Foto ilustrativa

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Minissérie: Sensibilidade de Viver:Soryu-Episódio 2




Episódio 2



Kazuo então mais tarde colocou as malas na van de Momiji, e  levou os dois pombinhos para  a estação ferroviária.Megumi estava muito triste , pois não queria se separar de Otaru, à quem ela amava e estava namorando,mas Kazuo não deixou que ele fosse.
Logo Lune,  Takeo,  Ryu e  Megumi estávamos no shikansen,o trem bala, cruzando as estradas de ferro a trezentos quilômetros por hora, e nem sentimos a viagem passar.
Não demorou e chegávamos em Nagoya. Ao sairmos da estação, Takeo apontou para uma Mercedes preta enorme, estacionada na frente da plataforma de desembarque.
-É o motorista do meu pai. Vamos lá !
Disse Takeo.
-Eu não sabia que seu pai era tão rico, amor!
-Olhe atrás do seu relógio, amor. Olhe o que esta escrito na bateria dele.
-“Baterias Soryu”.Ah, então seu pai é fabricante de baterias de relógios?
-De relógios, celulares,telefones sem fio, para todo tipo de eletroeletrônicos.
-Huum, entendo, por isto ele disse que o negócio do meu pai é pequeno.Mas então, porque se mudou daqui, amor? Seu pai disse que você é rebelde...queria que me explicasse melhor!
-Depois, amor, vamos entrar no carro, pois estas coisas tem de ser em particular.
Logo o carro estava percorrendo as ruas do bairro mais chique da cidade, e chegaram a casa dos Soryu.Lune ficou estupefata: era enorme !
Uma mansão no mais tradicional estilo antigo japonês, típico de famílias muito tradicionalistas. Os portões se abriram, e o carro parou em frente da porta principal da casa principal, já que haviam várias no mesmo terreno,
Um mordomo esperava por eles, e várias criadas apareceram para pegar as  malas deles.
-O senhor Takeo , o senhor Ryu e a senhorita Megumi ficarão hospedados na casa principal.De acordo com as ordens do senhor Hayao Soryu, a senhorita Lune Tamassuki ficará hospedada na casa de hóspedes.Ainda de acordo com as instruções dele, como o relacionamento do senhor Takeo e da senhorita Lune ainda não foi oficialmente aprovado pela Família Soryu, até que esta aprovação ocorra oficialmente fica proibido qualquer contato mais íntimo entre os dois. Segundo o meu senhor, até lá a senhorita Lune será considerada oficialmente pela família Soryu como uma simples amiga dele, e como tal deverá se comportar enquanto estiver como hóspede na residência Soryu.As criadas aqui presentes conduzirão a senhorita Lune para a casa de hóspedes, onde elas a vestirão de acordo com a maneira tradicional, para a apresentação oficial, que ocorrerá logo antes de ser servido o jantar, daqui há exatas duas horas.
Disse, em tom muito sério, o mordomo, cujo semblante era algo soturno.
Então, as criadas para lá  levaram Lune. Ela um banho de banheira,e depois elas a vestiram e a arrumaram para a apresentação, com um kimono tradicional completo, finíssimo, e com o penteado tradicional.
Quando ela finalmente ficou pronta, foi levada até uma imensa sala revestida de tatame.Lá, Takeo a esperava, sentado na posição tradicional japonesa, e na frente dele, mas distante, o pai dele e a mãe.
Ela os cumprimentou, e se sentou ao lado dele.
O Pai dele tinha cabelos grisalhos e um farto bigode grisalho, olhos cinzentos muito frios, com um olhar implacável, tinha uma estatura bastante alta, e parecia muito forte, embora um pouco obeso.
A mãe, lembrava  muito  Megumi, mas estava algo envelhecida, embora não devesse ser muito mais velha que Momiji, parecia bem mais envelhecida, mas ainda bonita.Todos estavam vestidos com kimonos tradicionais.
-Senhorita Lune, em nome da família Soryu,dou-lhe as boas vindas.Meu mordomo já lhe passou as normas da casa, então não preciso repeti-las.Meu nome é Hayao Soryu, e esta é a minha esposa Motoko.Quero agradecer à senhorita e à sua família pela boa acolhida que deram aos meus filhos.
-Muito obrigada, senhor Hayao.
-Muito bem. A senhorita e o meu filho estão tendo um relacionamento amoroso há cerca de um ano, e segundo meu filho Takeo me disse, vocês ficaram noivos recentemente, estou certo, senhorita Lune?
-Sim, senhor Hayao.
-Ótimo. Vejo que ao menos é uma moça educada e de boa aparência.Mas o seu pai é proprietário de uma editora de mangás, e sinto dizer que não é uma recomendação muito boa, nem é grande o dote que sua família tem à oferecer à  nossa. Takeo é o primogênito da família, e tem o dever de assumir meus negócios quando eu me aposentar, mas  ele resolveu envergonhar a família e foi viver sozinho na sua cidade. Por simples consideração à mãe dele, que insistiu nisto, acabei cedendo e mandando uma mesada para ele todos os meses.Mas ele precisa ir à faculdade e trabalhar, e assumir os negócios da família.Ou ele não terá futuro algum, fui claro?
-Sim, senhor Hayao, o senhor deixou bem claro o modo como a família vê a situação do Takeo.Mas ele já tem emprego, meu pai ofereceu a ele um emprego na editora dele e ele aceitou, e já  irá prestar vestibular no mês que vem para a faculdade de belas artes.
A expressão de Hayao mudou repentinamente de séria para furiosa, e a voz dele se elevou num vozeirão assustador, e o olhar dele era medonho:
-Meu filho não precisa de esmolas !
-Pai, não é nada disto...
-Ainda não te passei a palavra ! Disse Hayao colérico.
Lune quis falar alguma coisa, mas Takeo fez um movimento com a mão  fazendo-a  entender que ela não devia responder ao pai dele.
-A senhorita está aqui como nossa convidada e como amiga do meu filho.É no entanto necessário que saiba que o relacionamento de vocês não se estabelesceu em bases aceitáveis para os valores da nossa família, então, este noivado terá de ser desfeito. Peço desculpas por isto.Agora, para o meu filho Takeo o que tenho a dizer é que, já que ele se mostra  incapaz de tomar uma decisão adulta e madura para sua vida e seu futuro, sua família já a tomou por você, e cabe à você obedecer.Eu conversei com um amigo meu, e chegamos à um acordo lucrativo e inspirador: ele ofereceu a mão da filha dele para desposar meu filho, ela se chama Kotomi Sagashita, e de agora em diante ela será a  prometida dele, a noiva oficial.Pode entrar , senhorita Kotomi !

(Por continuar)

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