Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Espelho da Verdade- Episódio 96

 Como ontem não pude,por motivos de ordem pessoal, colocar o episódio do dia no ar, hoje coloquei dois, o episódio 95 e agora o 96.Peço a vocês que por favor leiam o episódio 95, que está abaixo deste, primeiro, antes de ler o 96.Obrigado,Cristiano Camargo

Episódio 96


As garotas se sentaram na mesa da taverna.
-Kin, você viu a destreza da Rei ao matar aquele bandido?
-Ah, Fushiko, eu teria feito a mesma coisa, se não tivesse feito melhor!
-Ah, melhor eu duvido, Kin! Eu já te venci em duelo, você não é páreo para mim!
-Ah, é, é?Quer apostar?
-Ei, ei, vamos parar por aí, Kin ! E você também, Rei-chan! Vocês não vão querer matar um inocente só para colocar à prova quem mata mais, melhor ou mais rápido, não é?
-Claro que não,Namya! Mas pensei em eu e ela fazermos um torneiozinho qualquer. Poderíamos fazer vários bonecos de trança de bambu e testarmos quem consegue fazer melhor!
-Bom, aí tudo bem,Kin, é uma boa idéia!O que acha, Rei-chan?
-Eu preferia uma pessoa de verdade, ela mesma, mas tudo bem!
-Ei, ei, vamos parar, não provoque a Kin, Rei-chan, por favor, não quero confusão aqui, entendeu?
-Tudo bem, Kareni, ela não conseguiria me matar mesmo, a Rei é que estaria morta!
-Eu te mato agora, sua bandida!Quer?
-Rei-chan, pelo amor dos Deuses, pára!Será possível, vocês duas ?Não vão se dar bem nunca !
A servente chegou na mesa.
-O que gostariam de beber?
-Ah, para os adultos, sakhê, para as crianças, refrescos !
Respondeu Namya.
-Tudo bem, e vão querer comer alguma coisa?Hoje os tempurás estão maravilhosos!
-Certo, tempurás, então.As porções são bem servidas?
-Sim,cada porção dá para quatro pessoas!
-Pode trazer três então!
-Muito bom ! Já irei trazer !
Dali há pouco estavam serdo servidas e tanto a comida como a bebida eram deliciosas.A atmosfera era de paz e tranquilidade, até que entrou um oficial do Exército Imperial, com quatro soldados.
Mira os observou e cutucou Namya quando viu o Oficial pegando o dono da Taverna pelo colarinho e berrando com ele:
-Como não tem licença?Não tem vergonha de não ter licença para trabalhar, seu idiota?Nós vamos fechar esta espelunca agora!
-Mas, senhor, a burocracia é muito grande  e demorada, os documentos ainda não chegaram de Edo !
-Seu imbecil! Você ainda está na Era passada?Agora não é mais Edo, a cidade capital do Japão agora mudou o nome, era Edo, agora é Tokyo !
-Eu não sabia, senhor, desculpe!
-Desculpo nada, seu tratante ! Vai passando o dinheiro da multa agora ! Homens, fechem este estabelescimento !
-Mas, senhor,tem clientes sendo servidos, o senhor não pode esperar nós fecharmos o expediente?Por favor, senhor!
-Não ! Vai fechar agora !Homens, podem começar a destruir tudo !
-Não, senhor, pelo amor dos Deuses, por favor, não...
Namya não aguentou mais tanta injustiça e gritou, levantando-se da mesa:
-Pode parar! Pode parar por aí mesmo, e pode parar agora !Que arrogância é esta, heim?Só porque voc~e é do Exército Imperial, acha que tem direito de abusar de sua autoridade?
-Cale a boca, mulher!Você sabe com quem está falando?
-E você sabe, por acaso?Ainda está para nascer homem que me mande calar a boca e continue vivo !
Namya sacou a espada.Imediatamente as garotas restantes sacaram suas armas também.
-Só sei que você é uma mulherzinha depravada que deveria manejar uma cozinha ao invés de uma espada!
-Ah ,é, seu estúpido?É assim, é?Saiba que você está mexendo com as invencíveis Sete Incríveis!
-Ha,ha,ha! E você, com o Exército Imperial do Japão! Eu odeio samurais ! E odeio rounins vagabundos como vocês !
-Agora foi demais! Eu vou te dar uma lição, seu filho de uma porca vagabunda !Você e seus homens vão sair daqui mortos por ofenderem as nossas honras !Disse Kareni,intervindo.
-Está enganada, mocinha, vocês estarão mortas!Disse o Oficial, sacando um revólver.Os soldados apontaram e armaram seus rifles para elas.
-Seu covarde, apelando para armas de fogo!Mas nós não temos medo das armas de vocês não!
Rei entrou na frente de Namya, mão crispada no cabo da espada.
-Ah, não tem?Então experimentem ter agora!
Disse o Oficial, atirando.
A espada de Rei foi sacada numa rapidez impressionante. A bala parou a poucos centímetros da cabeça dela,dividida em dois.O golpe foi tão rápido que partiu a bala em pleno ar de um modo aos dois pedaços se desviarem da cabeça dela e cravarem-se na parede.
Kin postou-se ao lado,e mandou todas as outras, com excessão dela e de Rei se abaixarem.
A saraivada de balas começou, e as duas conseguiram desviar todas as balas com suas espadas.Há que se lembrar que naquela época, as armas do exército eram antigas e não eram de repetição,sendo que não era possível disparar mais que um tiro por minuto.
Enquanto os soldados estavam ocupados atirando, Kurumi se esgueirou como uma cobra e os abraçou por trás, e com seus braços poderosos quebrou as costelas de dois deles.Chitose aproveitou a deixa e suas flexas acertaram outros dois na cabeça.
Agora faltava o Oficial, que sacou seu rifle.
Mas Kurumi atuou de novo, e sua lança o varou de fora a fora antes que conseguisse atirar.Ele vomitou sangue, mas o golpe só atingiu o intestino.Era grave, a hemorragia, mas não mortal.
-Vocês..vocês vão se arrepender, vãoter todo o exército imperial por trás disto!
Disse o Oficial.
Dali há pouco chegou mais um oficial, ainda superior.
-O que está acontecendo aqui?
Namya explicou o abuso de autoridade dele.
Os populares que foram testemunhas apoiaram as explicações dela.
-Entendi. Tudo bem, ele realmente se excedeu.Homens, levem os feridos ao Hospital, depressa!Fiquem tranquilas, não vai acontecer nada com vocês.Ele será julgado pela Coorte Marcial,já tinhamos várias queixas do povo contra ele, e não é o primeiro crime que ele comete.Vocês só se defenderam.Estão liberadas.Por favor aceite minhas desculpas pelo incômodo, eu e o Exército Imperial estamos envergonhados por ele!
-Desculpas aceitas, senhor...
-Isamu Arai, ao seu dispor, senhorita...
-Namya.Prefiro não dizer meu sobrnome.Obrigada, Isamu-sempai.
-De nada, foi um prazer atender a todas vocês. Agora peço a gentil licença de todas vocês porque tenho pressa!
E o Oficial foi embora.
-Uuuuh, este Isamu-sempai é lindo! Lindoooo!
-Olha só, a  Kogyo gostou dele !Está apaixonadinha, Kogyo?
-Ah, Fushiko,vai, não me apurrinhe !
-Já está escurecendo, é melhor voltarmos ao Santuário!
-Então vamos, gente, a Kareni tem razão!Afinal, a Minoko deixou a mim como a líder enquanto ela está ocupada !
Disse Namya.
Elas então voltaram ao Santuário,mas na cabeça de Kogyo os pensamentos estavam naquele homem alto e forte, garboso e elegante em seu uniforme chique.
No entanto, aquele homem, embora parecesse justo e honesto, tinha um segredo que mexeria muito com a cabeça de uma das garotas.Qual seria?
A resposta, no próximo episódio !

(Por continuar)

O Espelho da Verdade-Episódio 95




Episódio 95



-Juuchiiii!Eu vou te matar , seu desgraçado!
-Rei-kun! Eu...eu...
-Ele não fez nada, Rei-san, foi um acidente, ou melhor, a culpa foi minha, que caí em cima dele sem querer!
Rei, enfurecida deu um forte chute nas nádegas de Kin, que rolou para o lado.
-Até você, sua traidora, se dizendo minha amiga!
-Mas Rei, eu já disse...
SPLAAAAFT!
O tapa de Rei foi tão sonoro que as demais garotas ouviram e vieram correndo ver o que estava acontecendo.
-Ninguém me bate assim não, sua moleca desmiolada !Gritou Kin e as duas se engalfinharam, rolando no chão com mordidas,puxões de cabelo,unhadas ,etc.
-Segurem as duas !Vamos segurar estas duas antes que se matem !
Disse Fuu,assustada.
Namya tentou segurar Rei, e Fuu tentou segurar Kin, mas as duas estavam tão grudadas que foram todas ao chão.
-Ah, minha cauda e meu cabelo estão todos molhados desta água salgada nojenta !
Fuu é que ficou furiosa agora.
-Vamos acalmar as coisas, gente!Fuu, não bata na Kin!
-Mas ela me derrubou me molhou toda,Chitose!Ai, que raiva !
-Larga de se comportar como criança!Parem já com esta algazarra!Que coisa!Vocês deveriam se envergonhar !
-É isto aí, Chitose, não tem cabimento brigarmos entre nós!
-Tudo bem, Kareni.
Fuu largou Kin, que avançou  para cima de Rei de novo, que esperneava tentando ficar livre.
Foi quando Kurumi perdeu a paciência.Agarrou as duas brigonas, as levantou no ar e as colocou debaixo dos braços.
-Eu vou amarrar estas duas e deixá-las na sombra para ver se paramde brigar !
-Me larga, Kurumi!Ah, uh, que fedor! Suas axilas estão peludas e cheirando mal !
-Como é que é?Do que voc~es estão reclamando?
-Eu não falei nada, foi a Rei!
-Foi você quem falou sim,Kin!
-Ela é porca e eu que levo a culpa?Não mesmo!
-Parem já com isto! Como ousam me chamar de porca !
Kurumi estava furiosa agora, e parou de andar.
-É porca sim, e não é só as axilas não, a virilha também, está um cheiro insuportável lá em baixo!
-É pior que esgoto,parece tofu podre!
-Ah, e vocês estão muito limpinhas, não é?Quem que eu cheire as de vocês?
-Eu não ! Eu, heim!Não mesmo !Disse Rei.
-Eu também não ! Pôe a gente no chão sua pervertida!
Agora Kurumi estava vermelha de raivacomo comentário de Kin e soltou os braços, deixando as duas caírem no chão, dando risadas.Finalmente tinham parado de brigar.
-Eu, pervertida?Eu vou é dar uma surra em vocês duas !
E Kurumi saiu correndo no encalço das duas fujonas, que corriam rindo.
E assim o dia transcorreu,com muitas brincadeiras e diversão.
Mas para as três que faziam o retiro espiritual tudo era paz, calma e silêncio.
Muita concentração e meditação profunda.À medida que iam se concentrando, seus kis aumentavam e a aura de energia mágica em volta delas também.
Depois da praia, Fuu foi para o  seu lugar preferido no templo, a biblioteca, e lá lia e estudava com prazer.
Era engraçado observar ela abanando a cauda alegremente como um cachorrinho enquanto lia!
No final da tarde, as garotas e as crianças, com excessão de Fuu,resolveram ir passear na cidade.
Chegando lá  viram uma pequena multidão reunida numa roda, e uma barulheira de cães latindo e rosnando.Resolveram investigar.
-O que está acontecendo aqui?
Perguntou Kareni a um dos espectadores.
-Estes dois cães são animais de briga, estão numa luta até a morte, e nós estamos apostando em quem vai ganhar!
Elas ficaram chocadas com o que viram:aquilo não eram mais cães, mas farrapos caninos ainda vivos se degladiando numa luta suicida!
Os dois estavam tremendamente machucados, com ferimentos profundos, músculos rasgados,orelhas arrancadas, focinhos destruídos,um deles tinha um olho pendurado para fora,e havia uma lagoa de sangue em volta deles.Em vários lugares dos corpos dos dois a carne tinha sido arrancada a tal ponto que os ossos brancos, inclusive costelas quebradas,despontavam!
-Isto não é luta, isto é barbárie!Podem parar com esta luta agora !Disse Kareni, irritada.
-Impossível! Eles são treinados desde filhotes para só parar ao morrer!Depois, se parar agora, muita gente aqui vai ter prejuízo!Disseram vários espectadores.
-Acho melhor parar agora.Vocês todos vão dispersar agora, ou vamos ter de usar a fôrça?
Retrucou Kurumi.
-Ei, esperem ai, estas daí fazem parte das Sete Incríveis! É , são elas mesmas! Esta menininha eu vi ela lutando, ela é a espadachim campeã do torneio !
Outro espectador  emendou:
-É,mas não é por isto que vamos deixar elas se meterem nos nossos negócios!
-Acho que tem gente aqui a fim de morrer !Disse Rei, crispando a mão no cabo da espada.
-Somos uns cinquenta contra oito!Vamos dar uma surra nelas! Gritou o líder do bando.
Zliiiiiim!
A espada de Rei foi sacada, mais rápida que um raio,e olíder se desmontou, com a cabeça, braços e pernas cortados fora antes mesmo que ele pudesse pensar em sacar sua espada.Torrentes de sangue saíram dele por todos os lados.
 -Ainda querem lutar?
Rei nem precisava ter dito isto.Só de ver o líder ser esquartejado daquela maneira, a multidão tratou de fugir correndo, apavorada.
-Agora precisamos dar um jeito nestes cães.Eles precisam se largar.
-Sim, Namya, mas enfrentá-los pode ser muito perigoso!
-Também  acho,Chitose, mas não seria uma judiação sacrificá-los?
-Seria sim.A Aika seria excelente para curá-los agora, mas todo mundo que tem magia aqui está lá no retiro espiritual, então nãotem jeito.Eles infelizmente terão de serem sacrificados.Vou acabar com eles de vez,  acertando flexas direto no coração  deles para eles não sofrerem !
-Coitados!
-Eu também acho,Juuchi-kun, mas não tem jeito, eles estão sofrendo muito, nãotem cura, mesmo que os salvássemos, eles voltariam a tentar se matar outra vez!
-A Rei-chan está certa.Faça o serviço então, Chitose, por favor.
-Nós vamos nos afastar para não ver.
-Vão sim, Rei-chan.Você e o Juuchi vão lá para aquela rua afastada e fiquem de costas, já já eu os chamarei!
-Tudo bem,Mira.Vamos, Juuchi-kun!
Chitose esperou as crianças se afastarem. As outras garotas também não quiseram ver e viraram as costas.
As flexas foram disparadas, certeiras.Os dois morreram instantâneamente.Chitose então chamou as crianças de volta, e prosseguiram no passeio.
-Como tem gente que tem coragem de fazer uma estupidez destas?Eu fico revoltada!
-Eu também, Fushiko, deveríamos ter matado todos eles, não os deixado fugir!Isto devia ser crime!
Falou toda a verdade agora,Namya.Ah, eu tive um cachorrinho tão bonitinho quando eu morava no Palácio !
-Eu também, quando era criança.Sabe,Kurumi, eu, a Kareni, a Fushiko e aNamya nos conhecemos desde criancinhas, somos amigas de infância!
-É verdade, Kogyo?
-É sim, Kurumi, tivemos uma infância tão alegre, tantas brincadeiras, não é,gente?
-É verdade sim,Kogyo.Mas você sempre gostou do Narumeshi desde pequenininha, mas ele  nunca mostrou interesse por você. Aliás, por ninguém, ele sempre foi muito arteiro e levado, e gostava de fazer troça da gente, viva nos pregando peças e fazendo gozação da gente !Acredito que quando ele reaparecer, será um homem muito diferente daquele que conhecemos.
-Como ele está transformado em Minoko, ele já é muito diferente, mas acho que os dois evoluíram muito, Kareni.
-Concordo com você, Namya.Mas eu pergunto para a Kogyo:você sabe que a Minoko e o Narumeshi estão apaixonados um pelo outro e quando se separarem e tiverem seus corpos separados, eles certamente irão namorar entre si, e provávelmente se casar.Você não ficará com ciúmes?
-Ai, Fushiko, que pergunta difícil...e dolorosa de responder! Eu continuo apaixonada por ele, sonho com ele, mas sei que ele não vai ser meu nunca mais.Se eu ao menos pudesse ser a amante dele...
-O quê?Você teria coragem, Kogyo?
-Eu teria se ele me quisesse, Mira.Ele já foi apaixonado por mim, afinal!
-Mas aí você estaria traindo a amizade e confiança da Minoko, e duvido que ela tolerasse isto.E se ela quiser disputá-lo com você na base da espada, você não teria a menor chance !
-O pior é ter consciência disto, Mira! Isto é o que dói! Sinceramente, não sei como irei me sentir, será uma tortura !
-E você, Rei-chan, como vê tendo uma mãe e um pai?
-Ah, eu acho legal, Tia Chitose,porque eu sei que o Narumeshi será um pai muito diferente do que o que tive e nunca teria coragem de me estuprar ou abusar de mim.
-Mas não ficaria com ciúmes dele beijando sua mãe ou fazendo..ahaaaaam, outras coisas com ela,Rei-chan?
-Você diz fazendo amor com ela, Fushiko?Eu não ! Mas não quero que façam na minha frente, seria nojento e indecente!
-Imagine, eles jamais fariam isto na sua frente, pode ficar tranquila, Rei-chan!
Disse Namya.
-Bom, tem uam taverna ali! Vamos fazer um lanche?
-Vamos, Fushiko!
E todas entraram na taverna.

Kogyo no entanto levantara uma questão importante:como estaria seu coração depois que Minoko se separasse de Narumeshi e cada um tivesse sua própria mente e seu próprio corpo?
Quais as consequências?
Respostas, no próximo episódio!
Nao percam !

(Por continuar)