Foto ilustrativa

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sábado, 2 de outubro de 2010

O Espelho da Verdade-Episódio 44

-Peguem suas armas! Nós vamos salvar a Akasaka!.Primeiro, ou precisar da Rei,vou falar com ela.Sae-san, vamos voltar para a Hospedaria,então iremos nos reunir com a Rei e vamos direto para o endereço que o criminoso passou.Ele não deve estar sózinho, e deve saber da nossa fama, então não pode ser um espadachim qualquer.Mas não interessa, nós vamos salvar a sua filha e vamos massacrar aquele ordinário,que te garanto que não sairá vivo desta!Vem, levante-se, anime-se, logo você vai ter a Akasaka de volta!
Sae ainda estava bastante desanimada e chorosa, e, amparada por Minoko depois que esta disse estas palavras animadoras,resolveu voltar com elas.
Reunidas na sala de estar,já com as armas nas bainhas,estavam prontas para ir.Minoko foi ao quarto dela, e encontrou Rei, deprimida e preocupada.
Ela não estava sabendo ainda o que tinha acontecido com Akasaka.Minoko então contou à ela.
-Eu não vou.Podem ir.
-Como não vai, Rei?Como pode dizer uma coisa destas numa hora destas,com tanta calma?A Sae está desesperada!
-Eu não vou, mãe, já disse.Não vou salvar quem quer tirar o Juuchi de mim.
-Não, eu não acredito que estou ouvindo isto! Eu não acredito que minha própria filha está sendo assim tão egoísta e mesquinha, tão insensível!
-Eu não vou ! Pare de insistir!Não vou, não vou e não vou!
Splaaaft!
Minoko respondeu a insolência da menina com um tapa na cara.
Rei olhou com ódio para a mãe,de olhos marejados,levantou-se da cama e pegou sua espada.
Por um breve momento o rosto de Minoko se iluminou,achando que tinha convencido a filha, afinal.Mas ela não notou a cabeça baixa, os olhos fechados, o punho cerrado no cabo da espada.Achou apenas que ela tinha pego a arma em sinal de que fosse com ela.
Sliiiiiiim!
O uivo sinistro da lâmina afiadíssima pegou Minoko de surprêsa.Ela nunca vira ninguém conseguir sacar uma espada da bainha tão rápido e ainda no mesmo movimento, no mesmo golpe,desferir um golpe potencialmente mortal com tamanha velocidade, tão rápido que nõ teria havido tempo para completar um décimo do tempo de abrir e fechar os olhos,e por falar neles, só após o golpe, Rei abriu seus olhos,que pareciam ter brasas neles, tão feroz e sério era o seu olhar.
A manga direita do kimono de Minoko foi ao chão.Um longo ferimento superficial corria pelo braço,pingando sangue.Era um golpe calculado meticulosamente,mas de altíssimo risco.Se quisesse, ela poderia ter decepado o braço da mãe, ou mesmo a matado, fácilmente.Mas seu olhar indicava que a ameaça era séria de verdade, e que o próximo golpe poderia ser fatal,para valer.Estava claro agora, que Rei, durante o treinamento, e nem Mutsumi, por sua vez,ensinaram a ela tudo o que sabiam,e também, o quanto Rei era superior como espadachim à sua própria mãe.Minoko reagiu assustada:ela não tivera nem tempo sequer de colocar a mão no cabo de sua espada, quanto menos sacá-la.E o olhar assassino da filha,de uma crueldade sem limites a apavorou até a medula.Ela se encolheu toda, sentada num canto, de olhso esbugalhados e lacrimejantes,como se estivesse encarando a morte iminente de perto.
Mas a lâmina baixou, e tão rápido quanto foi sacada, foi guardada.Rei caiu ajoelhada no chão,chorando baixinho:
-Porquê?Porquê não consigo?Porquê não consigo matá-la, por quê?
Ela colocou as mãos no rosto,e as lágrimas saíam por entre os dedos.Minoko agora estava aliviada, Rei era uma criança, afinal.Mas uma criança que, fora de controle, podia virar uma verdadeira máquina de matar!
Mal refeita do susto,seu instinto materno falou mais alto que o mêdo, e ela correu a abraçar a filha.
-Desculpe, mamãe,eu fui má, eu te machuquei....eu, eu...eu podia ter te matado!
-Shhh...calma, calma, está tudo bem, está tudo bem, está perdoada...você não matou, sabe por quê?Porque você é a minha filha, e você me ama, como eu amo demais você!
Aquelas palavras tocaram o coração da menina profundamente, e ela agora estava muito, muito arrependida.
-Então vamos, mamãe, a Akasaka-san precisa de nós.Eu já tinha ouvido falr deste Yuuchi, e, pelo que sei, ele é um esgrimista  de nível superior ao seu.Só eu posso derrotá-lo!
-É...o que seria de nós , sem você,filhinha?Então vamos !
Finalmente convencida, Rei se trocou, e fêz um curativo improvisado no braço da mãe, que trocou de kimono, e logo desciam as escadas.
-Vamos para mais esta aventura! Garotas, ao resgate!E você, Juuchi vai ficar aqui para uma importante missão: fazer compania e apoiar a Sae-san enquanto nós vamos lutar.Cuide bem dela, mocinho!
-Sim, Tia Minoko!
-E não vá tentar fazer nada pervertido com ela, heim?Se me trair de nov, morre!
-Não, não, Rei-kun, fique tranquila!
Sae forçou um sorriso tímido, e, carente, abraçou o menino com carinho.
-Ele é um cavalheiro respeitador, e quando vocês estiverem de volta ele estará pronto a cair em seus braços,Rei-san.Fique tranquila,eu e ele somos só bons amigos, não é, Juuchi-san?
-É sim, Tia Sae!
-Então vamos embora !Disse Rei, mais tranquila, sem ter idéia de o quanto era duro para Sae dizer palavras tranquilizadoras para aquela que, se por um lado era a rival no amor de sua filha tão querida, por outro lado, era uma das salvadores, na verdade, a principal.
E Sae, com toda a paciência explicou a elas todo o trajeto, o mais rápido e curto possível, para o esconderijo,um velho mercado de trocas de mercadorias, abandonado.
A passos confiantes e rápidos, elas todas se dirigiram ao endereço especificado.
Ao chegarem lá, deram de cara com o prédio enorme,aparentemente trancado.
Tudo estava em silêncio.
Rei, no entanto seniu vários kis lá dentro, inclusive o de Akasaka:
-Eles estão lá dentro. Eu os sinto.E não são poucos.
Oras, Yuuri era rico,e contratara vários bandidos para a armadilha.
-Melhor cercarmos o prédio?
-Não, Tia Namya, é melhor ficarmos todas juntas.Eu e minha mãe, que temos mais habilidades ficaremos na frente,e eu na frente dela.A Tia Kurumi e aTia Chitose ficam na retaguarda,e nos cobrem.
-U! Eu pensei que a Minoko fosse nossa líder!
-Eu sou, mas a Rei tem razão, Fushiko, ela pode sentir os kis, nós não.E lá deve estar bem escuro!
-Muito bom, mas como vamos entrar?A porta é sólida e parece bem trancada.
-Minha lança tem um machado e uma bola de ferro nas pontas, e o cabo é muito forte,Minoko.Posso tentar abri-la com minha lança!
-Bem pensado,pode ir, Kurumi.
E ela foi.Com golpes precisos de machado e bola de ferro, a madeira foi cedendo, até que  a fechadura se rompeu e a porta abriu.O silêncio permanecia, e dentro, além de aparerentemente estar vazio,um breu assustador parecia tomar conta do lugar.Aluz de fora agora o iluninava, mas só o começo.Era notório que muita gente poderia se esconder ali-uma armadilha perfeita!
Elas entraram, na formação combinada. Todas de olhos e ouvidos apurados e atentos,clima de intensa tensão no ar.Um grito soou pela escuridão:
-Aaaaaaaaa!
Era um grito de criança.E os gritos se repetiam, e um soluçar descompassado e descontrolado de pavor soava sinistramente, transformando-se num choro vacilante.
-Não!Não! Naãaaaaaao!
O grito agudo típicamente infantil e agudo rasgava o ar e a alma das garotas como como a lâmina de uma espada.Era claro que o samurai estava forçando a menina a gritar para atrair as garotas para o fundo do prédio.
-Nãooo! Nãaaaao! Por favoooor! Nãaaaaooo!Não faz isto!Isto nãaaao! Nãaaaao!
Os gritos se tornavam histéricos!
Um desespêro  percorreu os corações das nossas heroínas:
-Oh, não!Será que aquele pervertido está tendo coragem de atacar a Akasaka?
-Calma, Namya,é um chamariz para nos atrair.Ele quer que nos precipitemos e baixemos nossas guardas!
-Você acha mesmo, Minoko?Eu estou tão aflita, preocupada!
-Todas nós estamos, Namya, mas precisamos nos manter atentas, manter o coração frio e não nos deixar levar pelos impulsos das emoções, pode ser fatal!
Disse Kurumi.
-Aaaaaaaaaaaaai! Aiaiaiaiaiaiaiaaaaaaaaaaaaaaiii!Soou novo grito infantil.
-Até aonde vai a crueldade daquele monstro?Ele vai ver só !
-Já estamos perto do fundo,prestem mais atençao, e esqueçam os gritos!Namya,pare de nos distrair , por favor,temos de manter a concentração!
Minoko estava realmente muito séria !
-Hehehehehehehe!
Aquela risada sinistra era típica de um criminoso.Quando viram, as garotas estavam cercadas por eles.
Mas nem houve tempo de eles continuarem rindo.As espadas num átimo fizeram soar seus zumbidos medonhos,e braços, pernas e cabeças começaram a rolar!
Dois bandidos vieram para cima de Rei, achando que por ela ser criança, seria aoponente mais fácil, mas eles pagaram com suas vidas por seu engano:Ela saltou numa velocidade impressionante, e girou sobre seu próprio eixo na descida,qual redemoinho de aço;as fatias  dos oponentes caíram no chão,como se fossem pão em forma!
O movimento tinha sido rápido demais para o olhar humano captar;num primeiro moento,a lãmina passou por eles várias vezes,de cima a baixo, até o baixo ventre.No primeiro centésimo de segundo depois, eles ainda estavam de pé,mas a espada já os tinha cortado em fatias de tamanho idêntico entre si de espessura,no segundo décimo, as pernas, sem o apoio do tronco, decepadas, caíram no chão e eles se desmontaram e uma chuva de sangue voou por todos os lados, e suas fatias foram ao chão.
A lança temível  de Kurumi também trabalhava muito bem, transpassando oponentes, esmagando seus crânios,cortando cabeças.Seu zumbido conrtando o ar era mais grave e muito assustador!
Também Chitose mostrava suas habiidades, com suas flexas certeiras, não deixando quem estivesse mais distante se aproximar. As demias lutavam bem contra bandidos, que não eram espadachins de alta classe,mas demoravam mais a matar, por suahabilidade inferior.Mas, como um time, o trabalho era bem coordenado e eficiente, e não demorou para que quarenta e quatro corpos estivessem inertes no chão.
Agora havia um biobo gigantesco na frente delas, e dois bandidos  que estavam atrás dele o abriram,revelando o soturno Yuuri,com seu kimono negro, e obi vermelhocomo sangue, e uma faixa vermelha na cabeça.Ele tinha longos cabelos negros penteados num rabo de cavalo, e não tinha barba.Ainda não chegava a quarenta anos, talvez tivesse até por volta de uns trinta, e era mais velho que nossas heroínas.
Seu olhar, no entanto era de uma severidade terrível, e lembrava muito o de um tigre,não apenas um simples tigre, mas um tigre de fogo!
Ele era muito alto, forte, e usava a espada que fora do pai, um espadão enorme,com uma lãmina de mais de um metro e meio de comprimento,e ,ao contrário da maioria das espadas japonesas, que são recurvas, esta tinha perfil reto e quatro gumes, ou seja, não havia parte cega da lâmina.Uma arma realmente formidável, muito antiga, passada de geração em geração,verdadeira obra de arte.
Akasaka estava acorrentada na parede, com braços e pernas abertos, e seu kimono estava aberto na altura do peito até a cintura.Mas não havia sinais de que tivesse sofrido qualquer violência de cunho sexual.No entanto, haviam queimaduras no peito, e manchas de velas vermelhas escorrendo do peito até a barriga.Ele a havia torturado com velas para que ela gritasse para chamar a nossa trupe.
-Que desgraçado, como tem coragem de fazer uma coisa destas com uma criança!
Disse Minoko, revoltada.
-Ah, muito bom,finalmente as encontrei! Quem é a líder de vocês?Acho que ela se chama...ah, um nome horroroso,de um mau gosto terrível, acho que Minodo, Minoru,Min...
-Minoko, seu desgraçado! Feio é você!
-Ahahahahahahahahah! Está pensando que eu sou como o pateta do meu pai?Saiba que eu matei o famoso Yagyo Sukekuro, o mais habilidoso e antigo, venerável espadachim que existe!Ele foi meu mestre, e eu, eu o superei!
-Quem é ele, Rei, você conhece?
-Sim,mãe, já ouvi falar,ele era um dos poucos superiores à minha mestra.
-Superior à Mutsumi?
Minoko estava espantada.
-É melhor que eu lute com ele, mãe.Deixe ele para mim.Escute, Yuuri, eu serei sua oponente!
-Você, a menininha-prodígio da esgrima de quem todo mundo fala?Bom, minha vingança é contra a tal Minoka,Minoru,Mi sei lá o quê, mas se quer tanto assim morrer tão cedo,eu aceito seu desafio, pirralhina.Depois será a vez dela, e das outras.
-Os que cometeram o erro de me subestimar estão todos mortos!
O olhar de Rei era como brasas vivas, olhar de fera,como um dragão prestes a atacar.
-Ah, eu sei, muita gente me contou muito sobre suas proezas, eu não a estou subestimando, apenas,bom, como eu sou o melhor mesmo, o máximo da História das Artes Marciais de todos os tempos, e até o grande  e lendarario Musashi não seria páreo para mim,ahaaaaaaaan, que tédio, acho que não tenho nada a temer , afinal!
-Como ousar manchar a reputação do maior herói japonês de todos os tempos, seu covarde, ordinário!
Minoko estava indignada!
-Calma, mãe, ele está falando assim para tentar forçá-la a ir no meu lugar.
-Pouco convencido o talzinho, heim?Comentou Fushiko, entre risinhos.
-Shhh, disse Kareni.
-Abram espaço para eu lutar com ele.
As demais garotas se afastaram.Agora havia uma boa e espaçosa arena de luta, e Rei e Yuuri encaravam-se frente a frente !

Agora, a hora decisiva do grande confronto! Quem vencerá?Rei, que parecia esconder toda a sua vasta habilidade com as espada até agora, e não mostrara ainda tudo o que sabia, ou Yuuri,que superou o até então conhecido como o melhor dos melhores do seu tempo?
Não percam a resposta, no próximo episódio!

(Por continuar !)

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Moderado por Cristiano Camargo