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sábado, 2 de outubro de 2010

O Espelho da Verdade-Episódio 43

Episódio 43:

-Ele vai ter de escolher, mamãe! Ou ela ou eu!Disse Rei,chorando de raiva.
Juuchi estava agora diante de uma difícil decisão, de muita responsabildade;normalmente ele não teria dúvidas, mas Akasaka balançou o coraçãozinho dele quando ela o defendeu.Além disto ele estava ainda magoado com o tratamento brutal de Rei para com ele, e não conseguia entender os ciúmes excessivos dela para com ele.
Finalmente Sae chegou.
-O que está acontecendo aqui?
-A Rei pegou a Akasaka no flagrante dando um beijinho no rosto do Juuchi, e como ele e a Rei são namoradinhos, formou-se um triângulo amoroso infantil, e as duas estavam brigando feito, disputando-o.
-Ai,Minoko-san, não acredito!Mais essa?Que vergonha, filha!
-Ela eestava matando ele, mamãe, eu podia deixar!E depois a Rei mandou ele escolher entre eu e ela.E eu quero saber quem ele vai escolher!
-Mas, filha,os dois já são namorados, você não pode se meter no meio,a briga deles não tem nada a ver com você,peça desculpas aos dois e vamos todos jantar que está na mesa.
Akasaka se recusou à obedecer a mãe.
-Rei,minha filha, não tem cabimento você ter tanto ciúmes por tão pouco!E onde já se viu você espancar seu namoradinho e sua amiga deste jeito?
-Amiga nada, mãe, ela é uma cobra!Uma cobra venenosa que quer tirar o Juuchi de mim !Deve estar doida para...
-Rei, pára!Para de falar estas bobagens, filha!Que coisa feia!
-Não senhora, o Juuchi tem uma decisão a tomar e ninguém sai daqui antes de ele falar!
-Ai, não,gente, eu mereço...
Disse Minoko, já nolimite de sua paciência.
-Filho,já que a situação chegou à este ponto, é melhor dizer quem você prefere de vez, senão a gente não almoça nunca.
-Mas, mamãe, eu não quero deixar ninguém triste...
-Não tem como agradar às duas, nem ficar com as duas de jeito nenhum.Escolhe logo, vai, estou morrendo de fome !
Aflito olhava para uma e para a outra, as duas com olhar cobrador e exigente.Parecia que saíam faíscas dos olhares de uma para a outra!
Juuchi enfim, depois de uma curta indecisão, mas que para as menininhas pareceu séculos,ele se pronunciou:
-Rei-kun, eu tinha jurado para você que ficaria com você pelo resto da vida, e você é a menina que eu amo,eu nunca escolheria nenhuma outra menina.Akasaka, por favor me desculpe,você foi muito legal me defendendo, mas namorar não dá.Mas quero continar  sendo seu amigo...
Akasaka escutou chocada e logo abriu o berreiro.
Rei se desvencilhou dos braços da mãe, e abraçou seu namorado,e lhe beijou aboca curtamente, para depois lhe sussurrar:
-Juuchi-kun, você é meu querido!Meu queridinho, para sempre!
Sae pegou Akasaka e já ia descer as escadas com ela, quando ela parou de chorar e gritou:
-Rei, isto não vai ficar assim! E vou tirar ele de você, ela ainda vai ser meu, você vai ver!Eu não desisti dele não,não vou desistir nunca !
-Ah, sei, tenta só, que você vai ver o tamanho da surra que você vai levar!Dapróxima vez você não sai viva!
-Ai, era só o que faltava...a briga ainda vai continuar!Quando será que vamos ter paz e sossego?Reeei, o que é isto, menina?Isto lá é coisa que criança fale?Que falta de educação é esta?Quer apanhar?
Disse Minoko.
-Aí, heim,Juuchi-chan,arrebatando corações, heim?Grande garoto!Com esta idade, já tem duas brigando por sua causa, imagine quando estiver adulto!
A voz era, claro, só podia ser, de Fushiko, que curiosa, veio ver o que estava acontecendo.
-Fica quieta, Fushiko!Não fala besteiras!
Responderam as três mães, irritadas,ao mesmo tempo.
-Está bem, está bem...estou saindo...
-Ah, e, Fushiko, aproveita e chama as outras meninas para o jantar.Disse Sae.

Enfim, todos desceram para jantar.As duas meninas tiveram de ficar nos colos  das mães, pois senão a briga seria inevitável.O clima entre as crianças não estava legal, e Juchi, sensível como era , estava deprimido e se sentindo culpado por estar dando todo aquele trabalho,convencido de que a culpa era dele.
Depois do lauto jantar,preparado com carinho,todos se empenharam em ajudar Sae a limpar o quarto de Akasaka,e só terminaram tarde da noite.Emfim,capotando de sono e cansadíssimas,foram todas dormir em seus quartos.
Agora a insegurança de Rei era tal, que ela insistiu para dormir abraçadinha com Juuchi,que ficou pedindo desculpas a ela até dormir.Na verdade, para a tristeza de Rei, ele mergulhou num sono profundo,e precisou ser acordado com insistência por sua namorada, que,acostumada à vida desconfortável e brutal dos viajantes,era pouco afeita à delicadezas, e irritada por ter ficado a noite inteira carente de carinho e com raiva da depressão de Juuchi,o acordou aos pontapés.
Graças aos Deuses,o receio que Rei tinha, de que Akasaka atacasse seu querido a noite para tentar alguma pervertida com ele não se concretizou-era tudo insegurança e carência afetiva, que atiçou a imaginação da menina, que dormiu mordendo os lençóis de ciúmes, lembrando do beijinho de Akasaka e imaginando coisas que não deveria.
No entanto, a própria rival de Rei foi quem dormiu pior, de início imaginando planos para roubar Juuchi de Rei, depois, ficou se mordendo de ciúmes,imaginando o que poderia estar ocorrendo entre os dois.Na verdade, como visto,nada ocorrera-apenas mais uma imaginação fértil,carente de carinho.Akasaka demorou para admitir para si mesma, mas finalmente suas lágrimas confirmaram o que seu coração já dizia:estava perdidamente apaixonada pelo pequeno Juuchi-seu coraçãozinho de criança nunca estivera assim tão apertado!
Passou a noite toda sofrendo de amores!
Pela manhã, ao acordar antes de todos,lembrou-se de que dali há dois dias iria completar dez anos de vida-e a festa de aniversário era a desculpa perfeita para se aproximar de seu amado,que teria de lhe dar ao menos um beijinho de presente!
Começou a montar todo um esquema na cabeça para vencer sua rival.Ela podia não ser tão forte, físicamente, nem ter as habilidades de luta ,quanto Rei, mas era muito, muito inteligente e esperta para a sua idade.
Voltando ao quarto de sua oponente,após todo o escarcéu para acordar Juuchi,que acabou acordando a todas também,Rei começou a sentir calor.Estava vermelha no rosto, e começou a sentir dor de cabeça e cólicas.
Desconfiada,Namya sussurrou no ouvido de Minoko:
-Xi,ela deve estar naqueles dias...Leva ela para o banheiro, e arranje uns panos grosso para ela.
-Mas eu não sei lidar com estas coisas,nunca fui mulher antes,nunca passei por isto...leva ela para mim, Namya, por favor!Você tem bem mais jeito com crianças do que eu!
-Tudo bem, eu a levo então.Rei, vem comigo, vamos tomar banho juntas?
-Ah, mas e a mamãe?
-Ah, pode ir ,filha, acho que vou brincar um pouco com seu namoradinho, posso?
-Olha lá,heim?Não vá fazer nada pervertido com ele!
-Eh,eh?Está ficando louca, filha?Que ciúmes são estes?De mim?Você acha que eu teria coragem de fazer uma loucura destas?Mais respeito, eu sou sua mãe, entendeu?
Está bom.Vamos ,Tia Namya.E você ,Juuchi, juízo, heim?E se aquela cobrinha aparecer aqui, a mamãe está de olho em você!Maãe,não deixa aquela nojentinha chegar perto dele, heim?
-Ah,pelos Deuses,triângulo amoroso de criança é fogo!Vai, vai, fica tranquila que estou de olho para você!
As outras garotas olhavam uma para a outra, em meio à risadinhas maliciosas, alimenttadas pelas fofocas e pequenas maldades de Fushiko.Todas as garotas tinham se reunido no quarto de Minoko para conversar.
Quando Namya voltou, com Rei,Minoko pediu a ele que saísse do quarto para Rei se trocar.O garoto protestou, dizendo que estava cansado de ver a namorada sem roupas, mas desta vez a situação era mais complicada e embaraçosa.
Porém, a própria Rei estava insegura, e Chitose percebeu a aflição dela e foi com o garoto para a sala de estar da Pousada,prometendo vigiá-lo.Só assim, a menininha permitiu que ele fosse.
Mas Chitose não estava preocupada em vigiar o menino, e foi encontrar Sae indo para a cozinha, que ela se ofereceu para ajudar a preparar o café da manhãe, e deixou o garoto sózinho.
Era a chance que Akasaka esperava!
Quando a menina desceu as escadas,indo para o quintal, deu de cara com Juuchi sentado numa almofada no chão da sala de estar, entediado.
-Oi, Juuchi-kun, bom dia!Dormiu bem?
-Akasaka-san?Dormi..mais ou menos...
-Pensando em mim?Sonhou comigo?Olha,hoje eu vou preparar uns biscoitinhos  bem gostosos, só para você, está bem?
-Ah, não precisa, não quero te dar trabalho.
-Você ainda não me respondeu se sonhou comigo!
-Não...
Akasaka ficou brava:
-Não sonhou com aquela vaquinha que se diz sua namorada, não é,Juuchiiii...
Assustado com a reação dela, ele corou de vergonha:
-Não, não,nãosonhei com ninguém,juro!Só dormi mesmo!
-Pois eu sonhei com você!
Ousada,Akasaka fêz menção de sentar de lado no colo dele, mas ele retirou as pernas, em sinal claro de recusa, o que a deixou ainda mais magoada e nervosa:
-Você não me quer, não é,Juuchi?Você me acha feia, horrorosa!
-Não,não!Voc~e é bontinha, muito bonitinha !
-Só bonitinha, que-ri-do?
Akasaka aproximou seu rosto do dele, prestes a beijá-lo na boca.
Ele, no entanto, fugiu,e levantou-se.
-Nãaaao, você é linda!Me deixa em paz, me deixa em paz!
-Ai, que bom, você também é lindinho, vem cá, meu amor, me dá um beijo!
-Eeeeee?Eeeeeu não!Me deixa em paz,por favor!
E saiu correndo, apavorado!
-Ah, meu amor, só um beijinho, vem! Quero te abraçar, te beijar,te agarrar,te apertar, vem aqui comigo!
Gritava Akasaka, correndo atrás dela pela hospedaria, no meio dos clientes.Saíram do prédio, e começaram a correr em volta dele.Akasaka, vendo que não o alcançava, teve a infeliz idéia de correr no sentido contrário e pegá- lo de surprêsa.Quando os dois já estavam  se avistando, Juuchi tentou se desviar dela,e ela mudou seu rumo, para inteceptá-lo numa rota de colisão,e le mudou de lado novamente, mas os dois corriam muito e iriam bater de frente se alguém não desviasse,pois ela virou para o lado dele de novo e...
Plaft!
Os dois caíram no chão!
Ainda tonto Juuchi abriu os olhos e sentiu alguma coisa pesada em cima dele.Quando ele percebeu, a boca dela estava na dele.Ele a escorraçou com toda a força.
-Ahaaaam! Me traindo outra vez, Juuchi?
Era Rei! Ela estava os olhando da janela, no segundo andar!
Akasaka levantou de cima do menino imediatamente, mas na briga com o menino, pois ela não queria parar o beijo e ele queria tirá-la de cima dele e o obi que segurava seu kimono fechado se  afrouxou e começou a se abrir.Ela percebeu imediatamente e corou de vergonha e deu um grito escandaloso:
-Aaaaaaaaaaaaaa!
E saiu correndo, chorando,subindo as escadas para o seu quarto como um foguete, e ,deitada de bruços, com o travesseiro acima da cabeça, abriu o berreiro.
Foi tão rápido que não deu tempo nem de Rei encontrá-la no caminho.
Mas a namorada de Juuchi foi encontrá-lo,choroso,na frente da pensão.
-Gostou do beijo, Juuchi?Melhor que o meu?E gostou do que viu?
-Eu, eu não, Rei-kun,juro,ela me pegou de surpresa, eu não tenho culpa,eu juro, juro!
-Jura, é?Então toam isto ! E mais isto, seu moleque pervertido! Já estava até tirando as roupas dela, não é?
E Rei começou a surrá-lo, e o menino começou a gritar por socorro.Namya ouviu, e Minoko também, e vieram ver o que estava acontecendo.Minoko teve uma trabalheira daquelas para parar a menina furiosa, que o espancava com violência desmedida.Ao ser imobilizada pela mãe, ela abriu o berreiro.Já Juuchi abraçou a mãe, visívelmente assustado.
-Olha, filha, deste jeito não dá! Seus ciúmes estão demais! Olha só, o Juuchi está todo machucado!Se continuar desta maneira eu e a Namya vamos proibir o namoro de vocês, isto está ficando muito violento!O que há com você, filha?
Rei contou o que viu.
-Bom, precisamos conversar com a Sae, então,Minoko.A culpa foi da Akasaka-san, que está muito assanhada!Precisamos dar um jeito de estes três serem amigos,nem que for para arranjarmos um namoradinho para a filha da Sae.Senão as brigas não vão parar nunca!Ou então, teremos de nos mudar de Hospedaria!
-Bom, vamos todos entrar então, que daqui há pouco  o café da manhã estará pronto.
Disse Minoko, e os quatro foram para dentro.
Já na mesa do desjejum,Sae disse:
-Vocês viram a Akasaka por aí?Estive tão ocupada fazendo o café da manhã,que não a vi desde que acordei.
Namya contou todo ocorrido, e Juuchi, envergonhado, contou o resto.
Sae ficou nervosa:
-Ah, mas não é possível!Esta menina anda me dando um trabalho!Assim não dá!Eu vou subir para ter uma conversa com ela já!Por favor, continuem aqui, mais tarde eu volto e trago à ela para a mesa.
E subiu as escadas correndo.
Ela encontrou a meninha ainda chorando.
Dava para escutar os berros da mãe do andar de baixo.
-Você não se cansa de meenvergonhar na frente dos hóspedes?E que negócio é este de você tirar suas roupas na frente do menino?É esta a educação que eu te dei?Você não percebe o trabalho e o prejuízo que está me dando?E´assim que você agradece à Minoko -san por ter salvado a sua vida?Você só me dá trabalho !Você é uma menina suja ! Indecente! Você que é pervertida, não o coitadinho do menino, que você percegue! Deixe meus hóspedes em paz ! Não se aproxime mais do Juuchi, entendeu?
Se quer ser uma oferecida vagabunda, você não é mais minha filha e eu te expulso desta casa sem dó nem piedade, entendeu?Você não é mais uma criança tão pequena para não entender que você não pode ficar se oferecendo assim para os meninos, está pensando o quê?E a sua honra?E a sua dignidade?Seu amor próprio, pombas ! Filha,eu já estou com a paciência esgotada com você! Você só me dá tristeza, prejuízo e trabalho!Eu já estou cansada! Você ficou um tempão doente, eu cuidei de você, fiz o que pude, você quase morre, para isto?Para me envergonhar e envergonhar esta casa e a memória do seu pai?Heim?Heim?
Akasaka não respondia nada. Só chorava ainda mais.De repente, saiu correndo,como louca, desceu as escadas idem, passou pela porta de entrada e sumiu nas ruas.
Sae saiu correndo atrás dela, mas a menina se perdeu no meio da multidão e ela perdeu a filha de vista.Desesperada,ajoelhada no chão, com as mãos no rosto, a mãe começou a chorar:Akasaka tinha fugido de casa !
Chitose viu as duas correndo, pois tinha se levantado para pegar um lenço que tinha esquecido em seu quarto, e voltou para a mesa, e alertou as outras garotas.
Deixaram Fushiko tomando conta de Rei e Juuchi e foram encontrar Sae, que estava em estado de choque, arrependida por ter sido tão dura e cruel com a filha,remoendo-se de culpa.
Minoko a abraçou imediatamente, ao encontrá-la e a deixou chorar em seu ombro o quanto ela pôde. Quando ela enfim se acalmou um pouco:
-Calma,Sae-san, nós vamos encontrá-la ! De qualquer jeito! Tenho certeza! Eu te juro que vamos trazê-la de volta!
Akasaka estava longe dali.Sentou-se na rua chorando, até que um homem estranho a encontrou e perguntou o que estava havendo.Ela ,inocente, contou sobre a pesnsão e as garotas, e tudo o que aconteceu.
Yuuri, o samurai temível, sorriu um sorriso diabólico.Tampou a boca dela, e a levou ao seu esconderijo.
Quando as garotas voltaram para a Hospedaria, um mensageiro chegou com um bilhete para Minoko, que o leu:
"-Akasaka -chan está em meu poder.Se quiserem revê-la viva e íntegra, terão de lutar comigo.Sou Yuuri, o samurai,e sou filho de Seisaro, que vocês mataram.Quero a minha vingança!Se não aparecerem no endereço abaixo até esta noite, a menininha morre!"
-Mas que desgraçado, ordinário, sem vergonha, pilantra,safado! Usar uma criança para a vingança dele!
Minoko tremia de raiva,e Sae, chorou mais ainda,chegando a passar mal.
-Nós vamos salvar sua filha nem que custe as nossas vidas,Sae-san, não fique assim, não se preocupe!Este bandido vai ter o que merece!
Disse Namya, mas isto não aliviava a dor que aquela mãe tão sofrida sentia.

Agora a vida de Akasaka estava nas mãos das nossas heroínas, dispostas a dar a vida por aquela menininha que tanto gostavam,e estavam prestes a cair numa terrível armadilha! Conseguirão escapar?Conseguirão vencer?Conseguirão salvá-la?Sobreviverão à mais esta aventura ,tão perigosa?
Não percam, no próximo episódio!

(Por continuar)

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Moderado por Cristiano Camargo