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sábado, 2 de outubro de 2010

OEspelho da Verdade-Episódio 41

Episódio 41



-Uff!Finalmente! Ser famosa tem lá suas desvantagens também, afinal!
-Eu preferia continuar anônima, Fushiko!
Disse Chitose.
-Bom,mas agora vocês não são mais.A fama de vocês está correndo o Japão!Olhem, meu nome é Sae,sou a dona desta pousada.Em quantas vocês são,sete?
-Atualmente nove,senhorita Sae.Eu sou a Minoko, a líder do grupo, e estas são a Fushiko,Kareni,Namya,Kogyo, Chitose, Kurumi, e as crianção são a minha filha Rei e o filho da Namya,o Juuchi.
-Entendi.Bom, minha pousada é pequena, então acho que terei no máximo dois quartos para todas.Será que Juuchi-san se importa de dormir com a mâe e mais duas mulheres no mesmo quarto?É que cada quarto tem apenas dois futons de casal...
-Ele está acostumado a dormir comigo,Sae-dono,e com o restante das mulheres também, ele é muito bonzinho e respeitoso,inofensivo.Ah, e ele e a Rei-san são namorados, viu?
-Ah,é, Namya-san?Que gracinha ! E aí, os dois pombinhos querem um quarto só para eles, para a lua de mel?
Mesmo percebendo o tom de brincadeira de Sae, os dois coraram de vergonha na hora, ainda mais que perceberam que estavam de mãos dadas!
-Não,eles são um casalzinho comportado e vão esperar direitinho até ficarem adultos para isto, não é, crianças?
-Sim, mamãe!Respondeu Rei, toda encolhida e vermelha de ergonha.
-Sim, Tia Namya!Juuchi também estava muito constrangido.
-Vocês saber o que acontece se não esperarem, não sabem?
A cara de Minoko ao perguntar foi tão diabólica e ameaçadora que assustou as crianças, que se encolheram mais ainda e abraçaram-se,tremendo de medo, ainda mais que ela colocou a mão no punho da espada, como se fosse sacá-la, e depois, com a outra mão,passou o dedo pela garganta.Claro que era brincadeira, mas as crianças sabiam muito bem o terrível castigo que as esperavam se não tivessem juízo e aprontassem alguma coisa que as mães não aprovassem,e entenderam a mensagem direitinho.
-Bom,então vamos entrando.Logo irei servir o jantar e depois vocês poderão dormir.O Café da manhã é servido às sete da manhã, o almoço ao meio dia e o jantar as sete da noite.Como hoje vocês chegaram tarde, vou fazer uma excessão.Quanto a dinheiro, não se preocupem, vocês são minhas convidadas de honra.Agora podem subir, vou mostrar os quartos de vocês, e depois tenho de cuidar de minha filha Akasaka, que está doente.
-Ah, Sae-san,a Minoko , ela tem poderes mágicos, inclusive o dom da cura, ela pode curar a sua filha!
-Fushiko...pare de fofocar sobre a minha vida...
Minoko murmurou, irritada, e deu um beliscão no braço dela.
-É mesmo, Minoko-san?Será que  você não poderia me ajudar, então?
-Farei o que puder para ajudá-la com sua criança, Sae-san.
-Ah, não é à toa que chamam vocês de "Sete Incríveis",na verdade, nove;você é tão boa, obrigada !
-Por nada, Sae-san.
-Então venham, podem subir!
E Sae foi na frente e mostrou os dois quartos , um ao lado do outro.Fushiko, Kareni, Chitose , Namya e Juuchi ficaram num quarto,Kurumi,Kogyo,Minoko e Rei ficaram no outro.
Minokoentão seguiu com Sae para o quarto dela, para ver a pequena Akasaka.
Ao chegar lá, o quadro era de dar pena:a garotinha estava muito magra, e estava coberta de vômito e fezes por todo lado.
-Desculpe, ela está com cólera...
O cheiro ali era insuportável.A garotinha tremia de febre,e tinha convulsões,e revirava os olhinhos de dor.Sua pele estava toda cheia de chagas e feridas, e abundantes assaduras por todo o corpo.Minoko começou a duvidar se iria mesmo conseguir salvar aquela menina, que ,se não fosse tratada, não demoraria a falecer.
Mas lembrando-se de sua própria filha, e a dor e o desespêro, a impotência daquela mãe que já não sabia mais o que  fazer para tentar salvar a filha querida, e ao ver o sofrimento da menina, que de tão fraca, nem chorar conseguia, muito menos gritar,e que de tão desidratada não tinha mais lágrimas, apenas as marcas destas já secas correndo pelo rostinho,Minoko ficou com um profundo dó delas, e resolveu ao menos, tentar.
-Sae-san, eu juro que vou tentar fazer todo o possível para salvar sua filha.Não tinha idéia que o estado dela fosse tão grave assim.Mas preciso ser muito honesta com você:não posso garantir que conseguirei, mas vou me esforçar o máximo que puder para salvar a vida dela, porque também sou mãe e não posso nem pensar em ver minha filha deste jeito.
-Obrigada,Minoko-san.Foi por isto que eu, assim que soube de vocês, as trouxe para cá.Eu ouvi falar que você é capaz de salvar as pessoas doentes.Mesmo que não consiga, só de você tentar, já estarei eternamente grata...
Os olhos de Sae estavam marejados,aflitos,mas neles havia uma luz de esperança.
-Vamos lá então,a coisa está urgente, muito, muito urgente!
Minoko aproximou-se da menininha, coberta por moscas, e colocou a mão na testa gelada dela.Pensou na Rei, em seu amor por ela, imaginou a Rei assim, e uma profunda vontade de salvar a menina inundou seu coração.Uma intensa aura azul a envolveu e envolveu a garotinha também.Rei começou a orar pela saúde dela e desejou do fundo do coração que ela se curasse.Então, um fluxo, como se fosse um vômito, mas na verdade, de sangue e água,saiu em alta pressão de sua boca e adentrou a boca da criança, que flutuava no ar.A aura se fortaleceu, e aquela água do corpo de Minoko começou a re-hidratar o corpoda menina, e o intestino se regularizou.A febre passou, e ,pelo orifício por onde sairiam as fezes, derramou-se para fora uma verdadeira massa de microorgnismos responsáveis pela doença, e ao entrarem em contao com a aura mágica, morriam e desapareciam.A febre passou, a pele teve suas feridas, assaduras e chagas cicatrizadas e curadas,e a menina inchava de volta ao seu pêso normal , e voltava a ter um aspecto saudável.Ela logo recobrou a conscência.
-Mamãe !
-Minha filha ! Minha filha! Você está curada ! Está curada ! Que bom !Oh, pelos Deuses, Minoko-san, você é milagrosa mesmo! Como eu posso te agradecer?
Mesmo tão suja, a menina foi pega nos braços pela mãe, que a levou para um banho.
-Eu já volto, para te agradecer adequadamente, Minoko-san,nunca, nunca vou esquecer o que você fêz por minha filha!
-Não precisa, Sae-san.Faria isto por qualquer pessoa de bem.
Minoko estava de olhos rasos, ao ver aquela criança saudável novamente.Mas  aquela cura lhe custaria caro.Gastara muita energia mágica, e , principalmente, muitaágua e sangue de seu organismo, que tinham sido doados para a pequena,e estava quase desmaiando de fraqueza.
Não demorou muito para Sae voltar, já com Akasaka limpinha e cheirosa como a mãe, já que as duas acabaram tomando banho juntas,e ambas vestidas com roupas limpas e cheirosas.Só que encontraram Minoko desmaiada ,caída no quarto.
-Minoko-san! O que aconteceu!Acorde!Acorde, Minoko-san.
E deu uns leves tapinhas no rosto dela.
Minoko despertou:
-Ah...desculpe, eu fiquei muito fraca depois da cura dela, preciso de água...água cmida e descanso....
-Eu vou na cozinha trazer para você.Filha, fica com ela um pouquinho, que ela está dodói!
-Está bem, mamaãe.
Sae desceu as escadas correndo e voltou mais corrida ainda, com uma jarra de água, um copo de metal e muitos doces de feijão,numa bandeja.
Minoko bebeu a jarra inteira, e depois comeu todos os doces, como se não comesse nem bebesse há dias. Agora ficara mais forte, e reanimou-se.
Sae então ajoelhou-se e inclinou o corpo para a frente,com os braçosesticados para a frente e mãos espalmadas juntas, de cabeça baixa e disse:
-Muito obrigada por salvar a vida da minha filha!Serei eternamente grata a você!
A menininha imitou a mãe, e fêz a mensa coisa:
-Muito obrigada por salvar a minha vida, Tia Minoko, serei eternamente grata a você!
-Ai, gente, não precisam disto não, imaginem, não foi nada demais...
As duas de pé , uma de frente para a outra, e de repente, Sae aproximou-se e lhe deu um fortíssimo abraço, molhando seu kimono com suas lágrimas.
Minoko também chorou, emocionada, com a profunda emoção daquela mãe, agora sua amiga para sempre.
Foi quando, para sua surprêsa,Sae lhe arrebatou um beijo na boca, profundo e selvagemente sensual,que a encheu de desejo imediatamente.Na verdade, quem ficara assim fora Narumeshi, em sua mente, e a porção Minoko agora estava enciumadíssima.
Por isto não houve participação, e o corpo de Minoko ficou parado, sem participar.
-Agora sim, agradeci como deveria.Bom,eu vou preparar o jantar.Ah, deixe eu te falar uma coisa no seu ouvido:
Sae sussurrou em seu ouvido:
-Sua boca é deliciosa !
Minoko corou de vergonha.
-Vamos, filha!
E Sae e Akasaka saíram do quarto.
-Ai, que raiva !
Exclamou Minoko, ainda envergonhada e nervosa;ela  logo saiu daquele quarto e foi para o seu.E já chegou com tudo:
-Muito bem, depois do jantar vai ter trabalho para todos! Vamos limpar o quarto da Akasaka-san, a filha da Sae! E não quero ninguém de corpo mole,entenderam?
Como os dois quartos ficavam um ao lado do outro, e ambos estavam de portas abertas,a chiadeira foi geral.
-Protestos negados!E já está decidido!
E ela bateu as duas portas com força,para depois descer as escadas correndo.Ficou num canto isolado do salão de jantar,chorando baixinho, lembrando do beijo de Sae, cujo gosto parecia não sair nunca de sua boca.E o que lhe dava mais raiva é que era um sabor delicioso, delicado, inesquecível,que a fazia ruborizar e começar a fantasiar vôos mais ousados ainda,enchendo sua mente de desejos indesejados por ua porção mulher, mas ardentemente desejados pela porção masculina.Por isto o conflito interno em sua mente, entre Minoko e Narumeshi.Mas, enquanto isto, em um dos quartos:
-Ih, mas a Minoko está num mau-humor, heim?
-Vai ver, está para entrar naqueles dias,Fushiko, você sabe que a gente fica nervosa nestes dias...
-Você esquece que a Minoko não pode nem menstruar nem engravidar,Namya?
-Ah, é mesmo...
-Mãe, o que são aqueles dias?O que é menstruar?
Namya corou de vergonha diante da pergunta indiscreta e madura do filho, as demais no quarto também.
-Ah,nada não filho, são coisas de mulher, ainda é cedo para você aprender,está bem?
-Ah, mãe, mas eu quero saber!É alguma doença?
Namya agora não estava mais vermelha, estava roxa de vergonha e constrangimento!
-É...é...
Ela não sabia como responder, nem queria.
-Não é doença não, menino,é bobagem de mulher, não é assunto para homem saber.
Mas Juuchi ainda não estava satisfeito com a nova resposta,vinda de Fushiko.
-E porque homem não pode saber?
-Chega, filho, chega, pombas !
Namya agora gritou, nervosa.Juuchi iniciou uma careta, contorcendo o rosto todo.Estava claro que ia chorar.
-Você gritou comigo ! Você não gosta mais de mim !Buaaaaaá!
E o moleque soltou o berreiro.
Kurumi, no outro quarto ,ouviu e foi ver o que estava acontecendo.
-Filho, não é assim! Mamãe te ama!
-Ama nada ! Gritou comigo! Gritou comigo e não confia em mim,fica com segredos!
Agora era Namya que estava com os olhos marejados.Ela tentou abraçar o filho, mas ele rechaçou os braços dela com violência e saiu correndo e chorando, descendo as escadas em desabalada carreira.
-Gente, o que está acontecendo aqui?Porque o menino saiu nesta toada toda,assim chorando?
-Eu vou te contar,Kurumi.Disse Fushiko.
-Ah, gente, tenham dó, não tem nada demais! Ele já tem onze anos, e não demora a fazer doze, o que que tem ele saber duma bobagem destas?
-Como, nada demais,Kurumi,?Você também é mulher, você sabe, é intimo demais, vergonhoso demais!E depois ele é só uma criança...
-Sim, mas bem grandinha para nãp saber destas coisas. Depois ,isto é muito diferente do que ensinar a ele a fazer amor, não é?
As meninas quase caíram para trás, roxas de vergonha!
-Ih, mas como vocês são envergonhadas!Se voc~e soubessem quando foi minha primeira vez,então...
-Não conta, não conta !
-Está bem, Namya.Mas já que vocês são incapazes de contar, eu conto.Pode deixar que eu não vou ficar seduzindo o garoto não!Vou explicar bem delicadamente,de uma maneira bem inocente.
-Kurumi, por favor, eu não quero que o Juuchi perca a inocência dele, pode virar um pervertido, e até, sei lá, atacar a Rei ou até me atacar...
-Larga de dizer bobagens, deixa de ser ignorante,Namya, ah, pelo amor dos Deuses!Esta foi demais !Imagine, ele é super bonzinho, jamais faria nada disto e não vai ser saber de uma bobagem destas que vai fazer nada disto com a cabecinha dele! Olha, eu não sou irresponsável,entenderam?
E Kurumi foi atrás do menino.Encontrou-o na copa, perguntando para Minoko, roxíssima de vergonha,e ,pior,sem saber sobre o assunto para responder qualquer coisa que fosse.
-Juuchi-san, deixa que eu explico para você, está bem?Vem comigo!

Enquanto isto,Yuuri, o temível samurai vingativo, acabava de chegar a Gifu.
-Ei, você viu por acaso um bando de mulheres  rounin viajando sózinhas,entrando na cidade?
O cidadão logo desconfiou da cara mal encarada de Yuuri:
-Não, senhor, não vi não.
Vinte cidadãoes e cidadâs depois, ele obteve a mesma resposta.
No vigésimo-primeiro veio a cabal pergunta:
-Porque o senhor quer saber?
-Porque quero vingar a morte do meu pai, elas o mataram!
-Ah, entendi...
A partir daí o rumor do cara que queria matar as Sete Incríveis se espalhou, e logo todos começaram a despistar o homem, dando pistas falsas e levando-o para longe delas, mas todos sabiam onde elas estavam.Isto estava deixando Yuuri irritado!

Conseguirá Yuuri localizá-las?
Conseguirá Kurumi explicar as dúvidas de Juuchi?
O menino aceitará as explicações dela?
Não percam, no próximo episódio !

(Por continuar)


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Moderado por Cristiano Camargo