Foto ilustrativa

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domingo, 28 de novembro de 2010

Episódio 100(Último Episódio)

Amanhecia afinal o último dia do feitiço.
Neste momento o corpo de Narumeshi já estava do tamanho de uma pessoa adulta de dezoito anos, como ele tinha antes de ter sido transformado em mulher.
As feições e o formato ainda eram de um adolescente de quatorze anos, mas o corpo já estava completamente formado, com todos os órgãos internos e externos funcionando a contento e com todos os detalhes perfeitos até os pêlos corporais, unhas, tudo.Era uma cópia absolutamente perfeita do corpo de Narumeshi de quando ele tinha quatorze anos.Agora o processo já era práticamente indolor, mas o que iria se iniciar era mais complexo e difícil: a transferência da alma de Narumeshi para o novo corpo, e também,a divisão do poder mágico de Minoko em dois e a trasferência de metade deste para o novo corpo.Também as habilidades e conhecimentos mágicos estavam sendo divididos e repartidos e transferidos igualmente entre os corpos.
Seguindo o cronograma do ritual, esta parte, extremamente complexa e dolorosa, iria se inciar dentro de três horas.
Já as garotas e as crianças aproveitavam a praia pela última vez antes de serem chamadas para ver o resultado do longo feitiço.
Novamente tentavam de tudo para jogar Fuu na água, mas ninguém conseguia.
Até que Juuchi, no auge da brincadeira, puxou com força a cauda de Fuu, resultando daí uma reação totalmente inesperada:
EEla soltou um alto gemido sensual, e tremia,virando-se de frente para o garoto com um olhar absolutamente tarado!
Ela o agarrou e o beijou na boca,selvagemente, e o derrubou no chão .Sufocado pelo pêso dela, e pela força com que ela o envolveu,ela começou a tentar desesperadamente forçá-lo a fazer amor com ela, sentando-se no colo dele, forçanndo seu corpo contra o dele.
Namya e Rei viram o que estavam acontecendo, mas foram rechaçados rudemente pelos braços fortes dela,e jogados longe.As demais garotas também tentaram, e Fuu reagiu com mordidas, dentes arreganhados e jogava todo mundo longe.
Mesmo todas juntas não conseguiam desgrudá-la de Juuchi.
Até que Kurumi teve uma idéia:
-O único jeito de separar cães no cio é jogando água neles!
E ela veio com um balde de madeira cheio de água do mar e o despejou na cabeça e no colo dela.
Imediatamente Fuu voltou a si,e saltou para trás, chorando, e tampando o rosto com as mãos, chorando desabaladamente, morrendo de vergonha.
Mira e Chitose a acudiram e a abraçaram, e quando ela finalmente se recompôs, ela pediu perdão a Juuchi, e também para Namya e Rei, arrasada principalmente com a fúria da última, capotando de ciúmes.
-Eu...eu esqueci de explicar para vocês, é que...é que não pode puxar minha cauda,pois isto desperta o meu cio, e enlouqueço completamente, fico fora de mim e só penso em sexo,com a primeira pessoa que eu ver na minha frente, é meu ponto fraco...tocar na minha cauda me excita, por isto eu peço para voc~es por favor não fazerem mais isto, eu não tenho como me responsabilizar pelas consequencias, é mais forte que eu, é um instinto muito forte...  
-Eu é quem peço desculpas, Tia Fuu, a culpa foi minha, eu não deveria ter puxado a sua cauda...
-Não, tudo bem, imagine, é só uma brincadeira de criança, criança é assim mesmo,você não sabia disto antes, não tinha como saber, não há o que desculpar,Juuchi.
-Ele não me parece tão criança assim!Já está quase tão alto como um adulto, e me parece bem desenvolvido para a idade dele...
-Ah, Fushiko, não complica as coisas, por favor !
-Está bem, está bem, Kurumi, não está mais aqui quem falou,desculpe!Agora, vou te falar, heim,Fuu, você está com uns dentinhos afiados, heim?Olha só tem sangue saindo do meu braço!
-Ai, Fushiko, que vergonha! Desculpe, desculpem todas vocês , acabei machucando todo mundo...
-Fica tranquila, Fuu, você estava fora de si, tudo não passou de um acidente.Bom, com todo mundo machucada, não dá mais para entrar na água, então é melhor voltarmos ao Santuário.
-Não antes de eu fazer isto, porque não aguento mais ! É a segunda vez que você dá em cima do meu Juuchi!
Disse Rei, ainda muito nervosa, e deuem Fuu uma sucessão de quatro forts tapas na cara, um atrás do outro.
-Rei-chan! O que é isto, menina! Ela ja pediu desculpas !
-Ah, Tia Namya, não quero nem saber! Eu não desculpo, não desculpo mesmo! Ela temsorte de eu não estar com a minha espada agora, ou ela já estaria morta.
-É, concorrentes para ficar com o Juuchi não faltam, não é mesmo?Quero só ver quando tudo terminar e a Aika quiser dividi-lo com você de novo!
-Você cale a boca, Kin,a Aika é minha amiga do coração, e é a única com quem divido o Juuchi.Nós duas somos namoradas dele,não você, nem a Mira ou a Fuu!
-Como é que é?Como ousa tentar me calar, sua pivetezinha?
Não deu dois minutos e as duas rolavam na areia brigando de novo...
E haja trabalheira para separar as brigonas!
Entretanto, lá no Santuário,o processo do feitiço estava quase pronto.
Durante a transferência de alma, que demorou horas, foi necesário muito trabalho mágico/espiritual para que a  essência da alma de Narumeshi fosse convencida  a migrar para o novo corpo, e esta transferência foi extremamente dolorosa para ambos os corpos, que rugiam de dor, convulsos em ondas penitentes de sofrimento .
Mas às três da tarde finalmente a transferência foi completa e o feitiço terminou , muito bem sucedido.
Os dois ainda estavam inconscientes, e enquanto Mana exercia seu dom de cura para restaurar o corpo gasto e magro de Minoko, murcha como se fosse bulímica crônica,Aika restaurava as forças , exercendo seu dom de cura em Narumeshi;mas este estava mais saudável.
Por fim, ás seis da tarde os dois acordaram, abrindo os olhos para vidas completamente novoas.Agora cada um tinha seu corpo e alma separados.Minoko não era mais um corpo feminino com uma segunda alma masculina , e Narumeshi não era mais uma alma masculina aprisionada num corpo feminino.
Alguns minutos foram necessários para que eles se conscientizassem de seus novos corpos e as almas deles "acordassem".
Os olhares de um para o outro, deixados sózinos propositalmente,foram apaixonados e retumbantemente felizes.
Era como um sonho, há muito acalentado, um sonho finalmente realizado e que motivou tantas aventuras, tanta dor e sofrimento, tanto aprendizado e amadurecimento diante da vida!
-Minoko!
-Narumeshi!
-Como você é linda...eu...eu te amo!
-Você também é lindo, meu amor, eu também te amo!
-Finalmente  realizamos o nosso sonho!
-Sim,meu amado, eu te esperei por todo este tempo, e sofremos muito juntos, mas valeu apena!Valeu a pena sofrer tanto,viajar tanto, aprender tanto,passar tudo pelo que passamos!
-Minha florzinha de cerejeira...namorados?
-Não, seu bobo...marido e mulher ! Eu quero casar com você !
-Eu também, eu também, sempre quis!Por favor desculpe-me tratá-la tão mal no começo...
-Imagine, Naumeshi-kun,você aprendeu, eu aprendi também, e crescemos juntos!
-Amor, olhe, o Sol está se pondo !Vem, vamos pular a janela!
De mãos dadas eles pularam a janela, subiram um morrinho atrás do Templo, e ao pôr do Sol, se beijaram românticamente.
Só então ouviram aplausos e choradeira. Sim, eram as garotas e as crianças,em júbilo, comemorando a volta de Narumeshi e o amor dos dois.
Mana trouxe-lhes kimonos e roupas íntimas, masculinas e femininas para eles se vestirem, e então todos os abraçaram, comovidos, emocionados como os dois novos pombinhos, que haviam nascido de novo, para uma nova vida, que estava só começando!
No fim da fila, à uma certa distância, estava Rei.Para ela aquele reencontro era muito especial!
Afinal ela nunca tinha tido um pai decente e nunca tinha tido amor de pai na vida dela, e agora, chegada a grande hora, ela estava diante de um novo pai, uma nova família da qual doravante faria parte para sempre e estava emocionada, mas insegura e nervosa, sem saber o que esperar dele, com a lembranças dos antigos traumas na cabeça.
Mas Narumeshi a viu, e a meiguiçe do olhar dele para ela,o intenso amor paternal daquele olhar marejado de lágrimas fêz ela  também lacrimejar,mais ainda quando ele joelhou-se e abriu os braços!
Não precisava dizer nada:
Rei , chorando correu de encontro aos braços do pai adotivo e gritou:
-Papai!
-Filhinha !
Ele a abraçou com força, e a levantou no ar, colocando-a sentada em seus braços e ela abraçava seu pescoço, molhado por suas lágrimas de emoção.
-Filhinha, eu te amo, te amo de todo o coração! Eu agora a reconheço e aceito como minha filha,minha para sempre amada filhinha!
Minoko se aproximou e abraçou os dois.
-Agora somos uma família, filhinha !Eu te amo muito também!
Rei, com a voz embargada, disse:
-Eu também amo a vocês dois, mamãe e papai !
Todas as garotas ,e as crianças estavam igualmente comovidas e irromperam novos aplausos quando Rei recebeu, nos braços dos pais, dois beijinhos nas bochechas, um de cada lado, ao mesmo tempo, um da mãe e outro do pai.
Ela se sentia amada!
Amada e querida intensamente e sua felicidade era tanta que parecia que seu coração parecia que iria explodir !
À partir de agora ela nunca mais se sentiria sózinha de novo, nunca mais se sentiria abandonada, rejeitada, e só seus pais sabiam o quanto tudo aquilo significada para ela,no dia mais feliz da vida dos três!
O dia que Rei tanto sonhara tinha chegado !
E todos os traumas da infância, todos os sofrimentos e humilhações, toda a dor passada, tudo tinha passado, sido esquecida, e os traumas foram resolvidos.Agora Rei seria uma nova criança!
No fim toda aquela trupe de bravas guerreiras e suas crianças, e agora Narumeshi,eram comouma grande família, grandes companheiras e companheiros que se amavam e eram leais uns aos outros, numa união fraternal e harmônica linda de se ver, onde imperava a emoção, osentimento, a sensibilidade !

Agora eles tinham a viagem de volta para a velha aldeia para fazer, numa nova jornada que começaria no dia seguinte, onde iriam reencontrar velhos amigos e viver novas e emocionantes aventuras numa nova jornada pelo interior do Japão, mas esta...
Bom, esta é uma nova estória, que fica para mais tarde!
Aqui nossa  brava trupe de heróis e heroínas destemidos e invencíveis se despede!
Ao nascer do Sol  na terra do Sol nascente, não apenas um novo dia, uma nova jornada,mas toda uma nova vida e uma nova Era se iniciava...


                                                   

                                                            FIM ?




NÃO PERCAM AMANHÃ A ESTRÉIA DO NOVO FOLHETIM(NOVELINHA):NAQUELA FRIA MANHÃ DE OUTONO,SERÁ EMOCIONANTE !

sábado, 27 de novembro de 2010

O Espelho da Verdade Volume 2

Aqui vai mais uma novidade:


O folhetim O Espelho da Verdade está terminando, isto vocês sabem, e como também sabem, o último episódio, que aliás escrevi hoje, vai ao ar amanhã.
Também já não é novidade para vocês que o novo folhetim Naquela Fria Manhã de Outono, irá começar depois de amanhã.
Mas o que vocês ainda não sabem está no título deste post.Sim, vai haver uma continuação para  O Espelho da Verdade,que se chamará O Espelho da Verdade Volume 2, que mostrará a volta de nossa trupe de heróis e heroínas velha conhecida no seu retorno para a aldeia natal deles, e uma visita deles 'a Tóquio.
O que ainda não sei dizer é se este folhetim irá ao ar depois que Naquela Fria manhã de Outono terminar, mas está prevista para ir ao ar ainda no ano que vem,e deverá ter mais 100 episódios, e ocupará outras 415 ou mais páginas, o que deixará a saga O Espelho da Verdade com mais de 830 páginas e 200 episódios!!!
De qualquer forma, aguardem. Há muito trabalho pela frente, pois também estou trabalhando para transformar o volume 1 de O Espelho da Verdade em romance, para concorrer a concursos literários e mandar para as editoras.
Mas uma coisa vocês podem ter certeza: O Espelho da Verdade vai voltar!
E será ainda no trancorrer o ano que vem!


Cristiano Camargo

O Espelho da Verdade- Episódio 99


Episódio 99





--Bom, gente, vamos para o Santuário almoçar, então !
-Eba!Gritaram as crianças, já com fome, respondendo ao comentário de Chitose.
Todas se vestiram e ,ao chegar no Santuário, ouviram os urros horríveis de Minoko.
-Coitadinha, ela deve estar sofrendo muito !Será que devemos intervir?
-Não, Fushiko, deixe-a, faz parte do feitiço, a Sacerdotisa Mana foi bem clara no sentido de que não podem haver intervenções, ou a vida dos dois pode correr perigo!
Respondeu Namya, que também não deixava de estar preocupada.
E toda esta preocupação e apreensão de nossas heroínas tinha todo o sentido, pois a vida de Minoko e de Narumeshi nunca correra tanto perigo como naquele momento.
A massa que saía de seu colo agora era do tamanho de uma criança de seis anos,e lembrava, em suas feições, um bebê gigntesco de sete meses de gestação-já não era mais disforme.Mas o processo era lento, e os elementos da alma viva era acrescentados um a um, aos pouquinhos, e a divisão da alma e dissolução das duas mentes,era como a separação de gêmeos siameses unidos pelo abdome-arriscada,complicada,e sobretudo demorada.
De pé,no mesmolugar, há mais de um dia e meio, Mana e Aika lutavam para conseguir proferir todas aquelas palavras mágicas e rituais sem fim na ordem correta e no tom e altura de voz corretos, e nao se deixar levar pela dor de Minoko.Agora, na verdade que er preciso mais concentração, pois o embrião do outro corpo e alma também choravam de dor, o que tinha seu lado positivo:mostravam que ele estava vivo, e crescendo.E a dor do crescimento étão inenarrável quando a do corpo-mãe, que fornece parte de si para o novo corpo.Mas uma vez suas células básicas fornecidas ao novo corpo, elas se multiplicavam sózinhas.No entanto, os componentes da alma também tinham de se organizar, e estes não tinham um plano pré-definido de crescimento, como o corpo, precisavam de cânticos mágicos, rituais e palavras mágicas para saberem o caminho a seguir.Uma ordem errada, e podia-se criar um mostro mal-formado, ou resultar em uma morte lenta e dolorosa.
As horas se passavam, e Minoko, ao cair da noite já estava rouca de tanto berrar, a ponto de suas lágrimas já terem secado.Aika deu-lhe um banho de água mágica, paramanter a humidificação de corpo e alma , e para Narumeshi, agora do tamanho de um garoto de dez anos, mas a forma de umbebê recém -nascido, também.
Enquanto isto, Kogyo recebia uma nova visita de Isamu, e se trancava no quarto com ele.
Fuu não saía da biblioteca, eo que ela tanto lia?Livros de magia,aprendia novos feitiços e fazia um auto-treinamento, e ia aumentando seu ki mágico.Agora ela já era capaz de se transformar numa raposa gigante quando quisesse,ou disfarçar-se de raposa quando fosse necessário.Ela resolveu testar suas habilidades.Ela transformou-se numa raposa de tamanho normal,e começou a andar pelo Templo até encontrar as garotas na sala de estar.
-O que uma raposa está fazendo aqui dentro?Disse Fushiko.
-Não sei,mas ela parece ensinada, ela vem como um cachorrinho, abanando a cauda,olha só, ela quer brincar!
-Chitose, ela pode ter pulgas!
-É nada, Mira, olha só, ela está alegrinha, olha como ela é esperta!
Mira colocou-a então no colo e começou a brincar com ela, coçar sua barriga,e acariciá-la.A raposa então lhe deu uma lambida ,bem na boca.
-Argh! Que hálito, precisa me beijar?Ei, gente, ela é uma fêmea!
Namya desconfiou.
-Huuum, acho que já vi este olhar em algum lugar!Acho que vou para a Biblioteca  mostrar esta raposa para a Fuu, ela vai gostar desta amiguinha dela.
Surpreendentemente, a raposa fez um sinal de "não" com a cabeça.
-Ah, aí tem coisa!
-Para mi ela parece uma raposa perfeitamente normal, Namya.
-Normal?Ah,sim, vamos ver então!Eu vou coçá-la bem aqui...na periquita !
-Aiiiiiieeeeeeeh!
A raposa soltou um grito sensual de mulher, e puf !
A raposa se transformou numa muher completamente nua,com rabo e orelhas de raposa,e era, claro, Fuu!
Mira levou um susto ao ver aquele mulherão no seu colo, encolhida como um cachorrinho, de barriga para cima,ainda gemendo baixinho.Namya então tirou os dedos da virilha dela.
-Eu sabia que era você! Não me enganou por umsó instante, Fuu!
-Mira jogou Fuu no chão e levantou-se num grito.
-Eh, ai ai, cuidado, assim você me machuca,Mira !
-Eu  me assustei, não esperava que fosse você!
Fuu explicou o que tinha aprendido.
-Ai, Fuu, você pode se transformar mais, para eu ficar te agradando, voc~e deu uma raposa tão bonitinha, parece um cachorrinho,muito fofa,eu queria que você se transformasse todo dia para eu brincar com você te agradar,por você na coleira, passear com você...
-Eeee?Mira, você está querendo me transformar em seu cachorrinho de estimação?
-Ah,e porque não?Você fica tão bonitinha, guchi guchi!
Nhac!
Fuu mordeu a mão que acariciava seu rosto.
-Ai ai !
-Eu não sou cachorro, você não é minha dona, e não como resto de comida !Não mesmo ! E tira s mãos de mim, não me agrada como cachorro que eu mordo, entendeu?E se você ,quando eu me transformar, vier querer me agradar,eu mordo mesmo !Isto foi só um teste para as minhas habilidades !
-Ai, Fuu, como você é temperamental, puxa...
-Deixa ela, Mira, ela temrazão, é uma questão de orgulho.É a parte mulher dela que não aceita este tipo de tratamento e ela tem razão.Ser seu cachorrinho para ela seria uma humilhação, é uma questão de orgulho, você a ofendeu, ela quer ser sua amiga, não sua escrava,e faz muti bem de exigir respeito!
-É mesmo, Namya...Fuu, por favor, me perdoe...
Mas Fuu nem teve tempo de responder, Mira a abraçou forte, e roubou-lhe um profundo beijo na boca, daqueles de desentupir pia!
As outras garotas ficaram de cara !
-É para compensar o mal que te fiz, mas eu quero te dizer que não foi intencional,pois eu não queria te magoar,eu adoro você!
Disse Mira com carinho, depois do beijo.
Fuu, ainda de olhos esbugalhados, reclamou:
-Onde você pensa que está com as mãos?Quer largar meus seios?Vai dizer que está querendo sexo comigo?Se é isto, esqueça,não mesmo !
-Ai, desculpe, é que você é tão fofinha!
-Quer parar de me tratar como criança?Eu sou uma mulher-raposa adulta,você esqueceu?
Mira se ajoelhou diante dela e reclinou o corpo para a frente, com os braços esticados e as mõs juntas, cabeça baixa,e se levantou e abaixou várias vezes, gritando:
-Gomenasai!Gomenasai!
Gomenasai é "desculpe", em japonês.
-Está bem, está bem, eu perdôo, não precisa exagerar deste jeito, que coisa!
Disse Fuu.
Mira levantou-se e a abraçou, com lágrimas nos olhos. No fundo ela gostava muito da amiga, e Fuu também.
-Bom, eu vou ver se a cozinheira já preparou o jantar, estou com fome!
-Vai lá, Kurumi, vai sim...agora eu estou é com sono!
Disse Chitose, bocejando em seguida.
A noite caiu, as garotas jantaram, as crianças também,e depois foram dormir.
No dia seguinte, a evolução do feitiço em Minoko e Narumeshi era notório:a massa corporal agora era do tamanho de um garoto adolescente, de uns quatorze anos, e as feiçoes, o formato, eram os de um garoto de seis anos, e a magia continuava a fluir, mas agora,Narumeshi estava numa mesa ao lado,e um cordão de massa mágica saía de dentro da genitália de Minoko  e a ligava a Narumeshi,sendo que o cordão vital de transmissão ligava-se ao garoto pelo alto da cabeça.
Agora tudo parecia transcorrer bem,e o processo já não era mais tão doloroso, e ambos estavam mais calmos.Mas os quatro ali estavam extremamente cansados,sedentos e com fome, e Minoko, em especial, tinha emagrecido muito, e suas resevas de gordura tinham baixado bastante, a ponto dos seios murcharem e as nãdegas também.
Um segundo cordão agora ligava um dos seios dela á boca de Narumeshi, através do qual  leite materno era consumido.

Já era o penúltimo dia, e no dia seguinte, estaria a trasnformação completa.Porém, os últimos procedimentos seriam o da transfeência da essência da alma de Narumeshi para o novo corpo.Corria-se um sério risco de o novo corpo não aceitar a nova alma e rejeitá-la, levando a morte dos dois,ou ainda de uma alma levar a outra para o nvo corpo e o antigo ficar vazio e morrer.
Será que dará tudo certo?Será que os dois irão sobreviver?
Amanhã será o último episódio, e ele será especial, não percam, vai ser emocionante !

(Por continuar)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O Espelho da Verdade- Episódio 98




Episódio 98




-Com licença, por favor desculpem minha rude intromissão, estou procurando pela senhorita ...
-Kogyo!Não é isto?Disse Namya.
-Sim, acho que deve ser ela,com um comprido rabo de cavalo e cabelos clareados...
-É ela mesma, Isamu-sempai.Ela está no quarto dela, o senhor quer que eu a chame?Estas flores são para ela, não são?Lembra-se de mim, eu sou a Fushiko!
-Ah, é verdade, Fushiko-san, é que eu me lembrei dela, eu a vi no enterro do meu pai.Acredito que ela seja minha irmã bastarda desaparecida, então queria ser amigo dela...
-Eeeeeeeê? Gritaram todas, espantadas!
Era ele mesmo ! Mas ele não estava apaixonado pela irmã como aparentava pelas flores, ele queria a amizade dela! E ela o queria para amante!
Foi o que todas pensaram imediatamente, ficando tensas e preocupadas.Pior ainda foi que ouviram alguém descendo se aproximando-Era Kogyo!
E aquele olhar decidido, de predadora...dava até mêdo!
-Isamu-sempai, que prazer revê-lo!Ah,estas flores tão lindas são para mim?Obrigada!E então, estou bonita?
-Sim, são para você, Kogyo-san!Você está, aliás, é linda !
-Ai, obrigada, fico toda constrangida...o senhor também é um homem muito bonito!
-Obrigado, gntileza a sua.Mas tenho um assunto urgente que preciso conversar com você  a sós!
-Ah, claro, vou recebê-lo...no meu quarto! Venha comigo,Isamu-kun...
-Ahaaaam! Com licença, senhoritas !
Kogyo já tinha se agarrado ao braço do homem e recostado um dos seios bem em cima do braço dele, comprimindo bem forte para ele sentir.
Ao chegarem no quarto, ela pediu para ele se sentar no futon dela.
Sem graça, ele obedeceu, como bom cavalheiro.
-E então,onii-chan,o que pretende me dizer?
Kogyo desamarrou o obi e o kimono dela veio ao chão.Não havia absolutamente nada por baixo dele.
A janela estava aberta e os pêlos da virilha dela vibravam ao sabor da brisa fresca que entrava.
Isamu corou de vergonha, mas ao mesmo tempo ficou com o olhar vidrado, embasbacado naquele corpo simplesmente espetacular!
-Vo...você já sabia?
-Sim, eu já sei de tudo, não precisa repetir a história, não é?Temoscoisas maisquentes a fazer!
Kogyo o abraçou e colocou a cabeça dele entre os seios e a comprimiu contra o peito.
-Onee-chan...
-Ah, agora já percebeu que eu estou apaixonadinha por você e quero desesperadamente fazer amor com você agora.Quer que eu tire suas roupas?
-Mas, mas nós somos irmãos! Eu não vim com esta intensão e...
-Não precisa falar mais nada, meu amor, tome um pouquinho disto, você vai gostar...
Ela colocou o bico de um dos seios dentro da boca dele, e soltou um gemido sensual.Em seguida, colocou as mãos dele nas nádegas dela.
-Está gostando?Eu não sou gostosa?Então experimente o meu sabor!
E Kogyo o beijou na boca com rapidez fulminante,de modo absolutamente selvagem e pervertido.Seu colo afundou no joelho dele, e agora o joelho dele estava absolutamente encharcado.Havia uma poça transparente  e pegajosa no chão debaixo dela, manchando o futon.
Diante de tamanha pressão, Isamu não aguentou mais: tirou o uniforme e começaram a fazer amor,num verdadeiro furacão de volúpia.
Só terminariam no dia seguinte...
Claro que no começo a mulherada ficou junto a porta do quarto, curiosa, tentando escutar o que estava acontecendo, e Kogyo sabia disto, então exagerava nos gemidos sensuais, verdadeiros berros, urros, que deixaram a mulherada de cabelo em pé!
Depois de uns dezminutos do sexo começar, elas saíram de perto e começaram a conversar pelo corredor:
-Eu não acredito que ela teve coragem de fazer isto com o próprio irmão !
-Pois é, Chitose, ela sempre foi muito determinada!
-Olha, nem eu grito tanto deste jeito durante o sexo!
Mira estava vermelhinha de vergonha !
-É, ela está nos provocando, quer nos fazer inveja, ela é terrível !
-Mas precisava fazer este escãndalo todo, Kareni?Dá impressão que ele a está matando, isto sim!
-Olha,Kurumi, se ela morrer agora, morrerá feliz, com certeza!
-Eu faço escândalo também! Eu adoro estas coisas !
-Ah, você não vale, Fushiko, você é o escândalo em pessoa !
-É isto mesmo, Namya. Bom, vamos chamar a Fuu, que senão ela cria teias de aranha lá na biblioteca, e vamos todas dormir!
Disse Chitose, bocejando em seguida.
Assim elas fizeram.
No dia seguinte pela manhã, Isamu tratou de fugir de fininho antes que alguém o visse.
Um pouco mais tarde, depois do desjejum, elas foram para a praia.
Enquanto isto, as preparações para  o feitiço da Fissão de Corpos e Mentes estavam encerradas.
Minoko estava nua em cima de uma larga cama de madeira, e no chão havia uma mandrágora mágica.Mana e Aika estavam cada um de um lado.As três tinham grandes auras coloridas e muito poderosas em volta delas.
-Duas mentes, um corpo, duas almas e um coração!Evoco agora o poder dos Deuses para separar o que a magia uniu pelo mal,e que a segunda alma receba umnovo corpo, que se divida e multiplique!Vinde a mim, ó poder dos Deus, faça transcorrer por mim seu poder!
Foram as palavras mágicas ditas por Mana.Aika disse as mesmas palavras.
As auras das duas  aumentaram ainda mais, e a de Minoko também aumento, e o corpo dela começou a flutuar no ar.Um grande raio saiu da mão de cada uma das duas que acompanhavam Minoko e os raios percorreram o corpo dela.
Ela gritava de dor e se contorcia,e ora uma voz feminina soava, ora uma feminina.
O feitiço ja tinha se iniciado, mas ele demoraria mais dois dias.
Neste  meio tempo, Kogyo estava feliz da vida, sorrindo de orelha a orelha, deitada na areia.
-Como foi,Kogyo, conta!
-Ah, só podia ser você , não é,Fushiko, sua mexeriqueira!Eu e ele estamos namorando ! Ele também está apaixonadinho por mim!
-Certo, isto já dava para adivinhar, eu quero saber os detalhes de voc~es na cama!Ele é bom mesmo?
-Ai, Fushiko...ele não é bom..ele é um sonho! Gente, o que era aquilo, foi o sexo mais maravilhoso que já fiz na minha vida! Agora, detalhes eu não vou contar não, sua intrometida!
-Ah....
A decepção de Fushiko foi grande !
-Ah, quer saber, eu vou é nadar!Ei, por falar nisto, o que a Mira está fazendo com o Juuchi?
-Aonde, Fushiko?
-Ali, ó!Está vendo,Kogyo?
Uma forte onda tinha jogado Juuchi  para cima dos seios de Mira, que segurou sua cabeça.Ele esperneava, dizendo que estava sufocando.Na verdade, ele estava morrendo de medo de Rei, que tinha ido fazer necessidades líquidas num matinho ali peto, o visse daquele jeito.
-Ai, eu não consigo tirar minha soneca ao sol!Vocês duas, que tanto falam alto, heim?
-Nada, Namya, nada,pode continuar dormindo!
-Ufff!Fushiko e  Kogyo suspiraram aliviadas.Se Namya visse o que acontecia com Juuchi, iria ficar uma fera!
-Eu não acredito que conseguimos tirar a Fuu da biblioteca para pegar um sol hoje !
-Pois é, Chitose, conseguimos, agora o difícil será conseguir fazer ela cair na água!
-Ah,Kin, isto é fácil! Vamos agarrá-la e jogá-la no Mar!
Fuu, com suas orelhas de raposa, de longe as escutou:
-Não mesmo !
E ela saiu correndo.
-Vamos lá,cerquem  à ela ! Vamos pegá-la!
Gritou Fushiko, divertida.
A perseguição começou, mas Fuu tinha uma velocidade impressionante nas pernas e corria como o vento.Como tinha muitomais fôlego que as outras garotas, logo as deixou para trás, elas caíram no chão, sem fôlego.
Depois de descansar um pouco:
-Já que não conseguimos alcançá-la na bse da velocidade,vamos fazer uma armadilha e pegá-la de surprêsa!
-Mas ela é muito forte, Fushiko, muito mais que todas nós juntas. Vai escapar facinho!
-Não se formos rápidas. Estão vendo aquelas duas pedras?
Duas de nós a forçam a passar por lá, o resto se esconde atrás das pedras e a agarra.Logo depois a jogaremos correndo na água!
-E se ela nos morder?Afinal, ela é meia-raposa...
-Ah, tenha dó,Mira!Aliás, ainda bem que você largou o Juuchi e veio se juntar á gente.Acho que você deve ter uma quedinha pelo Juuchi, não?
-Imagine, Fushiko, nada a ver !Fale baixo, se a Namya desconfia de uma coisa destas, me mata! A Rei também!
-Por falar nela, olha ela ali!
As garotas contaram o plano de pegar a Fuu, para Rei, que animada, chamou Juuchi.
Kurumi e Mira ficaram encarregadas de tanger Fuu para o meio das duas pedras enormes.O resto se escondeu atrás das pedras.
Finalmente Fuu vinha chegando.Kurumi e Mira começaram a perseguição, e Fu voltou a correr, e passou pelo meio das pedras.
-Já! Disse Fushiko, e todos atacaram.
Só que Juuchi, desajeitado, ficou na frente de Fuu, que saltou, e ele se agarrou nas pernas dela.Os dois foram ao chão, mas a queda foi tão rápida que quando viu,Fuu estava em cima dele, e ele com a cabeça entre as pernas dela, na altura da virilha.
Fuu ficou roxa de vergonha e se arrepiou toda, deu um salto para trás, e quando tentaram agarrá-la, saiu distribuindo mordidas e arreganhando os dentes,furiosa!
Rei tirou o menino de debaixo dela e o espancou sem dó nem piedade.O mínimo xingamento dela foi chamá-lo de pervertido e tarado. Mas ele também estava roxo de vergonha e pediu desculpas.Rei não quis saber, morrendo de ciúmes e o arrastou pela orelha até Namya, e contou a versão dela das coisas.
Mas Namya era uma mulher ponderada e conhecia muito bem o próprio filho e Rei, e permitiu que ele contasse a versão dele.
-O Juuchi não tem culpa, coitadinho, foi um acidente!Ele não teve intenção!
-Ah, mas que ele gostou, gostou ! Se não,o que são estes pêlos vermelhos na boca dele?
Juuchi estava roxo de vergonha, e chorando, contou que estava de boca aberta durante a queda e que ela caiu com tanta violência em cima dele que ele engoliu alguns pêlos dela.
-Ai, filhinho, não fica assim, bem, vem cá, com a mamãe!E Namya o abraçou e apertou forte.
Mas ela tinha se esquecido que ninguém vestia nada naquela pria e que seus seios estavam comprimidos contra o peito do garoto, que ficou ainda mais envergonhado, e tentou se desvencilhar,esperneando.
-Ah, vou te contar, viu?Namyaaaa!
Rei estava batendo o pé na areia de ciúmes, super nervosa.
-Está com ciúmes de mim com meu filho, Rei-chan?
-Acontece que você está pelada, e ele também, e ele está sentindo seus peitos!
-Ah, mas não tem nada de mais, eu tenho certas prerogativas como mãe dele.Com a mamãe pode, não é, filhinho do meu coração?Depois, ninguém aqui tem segundas intenções,é só carinho,só você que é maldosa!
Juuchi conseguiu se desvencilhar,pediu desculpas e saiu correndo, e continuou a chorar.
-Mas que moleque chorão ! Este Juuchi é um fraco !
-Não seja tão severa com ele, Rei-san.Ele é um menino sensível e tímido, ele é tão bonzinho!Ai, eu tenho tanto orgulho do meu filhinho!
-Ele é mimado porque você o protege demais,Tia Namya!
-Ou você que tem inveja porque queria que sua mãe te mimasse assim também?Quer colinho, vem para cá, então !
-Não mesmo, Tia Namya, você não é minha mãe !Inveja, eu, ora esta!

Enquanto isto, no templo, uma massa disforme do tamanho de um bebê saía pela abertura da virilha de Minoko, enquanto ela gritava de dor.Aquela massa cinzenta escorria e ia se avolumando aos poucos, e devagar ia tomando uma forma que lembrava vagamente um bebê humano.Minoko revirava os olhos, tinha calafrios e a dor era tanta que ela parecia que ia desmaiar.Mana e Aika seguravam as pernas dela abertas, enquanto continuavam a proferir as palavras mágicas do ritual.

Agora era um momento crítico: tanto um corpo como o novo podiam morrer,e Minoko ameaçava desmaiar de dor.Se ela o fizessse, estaria tudo perdido e os dois poderiam morrer!
Conseguirão Minoko e Narumeshi sobreviver?
A resposta, no próximo episódio !

(Por continuar)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Espelho da Verdade-Episódio 97

Episódio 97

Ao chegarem ao Santuário,Fushiko pediu a Namya uma conversa a sós no quarto dela.
-Pode falar, Fushiko.
-Namya, eu não quis falar na frente da Kogyo, mas eu vi algo de familiar naquele tal de Isamu.
-Familiar?Como assim?
-Olha, eu, você, a Kareni e a Kogyo éramos todas vizinhas e crescemos como se fôssemos irmãs, não é verdade?
-Sim, mas e daí?O que aquele oficial pode ter a ver com isto?
-O sobrenome dele é Arai, não é isto?
-Ainda não entendi aonde você quer chegar, Fushiko!
-Você não se lembra de um tal de Arai que vivia visitando a casa da Kogyo, especialmente quando o pai dela não estava em casa?Lembra que uma vez nós duas estávamos visitando a ela e a mãe dela no pediu para brincarmos em nossos quartos quando o tal Arai chegou?
-Lembro, mas aquele Arai era mais velho do que este Oficial.
-Pois é,mas acontece que eu fiquei sabendo de rumores de que este Arai que conhecemos naquela época é que seria o verdadeiro pai da Kogyo.
-Você acha que...
-Acho não,tenho certeza, aquele Arai vivia fazendo amor com a mãe dela. Um dia eu os peguei no flagrante, foi muito constrangedor!A mãe dela me fez jurar que eu não contaria para ninguém que ele era o amante dela.Ela inclusive me bateu!
-Entendi, entendi,Fushiko, mas tem peças que não se encaixam aí.Aquele Arai era careca, este que conhecemos agora é mais jovem e não é, ele tem cabelos.Ademais,você deve se lembrar que aquele Arai morreu em circunstãncias misteriosas, eque nós fomos ao enterro dele.
-Ah, mas você não se lembra de um rapaz da nossa idade acompanhando o enterro , meio escondido, não é?Pois eu me lembro e fui xeretar, e ele era filho daquele Arai.E sabe qual o nome dele?Pois eu me lembro! Era Isamu!
-Você está brincando, então o Isamu Arai é irmão dela por parte de pai, que o velho Arai teve com outra mulher?
-Sim, com a esposa dele,pois o safado era casado e tinha um filho quando engravidou a mãe da Kogyo;e o que a mãe dela fez?Tratou de fazer amor correndo com o marido dela para que ele não descobrisse!
-Ih, pelos Deuses, e agora, Fushiko, a Kogyo está apaixonada pelo próprio irmão !
-Irmão que ela nunca soube que tinha e que nunca conheceu!Eu não sei como ela não reconheceu o sobrenome!
-Mas o Isao, você tinha visto a ele  no enterro, mas ele nunca deu as caras!
-É, ele sabia da estória toda e tinha vergonha, e se mudou da aldeia para ir morar em Edo.
-Agora é Tokyo,Fushiko.
-Que seja !Mas temos de explicar para ela, e localizar o Isao, os dois precisam se entender!
-Mas como vamos explicar isto à ela, ela vai ficar arrasada! Está toda sonhadora...
-Mas precisamos, temos de dar um jeito,Namya!
-Mas...espere aí, ele me parece  mais velho que a gente!
-Ele tem só três anos a mais que a Kogyo.Eu perguntei a idade dele na época.
-Entendi,Fushiko.Bom, o jeito então é chamar a Kogyo aqui e explicar a situação para ela.
-Vai ser pesado, mas não podemos deixar de fazer isto por ela!
Fushiko então foi chamar Kogyo, que ainda estava na mais profunda apaixonite.
As duas contaram os fatos à ela.
Ela escutou, chocada, e logo começou a chorar.
-Não é justo, não é justo ! O primeiro homem pelo qual me apaixonei depois do Narumeshi é justamente meu irmão!Não é justo!Vocês tem certeza?Tem certeza disto?
Diante da reação de Kogyo, as duas se entreolharam, com pena dela.
-Sim, amiga, por favor, desculpe.Você não vai poder namorar a ele,é errado, não se pode namorar um irmão.
-E  porque não?E se ele se apaixonar por mim também?Eu não o sinto como meu irmão, ele não cresceu comigo, não conviveu comigo, nós temos o mesmo pai, é só!Pai,meu pai, coitado, enganado a vida inteira, e minha mãe, aquela vadia, prostituta, foi abrindo as pernas para qualquer um,que ódio!Eu tinha de nascer justo dela com aquele canalha?
-Calma, Kogyo, calma!
-Calma, nada, Namya, pombas!Para mim meu pai foi aquele que me criou e me educou e me viu crescer, não aquele sem vergonha que engravidou a minha mãe, aquela cadela ordinária,prostituta !Quer mais é saber?Dane-se! Eu vou namorar a ele sim, e que se dane o mundo, não quero saber, mesmo sendo irmão, e dai?Se me amar é o que me importa!Eu não o reconheço como irmão, ele não tem culpa de ter o pai que teve!E mesmo que fosse irmão de sangue, convivido comigo a vida inteira, se eu me apaixonasse por ele, casaria e teria filhos domesmo jeito! O que importa é o amor!
-Kogyo, você não sabe o que está dizzendo, isto é incesto, não...
-Ah, que se exploda o que os outros acham, o que você acha, não quero nem saber, eu vou namorar com ele, vou abrir minhas pernas para ele e dane-se!
Kogyo saiu do quarto furiosa e bateu a porta do quarto com violência e foi chorar em seu quarto.
-Pelos Deuses, eu não tionha idéia de que ela ia ter uma reação destas!Nunca a vi tão nervosa assim na vida !
-Ela está apaixonada, Namya, a paixão é assim mesmo.Agora,o duro vai ser se ele não a quiser, aí a coisa vai estar realmente feia !
-É capaz de ela matá-lo, Fushiko, é melhor chamarmos as outras meninas aqui e fzermos uma reunião de emergência!
Pouco depois a reunião aconteceu.Depois de muita discussão, resolveram deixá-los tomarem suas próprias decisões.Mas quanto ao que fazer se ele a recusasse, ninguém chegou a um consenso.
Ao saírem da reunião,viram um homem fardado com um bouquet de flores na mão.Ele procurava por Kogyo.Era Isamu Arai!

Isamu também estava apaixonado por Kogyo! E agora, o que as meninas poderão fazer?
Qual será a reação dele quando souber?
Será que os irmãos irão namorar?
Será que Isamu vai aceitar a Kogyo mesmo sabendo que é sua meia-irmã?
Respostas no próximo episódio, não percam !

(Por continuar)

Súmula: Aventuras de Bandi

Sabem o que é uma Súmula?
É como se fosse um resumo de uma obra.O autor corta os trecho que acha menos importantes, e coloca só alguns que considera mais essenciais para o entendimento da obra.
Hoje posto aqui a súmula de um conto meu:"Aventuras de Bandi".O texto original tem 10 páginas, muita coisa foi cortada ou retirada, mas o essencial está aqui,reduzido a 5 páginas somente.
Bom, espero que gostem e...Boa leitura !

Cristiano Camargo

AVENTURAS DE BANDI



Eu me lembro até hoje do meu cachorrinho Bandi.Foi há muito, muito tempo atrás...está bem, está bem, não sou tão velho assim...


Porto Nacional, Tocantins, 1996 :

Uma bela e quente manhã, minha mãe chegou com um presente:
Era um belo e gracioso cachorrinho vira latas,de focinho comprido, e orelhas indecisas, que não sabiam direito se caiam ou ficavam em pé.Era branco e preto, na verdade mais preto do que branco, tinha olhos vivos e inteligentes,temperamento alegre e jovial.
Era um filhotinho de apenas três meses de idade, e estava bastante magro, pois não era um dos mais fortes e maiores da ninhada, e talvez por ser o menor e mais fraco minha mãe tenha se afeiçoado a ele.E eu também.
No inicio, minha mãe queria que ele ficasse no quintal da casa, na verdade, num deles, pois a casa tinha dois quintais separados por uma mureta.Este segundo quintal que ela queria que ele ficasse era cheio de mato alto.
Bandi tinha muita energia e corria feito louco, e adorava brincar mordendo e pulando.Não ligava muito para agrados e abraços ou afagos, mas queria ação, aventura.
Tinha uma força de vontade tremenda e nunca se dava por vencido, quando tinha um objetivo na cabeça.
Ele era tremendamente inteligente e esperto também.
Na primeira noite, como todo filhote novo,chorou tanto que tive de ir busca-lo, e ficar com ele na garagem um bom tempo.
Na época eu tinha acabado de descobrir que eu tinha diabetes, então todas as manhãs eu saia de bicicleta pelo bairro, então em construção , isolado da cidade,cheio de ruas de terra, e o Bandi ia correndo atrás de mim. Brincalhão e danado, ele ficava tentando morder meus pés, me fazendo correr depressa!
E quanto mais eu corria, mais ele corria, e as vezes ele inclusive me ultrapassava!
Um dia, numa destas corridas, uma corujinha, postada em cima de uma árvore, resolveu entrar na brincadeira, e nos perseguia.
Bandi não perdia tempo e tentava agarrá-la em pleno ar, saltando e correndo,parecia que  também queria voar !
Com o tempo, Bandi e a coruja ficaram amigos, e ela sempre nos acompanhava nas nossas corridas, e ela fazia vôos rasantes bem perto do meu pescoço, e então eu desandava a correr mais ainda, e era quando Bandi se sentia desafiado, e me ultrapassava ,nao so´ a mim , mas  à coruja também !
Era um tempo alegre, e nunca vi um cão tão feliz , com tanta sede de liberdade e vontade de viver como ele !
Todos os dias ele tentava pular a mureta que separava os nossos quintais, e revelou-se obstinado com isto.Não parecia ser apenas uma questão de amor ‘a liberdade, ele queria na verdade ficar dentro de casa e nos fazer compania. Penso que ele detestava ficar sozinho e queria sempre nos fazer compania.
Ele não sossegou enquanto não pulou a mureta, e um dia ele conseguiu.E quando ele conseguiu, ele fez tanta festa, estava tão feliz que dava para ver isto na expressão daqueles olhos tão vivos!
Doravante muro algum, por mais alto que fosse, conseguiu dete-lo! Energético e determinado, livre, assim era o Bandi !
Todas as manhãs no entanto , Bandi me acordava.
Bastava a Raimunda chegar e abrir a casa pela manhã, que ele já entrava e ia ao meu quarto. Como minha porta estava fechada,ele começava a bater com a cauda na porta e latir, ate´eu acordar e abrir a porta. Às vezes ele ficava pulando e latindo do lado de fora da janela até eu acordar!
Aí ele vinha alegre, para brincar, e não sossegava enquanto eu não pegasse a bicicleta e saísse com ele para passear.
Uma noite apareceu uma aranha caranguejeira do tamanho de um prato de sobremesa na garagem.Tentei matá-la com a vassoura, mas ela se enfureceu e  me enfrentou, ficando com um aspecto ainda mais ameaçador.
Chamei o Bandi, já que ele adorava caçar insetos, que ali existiam em abundância.
Mas ele era esperto e sabia que aquele bicho não tinha nada de inofensivo,e ficou latindo à distancia, sem enfrenta-la. Ele mesmo parecia amedrontado com ela.Acabei colocando ele para dentro, fechando todas as janelas e portas, e colocando panos fechando todas as frestas debaixo das portas para que a enorme aranha não entrasse.
Porto Nacional era uma cidade típica do Norte do Brasil, e lá, além de um calor fenomenal, e uma multidão interminável de insetos, tinha como característica a cultura daquele povo de nunca prender os cães e eles passearem sozinhos pela cidade. Alguém passear com o cachorro na coleira e corrente  por lá era considerado quase tão estranho quanto um ET.
Mas nem todas as lembranças são tão alegres assim.
Um dia Bandi amanheceu fraco e desanimado.
Eu logo percebi, e ao ver que ele tremia de frio naquele calorão, percebi que ele tinha febre. Ele tinha pegado uma pneumonia !
Levamos , eu e minha mãe , a ele no veterinário, que deu um remédio para ele tomar por algum tempo.
Levamos ele para casa, e ele ficava o dia todo deitado de lado, e fazê-lo comer alguma coisa era tarefa difícil.As vezes ele tentava latir, mas , coitado, o esforço era demais e ele não conseguia. Mas sempre abanava a cauda, ainda que fracamente, quando via a mim ou minha mãe.
Então um dia ele estava estirado no quintal, e eu e minha mãe estávamos muito preocupados, porque a infecção não regredia.
Foi quando chegou a corujinha e se encarapitou no muro, e ficou de vigília por Bandi, e de la não saiu ate´ele sarar.
Ela piava:
-Uu, Uuu !
E Bandi, levantava a cabeça e tentava latir, com esforço.
Os dias foram passando e a Coruja continuava lá, dia e noite, desafiando ele a pegá-la, piando:
-Uu, Uu !
Bandi foi se recuperando e a impressão que ele nos dava era a de que , encorajado pela amiga coruja, ele insistia em viver e lutava contra a infecção com todas as suas forças, pois queria de qualquer jeito pega - la, mas parecia ficar animado em ver que ela estava com ele mesmo naquelas horas difíceis.

Um dia ele levantou a cabeça e conseguiu latir, então se levantou e correu atrás da coruja com a velha alegria de viver de sempre. Comovido, corri para abrir o portão e deixá-lo sair, e lá se foram os dois brincando, um correndo a outra voando.
Quando ele voltou eu o abracei forte, feliz por vê-lo recuperado, forte e saudável!
Bandi acima de tudo amava a Vida e a Liberdade!
Nunca mais caiu doente.Tinha uma saúde de ferro, este Bandi !
E a alegria de viver e a vivacidade que ele mostrava enquanto fazia isto muito me emocionavam, eu nunca vi um cachorro amar a vida tanto assim!
A alegria dele  estava estampada em seus olhos, ele era acima de tudo um cão feliz e de bem com a vida e é assim que eu gosto de me lembrar dele.
Mas infelizmente aqueles tempos felizes estavam terminando, pois eu já não suportava mais a precariedade da vida num lugar assim tão agreste, e queria voltar a São Paulo e ir morar com a minha irmã, que tinha regressado dos Estados Unidos naquela época.
Um dia vendi minhas coisas e coloquei as malas no carro ,tentando esconder de Bandi a minha partida. Mas ele era esperto e sabia que alguma coisa estava errada, e estava inquieto.
Então me despedi dele, abraçando-o com força.Embora eu soubesse que ,é claro, ele não tinha condições de entender o que eu dizia, já que os cães são incapazes de raciocinar,eu precisava desabafar e disse a ele para que cuidasse de si e da minha mãe direitinho,que  eu estava partindo e que um dia voltaria...
Mal sabia eu que não conseguiria cumprir esta promessa e o quão mal eu iria me sentir no futuro por abandona-lo e não conseguir revê-lo outra vez !
Entrei no carro não sem prende-lo na corrente e minha mãe me levou na rodoviária.
Imediatamente Bandi ficou muito agitado, e gemia e chorava como que em desespero, querendo seguir o carro de qualquer jeito.Ele parecia sentir que eu nunca mais voltaria, e eu, por outro lado, ficava preocupado com o que seria dele doravante...
Quando aquele ônibus cruzou a ponte do Rio Tocantins, imenso, tornando o por do sol ainda mais majestoso, eu senti que terminava ali mais uma fase da minha vida e toda a insegurança de um futuro incerto.
As saudades me cortavam o coração, e de certa forma eu me sentia culpado por deixar a minha mãe ali sozinha naquele fim de mundo, mas eu sentia por outro lado que eu precisava ter minha própria vida e era hora de viver sozinho.
Mas o que fazia brotar as lágrimas dos meus olhos eram as saudades de Bandi.O tempo do Tocantins não fora em si feliz, fora um tempo de provações e dificuldades, de isolamento.Mas são os entes queridos, mesmo que nem mesmo sejam humanos, que fazem a felicidade das pessoas e fazem a vida e o lugar onde estamos nos fazer sentido.
Bandi então fez destes tempos amargos um tempo feliz, com lembranças ternas e duradouras, e dentro daquele ônibus cruzando a ponte meu sentimento era o de que eu estivesse abandonando a um filho, para não mais vê-lo.Como no poema de Edgar Allan Poe, nunca mais...
Nunca mais consegui revê-lo em minha vida, e dez anos se passaram, talvêz inclusive ele já não esteja mais entre os vivos, ou se estiver , estará bem idoso.
Mas a lembrança dele ficara no meu coração para sempre, pois ele marcou minha vida como um grande companheiro num dos momentos mais difíceis da minha vida, e me ajudou a agüentar tudo, e da vontade de que ele pudesse ser capaz de raciocinar e me entender, pois a vontade no coração era de agradecer a ele por toda a alegria de viver, o amor a liberdade,o amor a vida, este é o legado de Bandi, ter me ensinado o valor do amor a vida, a lição de que se deve lutar com alegria mesmo sob as piores condições e nos momentos mais difíceis, eis que pois a vida vale a pena viver !
Siga então pela estrada da vida, correndo alegremente ao por do sol, atrás de sua amiga coruja,Bandi, pois e´desta forma que quero sempre me lembrar de você, sempre, e e´assim que minhas lembranças de ti ficarão para sempre no meu coração...


Fim



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