Foto ilustrativa

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Minissérie:Teeny Mommy- Episódio 8




Episódio 8


Karin enterrou a cabeça entre os joelhos, cruzou os braços por cima do rosto e desandou a chorar convulsa e desabaladamente.
Suguru olhou para ela como se fosse o mais severo e tradicionalista juiz do mundo, e ela se desesperou mais ainda.
Ele baixou os olhos e grossas lágrimas corriam do rosto dele.
Natsuki o empurrou, abrindo caminho para que pudesse abraçar a mãe, em desespêro.
Para dor maior ainda de Karin, Suguru bateu a porta, virou as costas e foi para o quarto dele.
-Mãezinha, calma ! Calma, não fique assim,eu estou aqui com você !Disse Natsuki, acariciando os cabelos de Karin,e a abraçando forte.
-Eu perdi o Suguru ! Ele me odeia! Ele me odeia!Eu...eu não podia sentir desejo por ele, mas....mas eu sinto !Eu estou tão envergonhada de mim mesma !
-Mãe, não é assim, é que para ele foi um choque, só isto, mas ele vai se recuperar, você vai ver!
-Não, Natsuki, você não entende?Eu o decepcionei! Eu traí o amor de filho dele por mim, por isto eu...eu o perdi para sempreeeee!Uuuuuuuuuuh!
-Mãezinha, a senhora está levando ele muito a sério.Ele só precisa de um tempo para ele, mas ele vai entender.Ele precisa ficar só um pouco, mas ele vai entender!Você não o perdeu não ! Os laços de mãe e filho não são tão frágeis assim !
-Filha, você consegue entender como eu me sinto?É como se eu tivesse me oferecido inteira para ele e ele tivesse me rejeitado.Eu fui rejeitada pelo meu próprio filho e eu...como me envergonho...estou subindo pelas paredes de tanto desejo por ele, mas ele não sente nada por mim e me rejeitou, ele não me ama, é incapaz de me ver como mulher,ele só quer a mãe, não a mulher por trás dela, entende, filha?E eu me sinto culpada, por que ele...ele nasceu de mim, deste colo que anseia por ele, ele saiu daqui, como você, e mamou nos meus seios, como você,ele, como você, veio de mim, do meu íntimo mais íntimo, e eu...eu queria tanto que ele voltasse tanto para aqui dentro, senti-lo dentro de mim , como o senti na gravidez...
-Eu entendo, mamãe...e a senhora se sente culpada por estes sentimentos tão lindos, que na verdade são o mais puro amor, uma coisa tão linda...
-Obrigada, filha,eu..eu te amo, sabia?
-Eu também te amo, sua boba!Olha, já que não foi desta vez ainda,você me permite...entrar aí no lugar dele?
Karin fêz que sim com a cabeça.
Natsuki então beijou Karin na boca, com selvageria, e as duas começaram a fazer amor entre si.
Mas Suguru estava transtornado ! Não sabia  mais o que pensar, e tentava expulsar as imagens tentadoras e a voz sedutora de Karin arfando e gemendo sensualmente de sua cabeça, e não conseguia.Sentia-se culpada por ter ficado excitado ao vê-la naquelas posições tão íntimas e devassadas,chamando por ele, sonhando que fazia amor com ele, clamando por sexo com ele, com tanto desejo-ele parecia enlouquecer de tanta culpa!
Ele se recusava a aceitar aquilo,não, ele não podia,aquilo era sagrado, proibido, e ele se torturava mergulhado nas trevas das chagas de sua angústia, que o consumia como um leão insaciável a devorar-lhe a alma e o coração sem parar!
Não conseguiria mais dormir a noite inteira, e no dia seguinte, a reação parecia automática:tanto ele como Karin se viravam de costas um para o outro, mudos, de olhos rasos, num gêlo difícil e quebrar.Karin sequer teve ânimo para ir para a escola, e finalmente ,algum tempo depois, seu período de folga terminou e ela tinha de voltar para o trabalho.
Arrasada com a frieza de Suguru para com ela, ela se vestiu e pegou o carro para ir trabalhar, esquecendo-se totalmente de que estava com o corpo de quinze anos, mas mente de trinta e um.
Ela teve sorte, não havia nenhum bloqueio policial na ida, e estacionou no prédio do trabalho.
A segurança estranhou aquela adolescente, com o cartão de funcionária, passando na catraca normalmente e tomando o elevador.Acharam que fosse filha de alguma funcionária que tivesse subido para buscar alguma coisa.
Ela estava tão distraída que nem percebeu que todos olhavam para ela com estranheza.Algumas pessoas a reconheciam, mas a acharam diferente, alguma coisa não batia direito com ela, e não sabiam exatamente o quê.

(Por continuar)

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