Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Espelho da Verdade Volume 2- Episódio 106




 Episódio 106


-Calada! Você está me envergonhando na frente de todos!Eu sou o seu pai, quem tem autoridade aqui sou eu, você me deve obediência eagora vai pedir desculpas para a sua madrasta agora mesmo, ou será severamente punida!
Akiha tirou da larga manga do kimono uma chibata que mantinha espertamente escondida num bolso interno, e a entregou na mão de Chiyo, que começou a bater de leve a chibata na palma de sua própria mão, ameaçando-a visívelmente.
-Não, pai, você não teria coragem de me bater! Você nunca me bateu, que negócio é este?Este não é o meu pai que eu conheço!E depois, você sabe muito bem do tamanho da minha habilidade com a espada...
-Como ousa me desafiar, menina?Vai teimar em me desobedecer?
Chiyo se aproximou da filha e estalou a chibata , que silvou sinistramente a centímetros da face dela, que pulou para trás , assustada.
E não era só susto.Era mágoa, era espanto,temor ante o desconhecido-nem parecia que estava diante do próprio pai, mas de um desconhecido.
Só que quando saltou para trás, teve os braços retidos por Akiha, que, com outro braço, retirou sua espada da bainha, jogou-a longe, e desamarrou seu obi, e desnudando-a na frente de todos.Akiha saiu da frente, e a chibata voou célere em suas costas e nádegas, tirando sangue e a fazendo urrar de dor!
Grossas lágrimas saíam do rosto de Kin, enquanto o rosto do pai era o próprio ríctus do sadismo,e ele ria a cada chibatada.
Kin apanhou como se fosse um cachorro de rua, e o corpo estava cheio de vergões sangrentos.Uma das chibatadas lhe atingiu o seio direito e quase lhe arrancou o mamilo, que ficou dependurado, e o sangue por ali se esvaía aos brotões!
Depois de uma dúzia de chibatadas, ele recolheu a chibata e Akiha carregou Kin para o quarto dela.
-Por favor me descuplem o espetáculo grotesco, mas minha filha desafiou minha autoridade de pai e fui forçado à puni-la exemplarmente.Por favor, fiquem á vontade, hoje estamos com bastante quartos livres, entãopodem escolherem quantos quiserem. Por favor fiquem à vontade. Daqui há pouco o jantar será servido!
Toda a trupe estava pasma com o tratamento que Kin recebera do pai.Eles também não reconheciam Chiyo-na ida, ele era um homem completamente diferente, totalmente submisso à filha, e agora acabara de espancá-la selvagemente!
Mas era um relacionamento de pai para filha e eles não podiam se meter, ainda mais porque estavam de hóspedes no Hotel dele.
Mas  resolveram, depois de deixar suas coisas em seus quartos,discutir sobre o que fazer com  Chiyo.Antes, porém, tinham um assunto mais urgente a resolver: Minoko foi ao quarto de Kin, para curar as feridas dela.
Quando Minoko chegou no quarto de Kin, ela estava jogada de qualquer jeito , ainda nua, toda ensanguentada em cima do futon, como se fosse uma roupa de cama suja para lavar.
-Kin!Pelos Deuses, eu não acredito que aquela mulher te largou assim e foi embora!
A garota estava desmaiada, pois a dor atingira o seu limite.
-Eu vou curá-la já!
E Minoko expandiu sua aura, que envolveu Kin, e a fez flutuar no ar.Logo o sentimento de amizade dela pela amiga começou a fluir de sua alma para a alma dela,  e as feridas começaram a se fechar e cicatrizar.O mamilo dependurado se juntou de novo ao seio e cicatrizou.Por sorte os ferimentos não foram profundos e somente veias  periféricas de calibre estreito tinham sido danificadas, então a perda de sangue não chegou a ser significativo.Parecia ser bem mais grave porque o número de veias atingidas foi grande, mas era só impressão.
Depois da cura feita, Minoko a deixou dormindo e descansando, e foi se reunir como resto da trupe.
Ao chegar no quarto de Mira, onde estava sendo feita a reunião:
-Oi, amor, entra! Estávamos esperando você!
-Obrigada, amor! Respondeu Minoko à gentileza de Narumeshi, cumprimentando-o com um selinho.
-Estávamos comentando o quantoestávamos revoltadas com a atitude do pai de Kin!
-Eu também fiquei, Namya-san, de fato.E estou desconfiada de que aquela tal de Akiha também não presta e deve ser ela quem deve estar por trás deste comportamento estranho do senhor Chiyo.
-É, mamãe,eu e a Kin sempre brigamos, mas, eu acho que ela não mereceu um castigo tão duro assim! Disse Rei.
-Eu também acho que foi injusto!Ele não precisava chegar a tanto, mas parecia que já estava tudo armado e combinado !
-Pode ser, Aika-chan, mas é um problema de relacionamento entre pai e filha, não podemos nos meter ! E depois somos hóspedes aqui!
-Ah, não, Kurumi-san, eu não acredito! Como pode compactuar com uma injustiça,uma brutalidade destas, como pode ser tão insensível?
-A Kurumi só está sendo racional,Kareni-san.É verdade, estamos numa posição em que não podemos interferir diretamente.
-Ah, mas Narumeshi-san, tenha dó!E vamos deixar nossa companheira sofrer deste jeito nas mãos esta demônia?
-Acho que se não podemos interferir diretamente, podemos provar para o Chiyo que a mulher dele está prejudicando a Kin propositadamente.Temos de  arquitetar um plano para desmascarar e desmoralizar aquela mulher!
-A idéia é boa, Chitose-san, mas não temos provas de que ela é de fato a responsável pelo comportamento do pai da Kin.
-Ela abandonou a garota  ensanguentada , jogando-a no futon de qualquer jeito como se fosse um objeto,Mira-san,isto não é uma prova da falta de caráter dela?
-Nem tanto, Minoko-san.É a sua palavra contra a dela!
-Bom, então temos de arranjar provas contra ela,Mira-san.Todo mundo viu que ela já tinha a chibata escondidinha de jeito, propositalmente, na manga do kimono.Precisamos investigar esta mulher, quem ela é, de onde veio, como conquistou Chiyo-san e casou-se com ele tão rápido.Tudo isto é suspeito e precisa ser investigado.Precisamos vigiar o comportamento dela, e preparar uma bela armadilha, para ela cair em contradição e a máscara dela cair de vez.
-Fácil de falar, difícil de fazer,Kogyo-san.
-Ah, você não conta, Fushiko-san! Você mais reclama do que age!
-E você mais coça suas pulgas do que raciocina ,Fuu-chan!
-Está a fim de levar uma mordida, é?
-Ei, vocês duas, agora não é hora de brigarmos entre nós.O assunto é sério !
-Bom, eu tenho uma idéia! Eu acho que quem deve ficar encarregado de vigiar a Akiha devem ser as crianças, que por serem crianças, não despertarão suspeitas.
-Boa idéia,Namya-san!Então Juuchi, Rei e Aika vão ficar encarregadas da vigilância.Esta mulher tem de ter um ponto fraco!
Disse Narumeshi.
-Ah, pai, sério?Ter de ficar vigiando..que chato!
-É sério sim, filha. Você não quer ajudar a Kin?
-Tudo bem, então...quem diria justo eu, ajudando ela...
A porta do quarto se abriu:era Kin!
-Posso saber o que vocês estão conspirando?
Ela disse, ainda com cara de sono, e de kimono de dormir.

Agora um plano para tirar Kin das garras cruéis e impiedosas de Akiha estava sendo tramado.Mas será que a própria Kim, orgulhosa e arrogante, vai aceitar a ajuda da trupe?
Será que Akiha vai se deixar desmascarar?
Qual o mistério por trás desta mulher? Qual o seu ponto fraco?Ela tem algum?
Respostas no próximo episódio, não percam !

(Por continuar)