinha imaginado meu filho cheiinho, saudável,forte,grande...
Mas o que fui encontrar não era nada do que eu imaginara, minha esposa estava sozinha e chorava.
Imediatamente uma onda gélida percorreu minha espinha-dúvida perversa-será que eu tinha perdido meu filho?
O médico logo entrou enquanto eu segurava as mãos de minha mulher,preparando-me para o pior como podia,e ele disse:
-Senhor Aston ,antes que me pergunte, sim, seu filho está vivo!Ele nasceu de sete meses e meio,prematuro, portanto, muito pequeno, fraco,e espera pelo senhor e sua senhora na incubadeira.Ele terá de ficar lá por algumas semanas até que ganhe peso suficiente e imunidade.
Naquela madrugada, só os Céus sabem o que me passou pela cabeça e pelo coração!Meu suspiro de alívio foi entrecortado sofridamente por um fio navalhino de uma pequena decepção,ao me lembrar de meus sonhos,mas a alegria de saber que ele vivia,superava isto em muito.Ao mesmo uma preocupação e uma ansiedade intensa me agitavam por dentro quando a ficha caiu-meu filho lutava para viver!
Naquela madrugada mágica beijei minha esposa e só consegui dizer:
-Querida, vai dar tudo certo,você vai ver !
Indescritível foi o momento em que o vi na incubadora,agitando bracinhos e perninhas, tão pequeno e delicado, mas ao mesmo tempo,o olhar dele para mim me passou uma mensagem que tocou o coração: uma sensação de fortaleza, garra, gana,de uma intensa e imensa força de vontade, vontade de viver,uma obstinação pela vida , que  me emocionou!
É como se aqueles olhinhos tão pequenos me dissessem:-Eu vou viver !
O tempo passou e ele se chamava Caius.
Quando já faltava pouco para ele deixar a incubadeira,ele ficou seriamente doente,quase enlouquecendo os médicos,numa madrugada crítica em que o tempo todo fiquei tão perto dele quanto podia,e não dormi,mas quando o dia seguinte nasceu, ele estava vivo e misteriosamente recuperado, deixando todos atônitos.Mas este tempo todo seus olhos nunca  se fecharam e aquele olhar era sempre o mesmo, por pior que ele estivesse, ele parecia querer me despreocupar,e nunca perdi as esperanças nele.
Novamente a roda do tempo gira e ele foi crescendo e engordando aos pouquinhos.Quando ele tinha dois anos seu olhar era distante e perdido e parecia não sustentar os olhares das pessoas.Mas finalmente eu e minha esposa percebemos que ele não falava e ainda engatinhava, e começamos a procurar especialistas, numa romaria sem fim.
Muitos exames foram feitos em Caius, e todos me diziam  que ele tinha um sério atraso mental e neuromotor.
Ele seguia sua vidinha para o terceiro ano de vida isolado, e só brincava consigo mesmo, e eu sonhava com o dia em que Caius me chamaria de "Papai" pela primeira vez.Desesperadamente eu tentava ensiná-lo a falar, mesmo depois que minha esposa perdeu a paciência e desistiu,completamente frustrada,se lamentando que só ela tinha um filho assim e colocando a culpa em mim.
Mas eu continuava insistindo e o tempo passava.
Eu tentava brincar com ele, e ele se irritava,e só aos quatro anos conseguiu finalmente caminhar, ainda que arrastando os pés.Lembro-me de ter ficado tão feliz com aquela conquista dele, e tinha sido quando menos se esperava,e rápidamente ele adquiriu um maior controle no andar.
Seus sucessos, depois de anos de fisioterapia e treinos insistentes meus com ele em casa acabaram frutificando finalmente.
Um dia também ele falou, e quando começou, não parou mais.Porém, a tão esperada palavra "Papai" não saía da boca dele.
Foi nesta época que nasceu Rudolph,o filho do meio, e nasceu forte e grande, e dividir a atenção para com os dois nunca foi fácil.Mas Caius pouco interagia com Rudolph, depois que este cresceu.
E finalmente, meu primogênito chegou aos nove anos.E é exatamente aqui que realmente começa nossa história.
Caius era um garoto fechado em si mesmo, e parecia passar dia e noite sonhando encerrado num mundo de fantasia,e se agitava muito quando alguém tentava chamar a atenção dele.
Novamente recorremos , eu e Jennie ,minha esposa, aos terapeutas, psicólogos e psiquiatras desta vez, e um após o outro o diagnóstico era o mesmo :algum tipo de autismo.Eles recomendavam milhões de terapias ,remédios e quando eu perguntava se ele ia poder ser um dia um homem  sociável e produtivo, eles ,com olhar condenscendente, diziam que era para desistir, ele seria sempre daquele jeito e o atraso mental era permanente.
Mas assim como meu filho mostrou para mim em seu olhar que não era para perder as esperanças e lutar com ele,eu também nunca desisti dele.
Eu tentava com todo o empenho e esforço alcançá-lo e entrar em contato com ele, e quando ele começou a ficar nervoso, agitado, constantemente mal humorado, eu percebi que ele sofria, e com ele eu sofria também, especialmente por ter doloridamente que encarar minha impotência diante dele, que continuava absorto em si mesmo,e  eu o sentia cada vez mais distante de mim e chorava...
Mas aquele olhar perdido parecia ter a mesma expressão de quando ele nasceu e me dava forças para continuar por ele, mesmo todos à volta tentando me dizendo para esquecer, deixar para lá, que o caso era perdido,quando um amigo meu , que era médico, me disse:
-Esqueça, é impossível!
Eu respondi:
-Tudo é impossível até que tenha sido tentado!
E continuei tentando e insistindo dolorosamente no que parecia ser um mar de espinhos e dores de não conseguir me aproximar de meu filho.
No entanto Caius, do jeito dele, parecia tão feliz!
Mas não para sempre: um dia ele começou a bater em si mesmo, berrar e espernear sem parar, e fiquei desesperado, e tentava acalmá-lo sem sucesso.
Foi quando diante dele, ajoelhado, coloquei as mãos no rosto de comecei a chorar.Procurava dentro de mim desesperadamente uma maneira de ajudar aquele menino, o meu menino querido, que tanto significava para mim, estava diante de mim sofrendo e eu nada podia fazer, e precisava de uma esperança, por menor que fosse!
Minhas lágrimas corriam para fora das mãos por entre os dedos, quando senti uma mão acariciar meus cabelos...era Caius, e o sorriso que ele deu para mim, aquele olhar também,eu nunca, nunca mais vou esquecer!
Eu o abracei com força, e um lágrima caiu de um dos olhos dele, e outra.
Naquela noite inesquecível, em que um milagre parecia ter acontecido minhas forças e esperanças se renovaram e no dia seguinte continuei tentando, mas para meu desespêro, ele parecia ter regredido novamente,o que me levou a engolir em sêco e me perguntar se tinham sido apenas falsas esperanças.
Numa certa noite, porém,eu o observava, atento a todos os detalhes,quando ele finalmente adormeceu no cantinho da sala que ele gostava.
Eu o abracei por trás e fiquei pensando  no que será que ele imaginava, qual seria seu mundo, e fui lembrando do meu passado com ele.
Ele se virou para mim e começou a se arrastar no chão como se fizesse um círculo.Depois encostei minha cabeça na dele e ficamos parecendo os ponteiros de um relógio vivo.Começamos a brincar de relógio, e nos arrastávamos como se eu fosse o ponteiro das horas e ele o dos minutos.
Ficamos assim por horas até ele cair no sono.
Ele dormiu com as mãos segurando meu rosto,e então comecei a sonhar -ou teria sido real?
Tudo ali era nebuloso, e vi Caius ao longe, em pé, com as mãos nos bolsos das calças.Uma forte e brilhante luz se viu ao longe  e ele correu para lá, e eu corri atrás dele.
Repentinamente, ele estacou, bem na entrada.Dali por diante parecia existiu algo parecido com um céu , sem um chão, e nada parecia fazer sentido.Ele deu a mão dele para mim, sem nada dizer, e fez um gesto com a cabeça querendo dizer que iria saltar e que era para eu fazer a mesma coisa.O olhar dele era extremamente confiante, então, com ele saltei naquele desconhecido.Quando dei por mim nós flutuávamos e ele abriu os braços e começou a voar!
Foi quando tudo começou a fazer sentido, e um mundo maravilhoso se descortinou diante de mim:pterossauros voavam pelos ares, um lindo sol nascente se erguia, as nuvens eram coloridas e lá embaixo milhares de dinossauros passeavam,num prazer de viver inenarrável!
Todos os que viviam ali tinham um olhar de obstinação e esperança, o mesmo de Caius, e na verdade eu reconhecia um pouco de Caius em cada um deles!
Foi quando me emocionei:a ficha tinha caído-eu estava no mundo dele, aquele mundo interior onde ele vivia.Passamos para outra dimensão, onde as naves espaciais dos filmes de ficção científica que ele adora passavam por nós majestosas, até ver a toda gloriosa Terra lá em baixo, e chegarmos a um imenso país desconhecido,cheio de gente, e os carros, ah, os carros eram exatamente aqueles que ele tanto desenhava, assim como os aviões,que eu admirava -tinham uma beleza que eu nunca vira no papel,ao vivo era algo de extraordinário!
Olhei para o céu e as palavras das estórias que ele escrevia flutuavam no ar como  se fossem nuvens, e agora elas faziam mais sentido do que nunca, agora eu entendi os maravilhosos sentimentos por detrás delas!
Eu estava maravilhado e quando o vi, ele estava de costas para mim, de pé, flutuando entre as nuvens e os textos voavam,os desenhos também, como os personagens, e Caius tinha uma batuta na mão , e parecia mesmo um maestro, quando as orquestras flutuante começaram a tocar as músicas que ele gostava,e ele ia orquestrando tudo a volta naquele mundo imenso e era de uma tal harmonia, que fiquei imensamente encantado.Eu tinha orgulho do mundo do meu filho, meu filho, foi capaz de construir tudo aquilo,e eu tive de encarar o fato de que realmente eu absolutamente não conhecia quem era meu filho, e ali estava sua essência, toda aquela beleza harmônica, uma grande alegria de viver, que preencheu meu coração!
Repentinamente, o céu escureceu, nuvens de tempestade se formaram e imensos raios iluminaram o firmamento,e deles pude sentir a sensação que emanava:sofrimento!
Flutuando pelo ar uma horda de esqueletos de animais pré-históricos e modernos avançava como um exército, liderado por um homem de meia idade, de jaleco, óculos e bigode,que tinha uma cinta na mão, e cada vez que a brandia, ouvia-se o tenebroso soar de um trovão.
Caius tinha uma espada na mão e tentava lutar sozinho contra  aquele exército,mas estava tendo dificuldades e se machucava.
Eu não podia ficar parado e  só olhando.Desejei ter uma espada na mão,e ela apareceu, e me juntei ao Caius no embate da batalha, que foi árdua, mas finalmente conseguimos vencer.Agora só o Homem de jaleco restava, e Caius apontou para ele e me disse:
-É o Doutor Realidade !Preciso derrotá-lo!
Quando olhei para aquele homem alto, robusto , ele parecia ter , à princípio,um olhar severo, intempestivo, de alguém extremamente instável e imprevisível.Mas um segundo olhar mais atento me fez cair a ficha, que eu até então não tinha percebido:aquele  homem era eu, e quando ele olhou para mim , ele se tornou transparente, e eu e ele nos tornamos um só, e só então percebi que estávamos só eu e o Caius  agora naquele mundo,e eu estava na posição do céu que o Doutor Realidade até então ocupava.
Olhei para a minha mão direita e minha espada tinha se transformado numa cinta.Horrorizado, deixei ela cair,e lágrimas caíram de meus olhos quando pensei comigo mesmo:
-Então o meu filho me vê assim...
Pela primeira vez em tanto tempo naquele mundo, Doutor Realidade chorou,e ao ver a cara de espanto de Caius,pela primeira vez ele sorriu.
-Filho, não precisa derrotar o Doutor Realidade.A máscara já caiu.Você venceu.E eu venci também.Agora, e doravante, não serei  nunca mais o Doutor Realidade, serei apenas...seu pai!
Abri meus braços, com os olhos rasos ao perceber que também Caius os tinha!
Ah, por quanto tempo na vida dele ele esperou por isto!Um velho sonho se realizava  e ele também abriu os braços e me disse pela primeira vez, não apenas naquela vez, não apenas  naquele mundo, mas na realidade também,o que por tanto tempo eu sonhara ouvir, e na verdade até mais:
-Papai! Eu te amo !
Corri a abraçar-lhe eternecido, e um arco íris apareceu naquele céu, letras, aviões, carros, astronaves, dinossauros, lobos e raposas tudo voava dançando em volta de nós irradiando uma alegria exultante !
O dia nascia belíssimo e adquiria uma cor nova e belíssima, muito mais alegre, eu podia sentir, tudo aquilo era o coração de meu filho, felicidade!
Então acordamos juntos, ele ainda me abraçando.
Desde aquela noite maravilhosa, passamos a ser grandes companheiros, e o progresso dele em todas as áreas foi célere,orgulhosamente superando limites e barreiras , para minha intensa alegria!
Um dia, quando ele já era adulto e eu já coçava meus cabelos brancos,o observava escrevendo no computador,e me lembrei ternamente do dia em que ele me olhou na incubadeira e me deu aquele olhar, e pude me sentir realizado enfim, tinha valido a pena confiar nele ,sofrer por ele, lutar com ele e nunca ter perdido a esperança!

                                               FIM

Cristiano Camargo 

Sessão Aventura: Observadores de Dinossauros ! -Capítulo 5



 Família de Camarassauros

Capítulo 5



Minutos depois:
-Did, Pierce! E uma família de Nanotyranus! Vem vindo para cá e vão chegar logo! Vamos dar o fora daqui e procurar um lugar seguro para dormir!
Todos correram para longe dali, e encontraram uma árvore especialmente alta e robusta. Com sua copa principal a quinze metros de altura, estariam seguros ali. Ou assim eles pensavam que estariam.
Neste meio tempo, os Nanotyranus, que normalmente caçavam, não resistiram a tentação da carne fresca  dos Spinossauros mortos.
-Estou vendo daqui! Ainda bem que eu trouxe binóculos! Mas que faro tem estes Nanotyranus! .Uh, oh !Mas noticias! Eles sentiram nosso cheiro!
Quem deixou rastro?
-Eu, Crys. Desculpe.
-Ah, você deixou pingar sangue em sua camisa! Did, agora sim estamos encrencados, sabia? Eles estão vindo em nossa direção, e seremos comida de Nanotyranus graças a você, sabia? E você ainda quer que eu te perdoe?
-Calma, Crys. Não seja cruel com o Did. Que eu saiba eles não conseguem escalar árvores, e estamos fora do alcance deles.
-Ah, sim, Pierce? Acontece que  você esquece que eles podem montar guarda lá em baixo, e uma hora teremos de descer, a não ser que morramos de fome e sede passando o resto de nossas vidas aqui! Sem falar que eles estão chegando!
-Calma, Crys. Olhe para o outro lado. Um bando de Camptossauros  está passando agora, aqui perto. Talvez eles sintam o cheiro deles e os sigam.
-Não sei. Talvez. Tomara que você esteja certo. Mas não se esqueça de que eles são muito inteligentes!
Neste meio tempo, Rick já tinha contado seus planos à Marina e Valéria, e já começavam a colocar o plano em ação:
Rick acompanhou o bando de Hipslophodontes por trás, enquanto as outras duas tentavam dar a volta em volta do bando e cercá-los em outros dois pontos, cobrindo outros dois lados.
Todos silenciosos, e contra o vento , para tentar não chamar a atenção deles.
De posse de seu canivete, já bem próximo dos pequenos ornitópodes, Rick deu o sinal para atacar.
Súbitamente, o bando estacou. Os dinossaurinhos agitavam suas cabeças ,nervosos, para um lado e para o outro.
Marina achou que tivesse sido detectada, mas Rick, com toda a sua experiência, desconfiava da verdade: eles não eram os únicos predadores na área. Mas não via sinal de quem fosse.
Repentinamente, o bando explodiu em uma correria tonta, cada um para um lado. Um dos Hypslophodontes veio na direção de Rick, que aproveitou para saltar as costas do dinossaurinho de canivete em punho.
O pequeno ornitópode, em puro pânico, escoiceou e jogou o paleontólogo ao chão, que ,ao se levantar, ainda com o canivete pingando sangue na mão, sussurou:
-Oh, Meu Deus!
Lá estava ele. Um belo e feroz Ceratossauro, com seu chifre típico, bem na sua frente, já com o dinossaurinho na boca.
Pior: não era apenas um, mas eram pelo menos meia dúzia de Ceratossauros!
As mandíbulas poderosas se fecharam: o corpo do Hypslophodon partiu-se em dois, caindo ao chão, pingando baba e sangue, um rugido nervoso e estarrecedor se ouviu.
-Oh, Meu Deus, ele quer é a mim!
Outro Ceratossauro apareceu, atrás de Rick, e seu canivete.
-Uh, oh! Estou frito! Gulp!
Disse Rick, vendo um predador de cada lado, prontos a devorá-lo.
-Hei! Vocês dois ai!! Aqui, venham aqui!
Era Valéria, sacudindo uma perna de hypslophodonte no ar.
As mandíbulas se abriram. Pernas velozes e agilíssimas saltaram direto atrás da menina, que saiu correndo, largando a perna no chão e subindo na primeira árvore que encontrou.
-Val! Não faça isso! Eles vão te pegar!
Gritou Rick, no meio dos hypslophodontes, correndo desvairados.
Um rugido se ouviu, de uma profundidade assombrosa, talvez o grito mais assustador que alguém poderia ouvir. Não eram os Ceratossauros. Não desta vez.
Ao ouvir, eles inclusive fugiram ágilmente numa pressa impressionante.
-Meu Deus, o que poderá ser isto? Os hypslophodontes desapareceram! E a Marina, onde estará ela?
Rick estava preocupadíssimo. Correu para a árvore onde estava Valéria e se encontrou com a menina.
-Fique bem quieta, Val. Deve ter outro carnossauro aqui perto, e este deve ser muito maior!
-Um T-Rex?
-Esta é uma boa dica. Mas conheço o rugido dele, não parece que o seja! Parece ser um Allosaurídeo...
O dono do rugido apareceu no meio dos corpos dos pequenos ornitópodes mortos pelos Ceratossauros.
O queixo de Rick caiu.
-Mas... mas é um Gigatonosauro! E dos maiores, senão o maior que já vi!
Imponente em seus quase quinze metros de comprimento por oito de altura, um dos maiores dinossauros carnívoros que já existiram, rugiu outra vez. Ele simplesmente transformava o T-Rex em um anão!
Ele pinçou alguns ornitopódes no chão, engolindo-os inteiros. Cheirou o ar. E continuou caminhando, felizmente em outra direção que não a de Rick, desaparecendo na floresta.
Os dois observadores suspiraram de alívio.
Desceram da árvore, foram a um dos hypslophodontes mortos. Marina apareceu correndo.
-Eu já tinha visto os Ceratossauros, então subi em uma árvore. Só agora deu para encontrá-los.
-Eu estava preocupado! Estes ornitopódezinhos são muito pouco para o Gigatonossauro. Ele deve ter cheirado alguma presa grande, bem grande.
-Nossa, ele é assustador! Pensei que ele fosse atrás de nós! E a árvore em que estávamos era mais baixa que ele!
-Hum, Estaríamos perdidos.O Gigatonossauro é sem dúvidas um animal magnífico, só perde em tamanho para o Spinossauro, mas acho que ele é mais poderoso, as mandíbulas do Spinossauro, apesar de compridas,são meio fracas para o tamanho dele! Agora, me ajudem a descarnar este hypslofodonte. Peguem aqueles dentes de Ceratossauro ali, e me ajudem, ok? Vamos logo, pois tanta carne fresca certamente vai atrair a atenção de outros predadores!
Comeram o quanto mais rápido puderam, e trataram de dar o fora dali, prosseguindo em frente.
Os dois grupos não sabiam, no entanto, que estavam bem próximos um do outro, caminhando em direções paralelas, mas o grupo de Rick estava mais adiantado. Azar do grupo de Crys, porque era justamente na direção deles  que o Gigatonossauro estava indo!
Crys ,enquanto isto via os Nanotyranus chegando para cheirar o rastro de sangue que seus colegas tinha deixado para trás. Estavam já bem perto, e ouviu-se já próximo, o Gigatonossauro urrando. Também os Nanotyranus perceberam. Repentinamente o gigantesco predador  irrompeu em meio aos Nanotyranus, bem na hora em que um deles, que fora a frente do grupo, voltava com uma cabeça de Camptossauro na boca.
Crys, Didier e Pierce ficaram abismados: o predador era maior que a árvore deles!
-Olhe o tamanho daquela coisa, Crys! 
- Pare de ficar sussurrando, Did, ele pode nos escutar! E se você não tirar esta mão debaixo do meu traseiro, eu te jogo para ele, entendeu?
-Oops, desculpe!
-E aquela coisa é um Gigatonossauro?
-Sim, é,Crys!O que faremos?
-Esperar,Pierce. Com certeza vai sair briga!
De fato, os Nanotyranus eram valentes. Embora muito menores, eles cercaram o gigante para um duelo de morte.


(Por continuar)