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quarta-feira, 23 de março de 2011

OEspelho da Verdade Volume 2-Episódio 127



Episódio 127



Kin dispensou Haruo,agora muito satisfeita.Ainda nua, tomou banho e se trocou, colocando o kimono curto de luta, as meias e as sandálias de madeira.Colocou a espada e sua bainha no obi que amarrava o kimono,se perfumou e se penteou.
Desceu as escadas e Haruo já a esperava com o cavalo descansado, alimentado e selado.Ele a ajudou a montar, já que sua baixa estatura dificultava um pouco as coisas ,não sem sentir um frêmito de prazer ao sentir o rapaz afundando as mãos em suas nádegas pequenas e redondas ao ajudá-la.Sabia que era de propósito e tinha gostado.Na despedida,pediu que ele colocasse um banquinho ao lado do cavalo, para que ela pudesse beijá-lo.
Durante o beijo final, na boca, ela colocou uma das mãos dele em um dos seios dela e o fez apertar.
Beijo terminado, se despediu, e saiu a galope desenfreado.Sobre o kimono usava uma capa com gorro, que usava para esconder o rosto, pois não queria ser reconhecida na rua enquanto fugia de suas dívidas herdadas do pai.
Logo ganhou a estrada, e depois de algumas horas, tirou a capa.
Não sabia se a trupe já estava em Matsumoto ou se já tinha ido para a próxima cidade, então por isto tanta pressa.Afinal,ela a cavalo podia cobrir as distâncias bem mais rápido do que elas a pé.
Mas o que ela não sabia é que a trupe estava dividida, tinha novos integrantes e estava ainda longe de Matsumoto.
E no acampamento da trupe, o almoço já tinha terminado, e já estavam levantando acampamento para reiniciar a viagem.
-Vamos embora, gente !Vamos viajar!
Disse Minoko, alegremente.
Animadas, as garotas pegaram a estrada.Juuchi e Rei estavam mais unidos do que nunca, de mãos dadas com Ayaka.
Até que Fushiko notou:
-Gente, esperem um minuto aí! Cadê a Aika-san?
Kareni,  que até então tinha ficado  distraída, conversando com Fuu e Chitose, e nem se dera conta da falta da filha, ficou alarmada:
-Ah, não!Será que ela ficou para trás?Onde ela está?
-Ah, mas só me faltava esta!A Aika-san sempre foi tão boazinha, porque será que resolveu aprontar desta vez?
-Eu sei lá,Minoko!
-Temos de achá-la, gente ! Minoko, você consegue localizar o ki dela?
-Não, ela deve estar escondendo o ki dela.Estou achando que ela deve ter fugido,Kareni!
-Fugido?Mas porque?Porque?
Agora Kareni estava desesperada!
-Eu acho que sei porque!Disse Fushiko, apontando para a nova família ali presente:Rei,Juuchi e Ayaka.
-Ah, agora eu entendi:ninguém estava dando atenção para ela, e o Juuchi simplesmente a ignorou e ficou com a Rei só para ele, ela deve estar morrendo de ciúmes e resolveu fugir!
-Ah, naaaaaão!Minoko, eu devia ter dado mais atenção para a minha filhinha...
Disse Kareni, e começou a chorar no ombro de Chitose, que afagava seus cabelos.Todos correram a abraça-la também.
-Nós vamos achar a Aika-san, Kareni, não se preocupe...eu prometo!
Era a tentativa de Minoko de consolar a amiga.
-E...ela...ela deve estar correndo perigo! E se ela for ....se algum tarado a pegar?E se algum animal feroz...Aikaaaaa!
E Kareni voltou a chorar novamente.
Fuu resolveu tomar uma atitude prática:
-Kareni, eu vou me transformar em raposa e vou tentar seguir o rastro de cheiro dela.Por favor, me dê uma peça de roupa dela para eu identificar o cheiro e seguir a pista!
-Obrigada, Fuu...você é um doce...aqui está...
Kareni deu um obi da filha.Fuu rápidamente se transformou em raposa, e começou a procurar pelo cheiro de Aika.
Mas a menina já estava longe, e tinha tomado uma bifurcação na estrada que serpenteava por entre as montanhas.Não tinha nem idéia de para onde ia, quando ouviu uma voz masculina:
-E aí, gracinha?A gente não vê mulher faz tempo, então, que tal você abrir as suas perninhas aí?
Era um grupo de bandoleiros de estrada, vagabundos que viviam a assaltar quem encontrassem no caminho e estupravam mulheres desacompanhadas.
Aika assustou-se, ao se ver cercada de homens mal-encarados, com cara de tarados, e inclusive, se despindo diante dela.Estavam todos armados com espadas  e pareciam decididos a não deixá-la fugir.
Ela, que já estava tão insegura e fragilizada, estava paralizada de medo, e a única coisa que fez foi gritar por socorro.
-Ah, que gracinha ela já está chamando pela mamãe!Vai se muito bom pegar ela!
Disse o chefe dos bandoleiros, que abriu o kimono dela, expondo as roupas de baixo.
Aika gritou de novo, absolutamente desesperada.
-Ei, porque vocês não mexem com alguém adulta, ao invés de tentarem pegar uma criança, seus covardes?
Eles também sentiram o bufar de um cavalo.
Aika reconheceu aquela voz feminina imediatamente: era Kin !
E era mesmo !
Kin desceu do cavalo com a espada na mão e enfrentou todos os seis bandoleiros ao mesmo tempo.Sua espada zumbiu sinistramente e começou a dançar sua dança da morte.Um a um foi matando cada um dos bandidos como se fossem moscas.
-Kin!Kin-sama!
Aika foi correndo abraçá-la!
As duas ficaram ali, abraçadas, e Aika chorou muito.Depois de se recompor,ela disse:
-Obrigada por me salvar, Kin!Eu estava com tanto medo!
-De nada, Aika-san.Mas o que você está fazendo sozinha aqui?Onde está o restante da trupe?
Aika contou os motivos de sua fuga.Aproveitou e contou também do desaparecimento de Narumeshi.
-Vamos encontrá-las.Venha, suba na garupa,a cavalo a gente vai mais rápido.Ah, peque aquela pedra, fica mais fácil de a gente subir, o cavalo é alto!
Aika obedeceu, e logo ela foi mostrando o caminho que fez.Ao chegarem na bifurcação, deram de cara com a trupe.Aika desceu correndo para abraçar a mãe, absolutamente desesperada.
Depois de muito chorarem uma no ombro da outra, quem se pronunciou foi Aika:
-Mamãe, a Kin me salvou de um bando de tarados na estrada!
Emocionada, Kareni abraçou Kin até quase lhe quebrar as costelas:
-Obrigada, muito obrigada por salvar a vida da minha filha...como eu posso te agradecer, Kin?
-Imagine,Kareni,eu faria isto por qualquer uma de vocês!Ah, mas quem é esta garotinha?Esta eu não conhecia?
-Ah, Kin-san, esta é a minha filha, Ayaka!
-Eeeeeeeeee?Kin espantou-se.
-É sim, é a minha filha! Não é a minha cara?
-Mas como?Você só tem doze anos, como pode ter uma filha?Ainda mais deste tamanho?Ela tem quase a sua idade!
-Explica para ela, mãe, para mim, é meio embaraçoso.Vou levar a Ayaka para longe que certas coisas ela não deve escutar.
Disse Rei.
Minoko explicou todo o acontecido.
-Ai, coitadinha! Foi abusada por um demônio e teve esta filha com ele!Mas, Minoko, quem diria, você tão jovem, já é avó...
-Grrrr..se quer morrer, avise logo,Kin!
-Foi só uma piadinha, calma,desculpe.Mas, será que esta menina é confiável?
-Olha, Kin, não sabemos ainda.Físicamente ele cresceu muito, mas mentalmente ainda é uma criança bem pequena, e ainda sabe falar pouco japonês.Está aprendendo.Mas ela é muito inteligente.Mas acredito que ela seja dona de uma magia muito poderosa, então não convém deixar ela nervosa.Bom, estávamos a caminho de Matsumoto.Naturalmente você virá conosco, não é?
-Claro, Minoko!
Todas as garotas vibraram de alegria.Foi logo depois disto que Fushiko veio com uma das suas:
-Mas, ô,Kin,nos explique por favor porque você abandonou seu hotel e como voc~e veio parar aqui!
O sorriso de Kin desapareceu de suas faces.Um olhar de depressão mostrou-se bem claro em seu semblante.
-Tinha de ser a Fushiko para estragar o prazer da conversa!
-Tudo bem, Chitose, deixa para lá.Vocês tem o direito de saber. Vou lhes contar tudo o que aconteceu.
Enquanto isto, em outro ponto,Narumeshi e as gêmeas já estavam na estrada novamente,distantes umas três horas de caminhada do ponto onde a trupe estava.Na verdade já tinham se adiantado e estavam á frente da trupe no caminho para Matsumoto.
As gêmeas caminhavam agarradinhas aos braços do pai adotivo, tão agarradinhas que ele já corava de vergonha, de sentir os seios delas comprimdos contra seus braços.E elas faziam de propósito, assim como deixavam seus kimonos folgados para que os seios aparecessem quase inteiros.Narumeshi tinha de fazer um enorme esforço para olhar para a frente e não para baixo.
Foi quando ouviram gritos vindos de uma pequena floresta na encosta de uma das montanhas.Era um pedido desesperado de socorro!
-Vamos lá ver o que está acontecendo!
-Mas, pai, não será perigoso?
-Que tipo de guerreiras são vocês se tem medo?
Narumeshi pôs-se resolutamente a caminhar para a floresta, e viu, logo na entrada, um velho encostado numa árvore, acuado por um urso feroz.
Nosso herói não teve dúvidas, sacou sua espada, e num salto duplo mortal,e com  um fulminante golpe de sua espada, a cabeça do urso rolou pelo chão da floresta e a fera caiu morta no chão.
-O senhor está bem?
-Si...sim, estou, senhor, Muito obrigado por salvar minha velha vida!
-Imagine,é só a minha obrigação de samurai.Estas são minhas filhas, Nanase e Nanami.
As gêmeas cumprimentaram o senhor.
Porém, Narumeshi viu algo de estranho naquele idoso, especialmente no olhar dele.
E afastou-se num salto vigoroso para trás, espada em riste.

Quem seria aquele velho, afinal?
Porque uma desconfiança tão agressiva?
E quanto à Ayako, seria ela temperamental e perigosa,ao manipular seus poderes mágicos sem conhecimento?E se estes poderes saíssem de controle?

Respostas, no próximo episódio !Não percam !

(Por continuar)