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domingo, 20 de março de 2011

O Espelho da Verdade Volume 2-Episódio 125




Episódio 125

-Ei, eu também existo, gente! Ninguém liga para mim !
Fushiko, ainda toda estropiada,estava jogada no chão, num canto,como se fosse um pano qualquer.
-Ah, cala a boca, Fushiko!Não vê que a Rei está grávida?
Mas Aika, sempre sensível e piedosa,percebeu que Fushiko sentia dores fortes e não conseguia se mexer , devido aos ossos da bacia separados rudemente e os demais ferimentos advindos do estupro,e resolveu socorrê-la.
-Eu vou te curar, Tia Fushiko!
Aika iniciou  seu feitiço de cura, e em poucos minutos,não havia nem traços de que Fushok tivesse sido violada.Tinha até ficado virgem de novo!
-Obrigada, Aika-san, você é uma boa amiga! Me sinto novinha em folha!
-De nada, Tia Fushiko,imagine.Vamos nos reunir com as outras para decidirmos a situação da Rei.
Quando as duas se juntaram ao resto da trupe,Minoko dizia:
-Acho melhor tirarmos este bebê da barriga dela!Ele carrega a herança do Demônio!
-Não, é melhor o matarmos depois de nascer, pois ele já está muito grande e pode arriscar a vida da Rei-san!
-Pensando melhor, acho que você tem razão,Chitose.Eu mesmo matarei esta criança então.
-Gente, vocês não estão esquecendo alguma coisa?A Rei-san foi abusada, precisa antes de mais nada ser curada,ela está sentindo dores fortes!
Minoko e as demais olharam para Rei, diante das palavras de Fushiko.
-Pode deixar, filha, eu te curo!
-Minoko, pare!Se curá-la agora, irá curar o bebê também!
-Ih, é mesmo Kurumi, mas não posso deixar minha filhinha sentindo dores...bom, depois que nascer a gente vai matar o bebê mesmo, entáo tudo bem, não faz diferença!
Disse Minoko,tratando de fazer o procedimento mágico de cura na filha, que levou também rápidos minutos.
Agora sim Rei podia deixar de gemer, e falar normalmente, e o que ela disse foi uma surpresa para todos:
-Não! Eu não vou deixar que matem a minha filha! Ela é minha, está crescendo dentro de mim, e eu a quero!Ela pode ser fruto de um demônio, mas é só uma criancinha, e se a educarmos, como eu quero, para o bem, ela não nos fará mal!
-Filha!Mas...
-Não, mãe, está decidido! E se alguém for contra, especialmente a senhora, eu fujo e vou ter esta filha sózinha!
O instinto maternal corria célere nas veias de Rei, que queria defender sua cria de qualquer jeito.Foi quando Juuchi interveio:
- Tia Minoko, eu ainda não sou adulto , como ela,mas eu amo a Rei-kun, então, apesar de esta filha não ser minha, eu a assumo como pai,desde agora!
Seguiu-se um "Oooooooh" geral de espanto.
Rei ficou comovida com o  corajoso gesto de amor de Juuchi.
-Juuchi-san, você tem certeza?Tem idéia do tamanho da responsabilidade envolvida no seu gesto?
-Tenho sim,Tia Minoko!Eu vou cuidar das duas com o sacrifício da minha vida, se necessário!Agora, Rei-san,logo  ela vai nescer.Vamos escolher um nome.Posso sugerir Ayaka?
-Ayaka?Huuum..significa "flor colorida", não é isto, Juuchi-kun?
-Isto mesmo, Rei-kun.
-Então está resolvido.Nossa filha irá se chamar Ayaka!
-Outra decisão que quero tomar, mas que preciso compartilhar com você,Rei-kun ,é a seguinte:o que acha de ela nunca saber quem foi o pai verdadeiro?Afinal,se ela um dia souber que sua mãe matou o pai dela, pode querer se voltar contra não apenas a Minoko, mas contra todos aqui!
-Eu concordo,Juuchi-kun, diremos que o pai é você.
-Rei, será que vale a pena mentir a vida inteira para sua filha?Pense bem, esta é uma decisão arriscada!
-Eu sei, Tia Namya, mas estamos pensando na segurança de todos.Ela é meia-demônio, então será uma maga poderosa, e se tomada pela revolta...
-Mas e se um dia ela descobrir a verdade?
-Ah, Tia Chitose, quem irá contar a verdade para ela, sabendo que ela pode vir contra todos nós?Ninguémvai contar nada, só nós sabemos e ela nunca saberá a verdade.
-O Juuchi -san tem razão.Esta é uma verdade que ela não pode , nem deve saber jamais, ela não precisa saber.Nunca.
Disse Minoko.
-Ai!Aai!Aaaaaai!
Gritou Rei, de repente.
-As contrações, começaram ! A Ayaka-san vai nascer!
Disse Minoko, aflita.
-Eu faço o parto,pode deixar!
Adiantou-se Mira.
Enquanto isto, longe dali:
-Queremos, papai!Iremos seguir o senhor para onde quer que o senhor vá!
Disseram as duas gêmeas em uníssono.
-Muito bem, então por favor vocês duas arrumem suas trouxas com as suas roupas e vamos embora daqui!Vamos para Matsumoto!Vamos partir amanhã bem cedo!
-Eeeeeh!Gritaram as meninas.
Elas estavam felizes , pois nunca tinham saído daquela região remota, e a idéia de conhecer todo o país as alegrava muito!
Narumeshi abraçou suas novas filhas, e cada uma lhe deu um beijo de cada lado do rosto.
-Bom, crianças, agora é hora de ir dormir.Eu vou dormir onde o avô de vocês dormia, e vocês dormem no quarto de vocês.
-Aaaaaaaaah!
A decepção delas estava estancada na cara.
-Ei, ei, que cara é esta, meninas?Vai dizer que vocês estavam pensando em dormir comigo, na mesma cama?
-Adivinhão ! Disse Nanase.
-Ah, não, nem pensar.Podem esquecer.Agora vão, direto para suas camas,vão!
As duas fecharam a porta do quarto delas, resmungando.
-Nanase, será que o papai vai nos levar para conhecer o mar?Eu sou doida para conhecer o mar !
-Não sei, Nanami, acho que sim.Se pedirmos para ele com jeitinho, duvido que ele não nos leve!
-Ebaa!Mas papai é chato, não?Dormir separado da gente...
-Vai ver quer dormir mesmo,ele sabe que se a gente ficar na cama com ele não vamos deixar ele dormir mesmo,Nanami !
-Mas ele esquece, que na estrada, não vai ter jeito, vamos ter de dormir todos juntos,Nanase!
-É verdade!Não vejo a hora de chegar o dia de amanhã!
-Ó, tenho uma idéia: vamos esperar ele dormir , e depois, no meio da madrugada, a gente invade o quarto dele, o que acha,Nanami?
-Perfeito!Acho perfeito, Nanase!
-E o que faremos enquanto não chega a hora?
-Isto!
E Nanami beijou a irmã na boca com sofreguidão, e esta correspondeu ao beijo.
Neste meio tempo, Narumeshi, em sua cama, morria de saudades de Minoko, Rei, e toda a trupe,e não via a hora de revê-las.
Distante dali,não havia tanto silêncio.
Os gritos de Rei ecoavam pelas montanhas, enquando ela fazia um esforço descomunal para dar à luz sua criança, com dores terríveis.Mira fazia todo o esforço para tirar a bebêzinha dali, e toda a trupe ajudava como podia.Finalmente se ouviu:
-Unheeeé!Unheeeeeé!
Ayaka acabara de nascer, e era pequenina.Sua pele era alva como a de Rei, mas na cabeça despontavam, pequeninos, dois chifrinhos, e uma cauda de demônio também.
Seus cabelos, no entanto, eram vermelhos como fogo, assim como seus olhos.Minoko lavou a bebê com cuidado e a entregou nos braços de Rei, que emocionada, com lágrimas nos olhos,soltou um largo sorriso, e logo pôs-se a dar de mamar para a pequena Ayaka.

Será que Ayaka será confiável?
Conseguirá Narumeshi encontrar a trupe?
Caso consiga, o que aconteceria com Minoko se soubesse que além de ter uma filha e uma neta adotadas, teria de adotar mais duas filhas?
Ou pior, o que ela faria quando visse as duas gêmeas agarrando  Narumeshi eróticamente?
Respostas, no próximo episódio !Não Percam!

(Por continuar)

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Moderado por Cristiano Camargo