Foto ilustrativa

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domingo, 21 de agosto de 2011

Sessão Aventura: Vanglorius Volume 2- Capítulo 42




Capítulo 42: A caminho de Northbore!







Vanglorius sabia que eles iam procriar nas costas do terceiro continente,e era para lá que ia.Foi então que viu um cardume de Selácidos(peixes cartilaginosos parecidos com tubarões,de grandes dimensões,mas com a cabeça parecida com a das arraias,inclusive com as nadadeiras peitorais fundidas à cabeça,de grande ferocidade),atacar o bando de surprsa ,em puro desespero.O mar ali não era muito fundo,e ele jogou a sua âncora improvisada ao fundo,e saltou do barco.Nadando rápido,atingiu com sua espada um dos selácidos no fígado,promovendo uma nuvem de sangue.A fêmea que ia ser atacada pelo peixe,pôde escapar.Outros selácidos ,de nove a doze metros de comprimento cada um,atacaram o moribundo,o que possibilitou o bando de fugir.Voltou então ao barco e prosseguiu viagem,quando um selácido ainda maior atacou seu barco,virando-o.Sua bocarra continha dentes tão grandes quanto sua espada(um metro),e vinha em alta velocidade.Vanglorius,mergulhado na água,desviou-se do bote,do segundo,e do terceiro,e corajosamente foi em direção do seu enorme opositor na quarta vez,rasgando-lhe o focinho,e fazendo-lhe um profundo ferimento no alto da cabeça.Pôs a lâmina para regirar,e atacou outra vez,arrancando-lhe uma nadadeira inteira(abdominal),e a luta se encarniçou ainda mais,deixando a fera cheia de ferimentos brutais,graças à grande agilidade de Vanglorius.Mas ele tinha de respirar,e subiu à superfície para adquirir novo fôlego.Mas o selácido ainda estava vivo, e o  atacou de repente,pelas costas,com a rapidez de um raio.

Mas suas enormes mandíbulas chegaram a apenas um centímetro das costas do Herói.

Um baleáceo pouco maior que ele o inteceptou,salvando a vida de Vanglorious no último instante.Logo o predador estava cercado pelo bando,que usando suas cabeçorras como martelos,prensaram-no até matá-lo.

Sim,os baleáceos não tinham-se esquecido de que Vanglorius tinha lhes salvo a vida,e agradeceram salvando-o também.Vanglorius montou em cima de um deles,e com ele chegou até perto da costa,para onde nadou.Havia chegado ao Terceiro Continente,bem no centro de sua costa,à apenas uma semana de viagem a Northbore.

Justamente por ser verão,o mar não estava congelado,mas ainda assim,o frio era extremamente intenso.Após uma curta faixa pedregosa,o que se via agora era neve,funda e fofa,e Vanglorious pôde notar o quanto sua vestimenta era inadequada ao frio.Sua longa capa servia-lhe de "cobertor",mas suas sandálias estilo legionário romano terráqeo,ótimas no calor dos desertos,eram absolutamente inúteis na neve,pois com tantas aberturas,enregelavam seus pés.

O vento gélido e açoitante não o ajudava em nada,mas o controle mental que ele tinha para ignorar a dor e outras sensações,sim.Mas claro que isto tinha limites,e seus pés começaram a ficar azulados,e estavam se congelando.A sua capa podia isolá-lo do frio até digamos,uns cinco graus celsius acima de zero,mas uma temperatura negativa de sessenta e cinco graus?Era para matar qualquer ser humano normal!

Depois de dois dias quase congelado,andando em ritmo bem menos acelerado do que o planejado,Vanglorius decidiu-se:precisava matar um animal peludo para usar sua pele para se proteger,ou sua jornada estaria inviabilizada,pois ele estaria no mundo dos mortos,em pouco tempo.E não era só o frio,mas a fome que lhe agoniava célere.Estava gastando muito mais energia que o normal para sustentar sua temperatura constante,algo que ele já tinha dificuldade para manter.Tinha de pensar,e rápido.

Lembrou-se de todas as informações que aprendera sobre o terceiro continente,e lembrou-se,em meio a nevasca devastadora que enfrentava com galhardia,que existia lá um animal que podia salvá-lo:um mamífero local,gigantesco,herbívoro e conhecido pelo seu mau humor permanente:o Boucefante.Lembrava,em termos gerais,um bisão terrestre,mas possuía longos chifres cervídeos,quatro,no alto e laterais da cabeça,outro  na outra extremidade desta,e uma curta tromba.Mas sua cabeça era longa,e seus caninos inferiores sobressaíam-se salientes no final da maxila,contrastando com os longos incisivos inferiores centrais achatados em forma de pá.Viviam em pequenos bandos errando pelas planícies,e conseguiam desnterrar qualquer vegetação debaixo da neve mais espêssa.Com seus sete metros de altura nos ombros(a cabeça ficava bem mais baixa que os ombros),as pernas dianteiras bem maiores que as trazeiras,sua pelagem de mais de meio metro de espessura,e suas oito toneladas de peso,eram animais formidáveis.

Vanglorius decidiu atraí-los e sacou a espada,e apertou o gatilho.O lazer derreteu a neve,e deixou um rastro forte de vegetação queimada,com um cheiro marcante e atraente.Ele sabia que o faro dos Boucefantes era espetacularmente eficiente,e que sentiriam este aroma de muito longe.Vanglorious sentou-se na vegetação queimada,ainda quente,e esperou.

Não demorou muito,e um deles já estava chegando.

Vanglorious levantou-se.O boucefante não gostou nada de ter um intruso entre ele e sua comida,logo,bufando e rugindo,apontou seus cinco chifres e atacou.

Já descansado e um pouco mais aquecido,Vanglorious,desviou-se do bote,saltou,usou os chifres como trampolim,e ainda segurando-se nestes,colocou-se `a frente de seu adversário,tentando pará-lo.

Mas mesmo sua força prodigiosa era pequena diante de oito toneladas musculares em todo o seu vigor.A tromba do Boucefante o agarrou e o arremessou longe.Mas Vanglorius não desistiu.Levantou-se,e correu em direção ao feroz inimigo,sacou sua espada e ao se chocar com o Boucefante,enterrou sua espada em seu crânio,bem entre os olhos,mas um dos chifres atingiu de raspão suas costas,abrindo generoso vergão.

O Boucefante desabou no solo na hora,e pedaços de massa encefálica saíam pela boca e pelas orelhas.Vanglorius usou sua espada para arrancar a pele da carne,bebeu o sangue quente enquanto o esquartejava,e comeu tanta carne quanto aguentou,retalhou a pele,utilizando os nervos como costura,aos quais atou uma lasca de osso,e fabricou espessas "botas",que reaqueceram seus pés.Providenciou uma quentíssima manta e luvas de pele,sequer se incomodando com a gordura e sangue que estas rústicas vestimentas excretavam abundantemente.Fabricou ainda uma sacola enorme,onde depositou generosas porções de carne.Satisfeito ,aquecido e alimentado,pôde recuperar o tempo perdido,avistando o Monte Bore,onde ficava a cidade de Northbore depois de seis dias de caminhada.Eram altas horas da madrugada,quando os habitantes daquela tão controvertida cidade se espantaram com aquela estranha figura que adentrara a cidade.Muito alto,peludo,cheirando muito mal,deixando uma trilha de sangue e gordura atrás de si.Vanglorius aproveitou o cochilo dos guardas nos portões,e entrou.Foi direto à taverna central.

Lá,seres de todo tipo,e de todas as cidades do planeta,e de outros planetas inclusive,se reuniam para jogar,se embebedar,e se aproveitar de prostitutas.O tráfico de drogas pesadas ali imperava,um ou outro brigava,e a corrupção e a desordem dominavam aquele ambiente sujo,escuro,perigoso.Quando o Herói entrou na taverna,ninguém o reconheceu.A manta o encobria todo,até seu rosto.Mas sua figura chamou a atenção,pois bateu a porta com força,fazendo alarde,e a quebrando,inclusive.

Um troglon bem forte o abordou:

-O que há forasteiro?Mas como cheira mal!Parece um monge Troygos,do nosso vizinho planeta Upton!

-Vim para colocar ordem nesta cidade!

-Ei,amigos,este Troygos pensa que é o tal valentão Vanglorius!Ele está sendo esperado,mas você acaba de se dar mal!.O troglon ensaiou um soco,mas uma mão forte o deteve com firmeza,e quebrou cada osso da mão troglon.

O Manto caiu.

-Eu sou Vanglorius!Se alguém tem dúvida,eis a Espada Sagrada de Zukkor!

Ouviu-se um Uníssono:-Ooooooh!

E o Troglon gania de dor!



(Por continuar)