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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Espelho da Verdade Volume 2-Episódio 188

Episódio 188



-Posso saber porque você e sua esposa querem colocar em risco suas vidas?Mesmo com todas estas proezas, nem o Clã Tamassuki, nem o Clã Soryu são para se subestimar...

Disse o Magistrado, apreensivo.

-O senhor já ouviu falar do clã Nagyo?Eu sou Narumeshi Nagyo e a minha esposa  é Minoko Nagyo...

-Ah, sim, um clã de uma outra cidade que caiu em desgraça aqui por ter mexido com o Clã Soryu!Então, você é...

-Sim, o filho de Osamu Nagyo!

O Magistrado fitou Narumeshi espantado, e a multidão também soltou uma exclamação de surprêsa.

-Então finalmente o Clã Nagyo veio para reestabelecer sua honra!Muito bem,Narumeshi-san, e demais convidados, sejam bemvindos, agora entendo  e aprovo sua missão.Bom,vocês devem estar todos cansados, venham, vamos levá-los ao melhor Hotel da cidade, onde se hospedarão e comerão de graça!São nossos convidados de honra!

-Ah, o senhor se esqueceu de nos dizer o seu nome...

-Eu sou Hideki Amagawa, ao dispor de vocês, Magistrado da cidade,senhora Minoko Nagyo!

Ele então conduziu a todos para o Hotel...Amagawa!

Além de Magistrado, ele também era o dono do melhor Hotel da cidade!

Lá cada membro da trupe pôde desfrutar de seu próprio quarto. Após um banho e de se arrumarem, foram todos na praça em frente ao Hotel, onde a Festa popular ocorria em homenagem a eles.

Todos se fartaram de comer, e os adultos a maioria deles ao menos, beberam até cansar,e, depois, foram todos dormir, estavam absolutamente exaustos.

Só foram acordar na manhã do dia seguinte, e lhes foi servido um lauto café da manhã.Terminado o desjejum:

-Preciso ir encontrar a Tsune e desafiá-la!

-Mas papai, o senhor nem treinou ainda...não acho que já esteja pronto! E você também, mamãe, precisa treinar mais!

-Mas, filha...

Disseram Narumeshi e Minoko , em uníssono.

-Nada de mais, seus molengas ! Acabou esta estória de me chamar de filha! Agora sou a Sensei de vocês dois!Vamos lá fora treinar!

Rei estava determinada a treinar os dois.

Os três foram para fora, e curiosa, o restante da trupe foi assistir.

-Minoko-san, você vai lutar com o Narumeshi-san, será um contra o outro!

-Mas precisamos de espadas de madeira!

-Não, vai ser com espadas de verdade ! Vamos !Disse Rei, diante do protesto da mãe.

-Mas é muito perigoso!Podemos nos ferir sériamente!

-Cala a boca e luta, Narumeshi-san! Vai dizer que não quer lutar só porque ela é mulher?Sua adversária será mulher, esqueceu?Depois, é para machucar mesmo,vocês dois, sabendo que podem se machucar, lutarão com o máximo de empenho para sobreviverem!Agora anda, vamos !

Marido e mulher se encararam.Mas o duelo não saía!

-Ah, haja paciência !Fuu, vá buscar um tição aceso para mim!

-Eeee?

-Vai, garota-raposa,anda !

-Você não acha que está muito mandona hoje, Rei-chan?

-Não me incomode, Fushiko, fica quieta !

Fuu buscou o tição.

Rei o pegou na mão e o passou perto docalcanhar de Narumeshi.

-Vamos, é hora de lutar!

-Filha...

Rei avançou com o fogo e o pai dela sentiu o pé dele queimando .Ele deu um pulo de dor, e acabou atacando sem querer, ao que Minoko se defendeu.

-Olha a postura, voc~es dois! Corrijam! Minoko, agora reaja, vá!

E o tição passou pertinho dos pés da mãe de Rei, que teve de avançar.

Finalmente os dois começaram a cruzar espadas.Minoko sabia que o nível dela era superior ao de Narumeshi, e avançou confiante.Este reagiu, e começaram a aumentar a velocidade dos golpes e as lãminas zuniam em seu balé mortal.

-Vocês estão muito devagar, precisam de mais velocidade, vamos!

Gritava Rei, dançando com o tição para os pés deles, que eram obrigados a saltar evitando o fogo, e ao mesmo tempo tinham que evitar serem atingidos um pelo outro.

-Vamos, vamos, maisrápido, mais rápido!

E o tição dançava, e eles saltavam cada vez mais alto e mais rápido, e foram, aos poucos , adquirindo melhor velocidade  e agilidade.

Ao terminar o treinamento, ao anoitecer, estavam lépidos e ágeis como gazelas.Por fim, eles empataram, com as lâminas encostadas no nariz um do outro, e Rei aplaudiu.

-Muito bem, muito bem! Agora sim estão prontos !

mAs o casal estava exausto, com seus kimonos ensopados de suor, e os corpos exauridos, sem falar que capotavam de fome, pois não tinham almoçado nem jantado.

No dia seguinte, após o café da manhã, eles resolveram partir.

-Que bom que o Senhor Amagawa nos deu a localização das mansões dos dois Clãs!

-Sim, Narumeshi-kun, pena que cada uma seja de um lado da cidade.Bom, a Rei vai comigo, e a Kin vai contigo, apenas para nos salvar se for preciso, mas acho que não será!

-Também acho que não,Minoko-kun!Boa luta para você!

-Boa luta para você, meu marido!

Ambos se despediram com um selinho,e foram cada um caminhando para um lado.Kurumi tinha comprado para os dois duas wakizakis na cidade, as espadas curtas dos samurais, para complementar as katanas que já tinham, e eram de excelente qualidade.

Narumeshi seguia meio inseguro.Preferia que Rei fosse com ele, mas ela tinha de ficar ao lado da mãe. Não confiava que Kin pudesse ter habilidade suficiente para salvá-lo caso precisasse.

Ao bater no portão da Mansão Soryu, ele estava bastante nervoso.Uma aia o atendeu,acompanhada de dois corpulentos samurais mal encarados.

A aia pediu que ele se sentasse de pernas cruzadas  no grande salão de recepção, e  dali há pouco, uma figura de uma samurai feminina afastou a cortina e apareceu na sua frente.Era uma mulher belíssima, mas, para a decepção de Narumeshi, bastante magra e de seios pequenos, mas com braços e pernas musculosos, sinal de intenso treinamento diário.Ela carregava, como ele, uma katana e uma wakizaki magníficas.

-Narumeshi Nagyo, é este seu nome?

A expressão do rosto dela era muito compenetrado e sério.Seríssimo.E o olhar era feroz como o de um tigre,de uma severidade como nunca antes ele tinha visto em mulher alguma.

-Sim, isto mesmo.

-Tsune Soryu.Soube que você veio me desafiar para reestabelescer a honra de sua família, estou certa?

-Sim, está.

-Você compreende, Narumeshi Nagyo, que se realmente quiser me desafiar, este desafio será até a morte?Pense bem,para não morrer inútilmente, pois sou extremamente experiente, hábil e bem treinada, e estou invcta ainda.Além disto, as acusações de que sua família nos faz são totalmente infundadas.No meu entender, você deveria estar desafiando o Clã Tamassuki, não o nosso.Ainda quer me desafiar?

-Tsune Soryu, Senhora do Clã Soryu, eu, Narumeshi Nagyo solene e oficialmente a desafio para um duelo até a morte !

O olhar de Narumeshi era desafiador e auto-confiante, mas escondia desesperadamente seu nervosismo.Parecia estar assinando sua sentença de morte !

-Narumeshi Nagyo, filho de Osamu Nagyo, Senhor do Clã Nagyo, eu Tsune Soryu aceito solene e oficialmente seu desafio!Ah, sim, e esta garota ao seu lado, que e?

-Kin Shimizu, acompanhante e observadora dele.

-Tudo bem. Podem me acompanhar até o Pátio Central, onde o duelo se dará.

Os dois acompanharam Tsune até lá.

A mansão era gigantesca. Não havia dúvidas de que os Soryu eram muito ricos e poderosos.O próprio pátio era tranquilamente grande o suficiente para comportar uma praça!

Kin ficou a uma boa distãncia dos dois, e sentou-se no chão.Ela também estava aflita e nervosa. Ela podia sentir só de olhar: Ela não será páreo para Tsune, e tinha a plena sensação de que Narumeshi iria morrer.

A única esperanç dele, aliás, estava na espada que Rei lhe emprestara, enfeitiçada com o espírito de Mutsumi.Ele esperava que este espírito lhe emprestasse a habilidade necessária para vencer sua adversária.

O olhar de Tsune era de uma plácida ferocidade, lembrava agora, pela sua gélida expressão, uma cobra venenosa.Não havia neste olhar uma simples auto confiança, mas uma certeza absoluta.E ela não estava ali para brincar, ou para lutar mais ou menos, era para valer e era sério. A intenção dela era assassina!



A luta inalmente iria começar!

Será que Narumeshi irá morrer?

Conseguirá Kin salvá-lo?



Saibam no próximo episódio !



(Por continuar)