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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sessão Aventura: Vanglorius Volume 2 -Capítulo 57

Capítulo 57:O Choque da Multidão!



-Este é o meu neto!Faz bem,e acredito em você,menino.Eu entreguei o planeta de volta aos Zukkorianos,e olhe o que aconteceu!

-Vanglorius,você continua no fundo,no fundo,o mesmo idealista e sonhador de antes...Antes a vida não me tivesse  te ensinado tanto!

-Ah,Hercallon!Dê uma chance ao garoto!Meu netinho,como me orgulho de você!Quem me dera ter sua idade...

-Muito bem.Agora,Hercallon,continue a nos informar sobre o estado de coisas atual.

-Pois não,Vanglorius.Klonkor não é apenas um tirano louco,ele é muito inteligente.Com certeza sabe que está aqui.E sabe que estamos planejando alguma coisa.Podem notar que a cidade está cheia de soldados.

-Eu vi.Mas nenhum deles me atacou ou quiz me prender.Porquê?

-Porque estão esperando ordens,por isso,garoto.O antigo Palácio Real está muitíssimo bem guardado.A ditadura está forte e sanguinária,com forte censura e toque de recolher.Foram proibidas reuniões civis de mais de vinte indivíduos.Mas há uma brecha:A Festa Anual da Fundação da Cidade; o Dia Colonial.Vai ocorrer daqui a dez dias,e será nossa chance de atacar.Todos na cidade já ouviram falar de você,o reconhecem na rua,mas todos evitam por medo de Klonkor.É a Lei do Silêncio.

-Tem um vídeofone e um computador em casa?Precisamos convidar alguns amigos para esta festa!

-Claro,Vanglorius,fique à vontade.Eles são seguros.

O Herói então realizou uma teleconferência com alguns de seus aliados nas cidades já visitadas e combinou seu plano de ação.Belsara,Colly ,Margil,Lupor, Feromantis e Plusheimer confirmaram chegada para a manhã seguinte.Então o aparelho de Holovisão anunciou uma execução em massa,que iria ocorrer em breve,ainda naquele dia.

-Veja,Vanglorius,eles estão dizendo que aqueles homens e mulheres são criminosos!Eu os conheço,são gente honesta e trabalhadora!

-Sim,eu vejo,Hercallon.Vou para lá salvá-los.

-Cuidado,meu neto.É evidente que é uma armadilha!

-Eu sei,meu avô,eu sei.Despreocupe-se,eu voltarei.

Vanglorius saiu em desabalada carreira até a praça do Mercado,no centro da cidade.Eram doze kilômetros de distância,mas em corrida acelerada ele chegou em quinze minutos,perfazendo uma média constante de  quarenta e oito quilômetros por hora, sua velocidade máxima.E ainda se deu ao luxo de chegar sem ofegar.Sua resistência física era mesmo admirável!

Nos paredões do Mercado da cidade,enfileiravam-se cento e dezoito pessoas comuns,boa parte mulheres ,crianças e idosos.Dez soldados Troglons equipados com rifles lazers de tiro único(um tiro por disparo,incapaz de rajadas),mas com carga para atirar até vinte disparos sem precisar recarregar,estavam prontos a atirar.O Comandante deles estava para dar a ordem da execução,quando viu o brilho da famosa Espada Sagrada em meio a multidão.

-Vanglorius!?Veio salvar esta gente?Sacrifique-se por eles então!

-Eu o impedirei!

-Ah,mas antes de matar esta ralé,quero lhe matar primeiro,escravo!Minha arma é esta corrente,de puro aço cromo-vanádio.Nenhum soldado troglon usa melhor uma corrente do que eu!Ninguém consegue romper minha corrente!Tome!

A corrente voou para cima de Vanglorious ,e se enroscou na espada.Ele deu um sacão com muita força,e o atrito da lâmina com a corrente rompeu a segunda.O Comandante ficou boquiaberto.



Os condenados irromperam em aplausos,para a fúria do Comandante,que gritou:-Soldados,abram fogo contra este escravo!.Apontaram e atiraram contra Vanglorius,que interceptou os tiros com facilidade.As armas logo silenciaram.



De braços abertos,de espada na mão,com um aspecto ameaçador,e urrando como um animal,Vanglorius investiu contra os soldados,que largaram as armas e correram o quanto puderam.A multidão caiu na risada.

O Comandante jogou seu punhal,que fincou na omoplata direita de do Herói.Ele olhou para trás,e começou a fazer estranhos movimentos com os músculos dorsais.Sua força era tamanha que expulsou o punhal de seu corpo,sem usar as mãos!Depois,voltou-se para o Comandante amedrontado.Levantou-o do solo pelo colarinho e berrou a plenos pulmões:

-Como se atreve a me enfrentar,seu ninguém!?Heim!?Estúpido!Eu vou,eu vou,eu vou dar um nó em seu cérebro,seu covarde!

Branco como cêra,o troglon dirigiu seus olhos arregalados para baixo:a calça de seu uniforme estava encharcada ,tal era o seu pavor!

Com um urro,Vanglorius colocou o troglon de costas para si,e expremeu  com as duas mãos,uma de cada lado das costas dele,espondo ao ar a coluna vertebral dele.Ele prendeu o militar entre as pernas, agarrou a coluna de sua vítima com uma das mãos,e com esta mesma mão nua,simplesmente arrancou das costas do Comandante sua coluna vertebral inteira,jogando –a fora na rua,com parte das costelas aparecendo também,só permanecendo interligadas ao corpo as partes fixadas `a bacia,e ao crânio.Uma sopa de sangue se fez.O Comandante estava morto.A multidão, chocada, apavorada com o nível de brutalidade e violência que aquele herói era capaz.Desta feita não houve aplausos.E logo Vanglorius caminhava pelas ruas  já tranqüilo,como se nada tivesse feito.Mas não esqueceu-se de libertar os escravos,só depois do choque, com medo dele,o aplaudiram .Porém, logo a multidão ficou apreensiva novamente.Eles estavam apavorados.Tinham de escolher entre um Herói –monstro descontrolado e imprevisível, ou a Fúria de seus Dominadores!

Foi quando fortíssimos jatos de água irromperam pela multidão,arrastando as pessoas nas ruas e ferindo muitas delas gravemente.Eram blindados de batalha troglons que cercaram a praça,numa clara armadilha.Vanglorius estufou o peito com orgulho e avançou contra o jato de altíssima pressão,que batia em seu peito,e ricocheteava.Ao invés de jogá-lo para trás,o Herói é quem avançava,mais e mais,por mais que se aumentasse a pressão.Dois jatos agora lhe atingiam,três,quatro,cinco blindados tentavam fazê-lo recuar ou tombá-lo,mas Vanglorius parecia feito de aço.Seis,sete,oito,dez jatos formavam uma parede de água contra ele,mas ele continuava se aproximando deles,com as duas mãos segurando a Espada,erguida,apontando para o alto,e então,apontou-a para um dos blindados,acima  dos jatos e disparou em intensidade máxima.Os tiros foram tão fortes que explodiram,um a um,todos os dez blindados.Uma tropa de cem soldados lançou-se sobre ele,que colocou a espada no modo rotativo e promoveu um verdadeiro massacre.Logo havia pedaços de troglons espalhados por toda a praça.Só um foi poupado,para que contasse o acontecido.Vanglorius limpou-se do sangue dos inimigos espalhado em todo seu corpo na fonte da praça,e voltou para a  casa de Hercallon.



Ao chegar lá,Solaris o questonou:

-E então,como foi?

-Ah,vô,diverti-me um pouco.Nada de mais.Devo ter matado por volta de uns cento e vinte soldados,uma pequena armadilha.Mas conquistei sem dúvida a simpatia da população,que parece agora disposta a colaborar comigo.

-Está vendo,Hercallon,este é meu neto!Quanta alegria e orgulho me dá!

Porém, os troglons tinham filmado tudo, e o combate de nosso herói contra os troglons apareceu na Holovisão.

Hercallon e  Solaris assistiram a tudo estarrecidos.

-Vanglorius ! Você exagerou na violência, moleque! Olhe o que você fêz! Olhe como a população ficou?Você não entende que precisa aprender a se controlar?

-Meu avô, eu fiz o que era preciso para vencer, e venci!

-É mas, abusou de seu poder, da violência, o povo agora tem medo de você!Matasse o Comandante  com um soco, mas precisava arrancar a espinha com ele vivo?Isto é tortura!

-Eles não torturam o povo, meu avô?

-Sim, mas você é um Herói, não pode agir igual a eles !

Disse Solaris, preocupado.

-Seu avô tem razão, Vanglorius,eles podem usar isto como propaganda contra você!

Sem argumentos, o Herói pegou o avô pelo colarinho e gritou, colérico:

-Deixe-me em paz, velhote !

E foi ao quarto dele, bufando.

-É uma criança, uma criança ainda, ah, Hercallon, o que fizeram com ele, o que estes Zukkorianos fizeram com ele para ele ficar deste jeito...e se ele sair do controle?Quem irá nos defender dele?Será que ele está mesmo preparado para ser o Herói Libertador?

-Ele vai amadurecer, Solaris, dê tempo ao tempo,confie nele!Ele logo irá cair em si e se arrependender, e deixará o orgulho de lado e pedirá desculpas.Eu convivi com ele todos aqueles anos e sei muito bem como ele é!

-Toamara que você tenha razão, Hercallon, tomara, porque estou muito, muito preocupado...

(Por continuar)