Foto ilustrativa

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sessão Aventura: Homem Mau, Lobo Bom-Capítulo 3

Capítulo 3: Fewh em perigo !



Neste meio tempo, Fewh estava pronto para perseguir um coelho gordo. Ia dar o bote. Do meio das folhas secas , muito bem escondida, a raposa vermelha só esperava sua caça aproximar-se um pouco mais, para ficar ao seu alcance. Em silêncio absoluto.
Mas também o coelho era desconfiado. Sempre inseguro, saiu de sua toca , tenso e cuidadoso.
Surprêsa ! Repentinamente Fewh atacou.
Mas o coelho, tomado pelo susto, percebeu a raposa uma fração de segundo antes do bote dela se completar e começou à correr em desabalada carreira bosque afora, por sua vida, com Fewh firme em seu encalço . Fewh estava tão próximo que o coelho podia sentir seu hálito . Curvas e saltos espetaculares, à esquerda e à direita, velocidade, aceleração furiosa e a luta pela vida permanecia encarniçada . Até que o coelho se viu cercado. Não havia, devido à sua velocidade, mais tempo para frear. À sua frente uma dentuça alva e afiadíssima o esperava. E Fewh atrás .
A raposa aproveitou a tentativa desesperada do coelho para frear; e abocanhou-o pouco acima da altura da bacia. Também correndo muito, não tendo como parar, capotou violentamente, rolando varias vezes no chão , acabando por parar aos pés daquele intruso que cruzou seu caminho e o do coelho. Ouviu um miado agudo e feroz, vendo  dentes alvos colocando-se à mostra. Era um Lince, dos bem grandes; e Fewh sabia que contra ele não teria chances numa luta. Ele queria tomar-lhe sua caça , parecia ameaçar tirar-lhe também a vida.
As garras retráteis do felino mostraram-se. Ia atacar.
Ataque!
Em apenas uma mordida, quebrou o pescoço do coelho, matando -o e tomando -o para si. E Fewh estava em uma tremenda enrascada. Arreganhou seus dentes, uivando em seguida por socorro.
O lince , sentindo que talvez Fewh quisesse o coelho de volta, atacou. Fewh num átimo conseguiu desviar-se, recebendo no entanto uma unhada na omoplata direita. Sangrando, ele viu que não iria conseguir escapar por muito tempo. Ao fugir, caiu em uma depressão do terreno.
E o lince, após persegui -lo  preparava-se para o golpe de misericórdia . Não iria errar outra vez.
Soou como um rugido:
-Ei, Lince! Porque não procura alguém do seu tamanho
para uma luta justa? Porque não enfrenta à mim? Ou você por acaso não passa de um gato gordo ?
-Miiiiirrrr! Akilah! O grande lobo, não é ? Vou mostrar -lhe quem é o gato gordo!
-Sim, como sabe meu nome? Venha, mostre então? Vou lhe mostrar do que um lobo é capaz !
-Todos o conhecem, seu valentão . Acha que pode corresponder à sua fama? Veremos...Já enfrentou um lince antes, lobo atrevido?
-Não !Porquê ?
-Porquê na floresta vizinha já matei outros de seu tipo. Eles eram jovens, pouco mais que filhotes, mas você não . Vai ser novo para nós dois ! E só um sairá vivo desta luta !
Frente `a frente ambos se olhavam, em alerta total. Akilah sabia que deveria esperar o lince atacar primeiro, sua longa experiência em combates, vitoriosos sempre, assim o aconselhava. Mas o lince também era bastante experiente nestas coisas e igualmente esperava, com a mesma paciência de seu adversário, o primeiro golpe.
Fewh, esperto que era, percebeu que desta maneira o confronto poderia demorar muito à acontecer, e , com fome, resolveu desta maneira forçar uma ação precipitada do lince. Era arriscado, mas ele estava ciente disto. Correu por trás do felino e mordeu - o na perna traseira esquerda, fazendo-o saltar de dor para perto do lobo e escapando da zona de perigo rápidamente .
O lince caiu no solo, tendo sido este seu primeiro golpe.
Akilah só então atacou. Suas mandíbulas abriram-se rasgando os músculos de uma das pernas do felino, que urrou de dor; e saltou de lado, saltando de novo por trás do lobo, que girou ágil e rápido nos calcanhares , desviando-se não sem levar uma unhada na altura da bacia. O lobo reagiu, rasgando a orelha de seu adversário em tiras, levando parte da musculatura que a erguia também . Recebeu do lince uma dentada lateral da base do pescoço, junto a perna dianteira esquerda, respondendo com outra no peito do gato selvagem, que agora estava de costas no chão, arranhando-o no rosto e nas pernas. Ambos estavam ensangüentados. Até que Akilah acertou uma mordida fatal no pescoço do felino e o sangue espirrou rubro com forte pressão . O lince estava morto.
-Pronto, Fewh. O coelho é seu. Boa caçada a sua!
-Devo agradecer-lhe, Akilah. Salvou a minha vida! Agora a dívida de gratidão é minha!
-Apenas paguei a minha, amigo. Esqueça este tipo de coisas. Permanece podendo contar comigo à qualquer momento, comigo e minha alcatéia. Tem a minha lealdade.
-Acho difícil você precisar de ajuda, mas se for o caso, conte com a minha lealdade também. É só uivar!
-Posso precisar sim. Agradeço . Boa caçada !
-Boa caçada !
E Akilah seguiu seu caminho,enquanto Fewh devorava sua refeição.

(Por Continuar) 




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